Alternativo, underground e independente. O Vissungo é tudo isso - mas cheio de cabelos brancos e sem um disco gravado. Pioneiro na fusão de sons africanos com ritmos brasileiros, tendo no currículo trabalhos com Clementina de Jesus, Cartola, Milton Nascimento e Wagner Tiso, o grupo carioca, formado na década de 1970 - quando seus integrantes, hoje com média de idade de 60 anos, exibiam vastas cabeleiras black power -, volta à atividade, após 15 anos de silêncio, buscando, enfim, um lugar para chamar de seu dentro da MPB.
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Sempre com os irmãos Spírito Santo e Lula Spírito Santo à sua frente, o VISSUNGO, entre 1974 e 1996, teve uma carreira que foi marcada por uma longa temporada na Europa (Itália e Áustria) -- mais precisamente, de 1989 até seu fim. O grupo surgiu com a proposta de fundir a herança rítmica diaspórica de Diamantina, Minas Gerais (principalmente os cantos de trabalho de negros escravos mineradores da região, os "vissungos", originados em Angola), e seu entorno, com a música moderna que então se produzia na África, e que tanto prestígio tinha no continente europeu. Na época, a proposta do grupo não foi absorvida pelo mercado fonográfico ou mesmo devidamente compreendida pela crítica e pela comunidade musical brasileira, mais voltados à defesa, sem nuances, da preservação de formas culturais pretensamemente "puras" ou, então, da pura e simples assimilação do pop internacional. Daí, o "exílio" do grupo.
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