Publicado no Jornal O Tempo -
O governo mineiro pretende ligar, através de voos comerciais regulares, Belo Horizonte com mais 18 cidades do interior até 2015. A intenção, conforme o subsecretário de Assuntos Estratégicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), Luiz Antonio Athayde, é que neste prazo os aeroportos de 30 cidades estejam aptos a receber voos comerciais. Hoje, além do terminal da Pampulha, na capital mineira, 11 municípios possuem aeroportos que abrigam voos de companhias comerciais.
O governo faz amplo levantamento de potencialidade de rotas comerciais, que deve ser finalizado e divulgado daqui entre 30 e 60 dias. "Além disso, a secretaria de Transportes está fazendo um inventário para saber como estão as condições dos aeroportos mineiros, os potenciais passageiros e as intervenções necessárias", diz.
Especula-se que as cidades de Capelinha, Curvelo, Divinópolis, Guaxupé, Lavras, Ouro Fino, Passos e Piumhi poderiam receber voos regulares. Hoje, o Estado conta com 82 aeroportos, mas nem todos têm voos comerciais. Athayde frisou que as ligações aéreas são preponderantes para o desenvolvimento do Estado. "É um caminho sem volta e necessário. Afinal, o tempo é precioso. E a demanda pelos voos acontece em todas as regiões do Estado", observa.
A realidade, conforme o especialista Hugo Ferreira Braga Tadeu, professor de logística da IBS/FGV, é que a falta de infraestrutura em muitas cidades limita o lançamento de rotas pelas companhias aéreas regionais, como é o caso da Trip e Azul. Em março deste ano, voos foram suspensos em São João del Rei, Patos de Minas e Diamantina, já que os terminais não atendiam às condições estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Entre os problemas, estava a falta de brigada de incêndio.
Hoje, a maioria dos terminais no interior conta com poucos voos diários e somente uma empresa atuando. Assim, as passagens aéreas para rotas fora das capitais são caras e não atendem à demanda de empresários que precisam se deslocar pelo Estado. Athayde não divulgou o nome das cidades que poderiam ser beneficiadas. "Estamos fazendo diversos estudos e não podemos criar expectativas para os municípios", justifica.
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