Autora: Isadora Moura Mota
Este artigo conta a história de uma comunidade de escravos quilombolas que viveu durante a década de 1860 nos arredores de Diamantina, Minas Gerais. Através da análise de processos criminais, demonstramos como as relações de reciprocidade estabelecidas entre quilombolas e a população despossuída de Diamantina, incluindo escravos, explicam a longevidade do quilombo durante uma época de intenso combate ao protesto escravo. Argumentamos que este grupo de homens e mulheres escravos e libertos era parte fundamental da economia informal que garantia tanto a sobrevivência do povo pobre do sertão mineiro, quanto a continuidade da luta dos escravos por sua liberdade.
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