Não diferente de muitos profissionais da música no Brasil, a escola deste mineiro foi mesmo a noite. Filho de um violonista, o talento musical e poético de Mário Noya já se manifestava desde sua infância. Iniciou sua carreira tocando em bares, festas e eventos musicais em diversas casas noturnas de Belo Horizonte e cidades vizinhas.
No inicio dos anos 90 uniu-se a outros músicos e formou a banda “Brilho de Beleza”, com um estilo dançante. Teve até então seu melhor desempenho, fazendo uma música pop com elementos do samba reggae. Por muito tempo manteve shows semanais no tradicional bairro de Santa Teresa-BH com média de duas mil pessoas em pleno domingo. Mas o “Axé-Music” e Mário Noya seguiram rumos diferentes.
O artista preferiu enveredar na busca de uma música cada vez mais conceitual e foi conhecer novas culturas. Imergiu na música mato-grossense. Curioso foi estudar as raízes negras da cultura da região pantaneira e cuiabana legítima, o que resultou na produção, em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado de Mato Grosso, do CD independente, “Mário Noya – O DE SEMPRE” Inspirado no filme “Os Cinco Morenos”, de Luiz Borges, que teve uma tiragem de três mil cópias e foi um dos mais tocados nas rádios do Estado Mato-grossense.
De volta a Belo Horizonte montou a banda “Zig Vagalume”, com um estilo pop rock, subiu e desceu os morros de BH fazendo temporadas no “Barnabé”, famoso espaço de shows localizado na Savassi, reduto dos botecos da capital das Minas. A recepção calorosa do público resultou num CD homônimo com levadas de reggae, funk e rock a tiragem promocional de duas mil cópias, rapidamente consumida pelos fãs mineiros, até hoje fiéis seguidores de Noya. Projetos paralelos dos integrantes da “Zig Vagalume”, obrigaram Mário a extinguir a banda e pensar em sua carreira solo. Já era a hora.
Surgia então o CD “Misto Quente” onde cantava além de suas composições, clássicos como: Sinal Fechado de Paulinho da Viola e Durango Kid de Toninho Horta.
Abria-se assim o caminho para o primeiro CD completamente autoral. Era 2006 e agora com sua banda, que possuía um entrosado trio de metais, compartilhando idéias e sugestões num processo de criação coletiva, lançou o CD “Divirta-se”, o single e vídeo clipes das músicas “Renata” e “A Máquina do Tempo”, maior sucesso do cantor até hoje .
A partir daí, foi convidado para realizar shows no Brasil e fora dele, em eventos que iam de descontraídos encontros de colecionadores de carros antigos, grupo reconhecidamente afinado com a música “A Maquina do Tempo”, a solenidades como uma apresentação no navio Costa Marina (Itália). Em 2008 realizou show em Natal-RN dentro do projeto Mão Dupla que reuniu artistas do RN e MG, no histórico bairro da Ribeira. Em 2009, além dos redutos brasilienses tradicionais, Clube do Choro e Feitiço Mineiro, realizou shows em parceria com o cantor potiguar Geraldo Carvalho em Brasília-DF e outras capitais, pelo mesmo projeto.
No momento se prepara para realizar a turnê “Palco Caminhão Show Itinerante” que correrá a região sudeste a partir do segundo semestre, projeto este que tem o apoio do Governo Federal.
Mário Noya lança agora o novo CD “Noite Sem Fim”, que foi gravado no período de março a abril de 2010 no Rio de Janeiro. O álbum que tem dez músicas próprias (algumas em parceria como “Beijo Roubado”, assinada também pelos compositores potiguares Romildo Soares e Geraldo Carvalho), foi produzido por Jota Souza e arranjado por Guto Wirtti e Henrique Band. “Noite sem Fim”, com muito bom humor e swing, mistura rock e samba-funk e conta com a participação de grandes músicos como o baterista Cláudio Infante, os baixistas André Vasconcelos e Jamil Joanes, os guitarristas Felipe Pinaud e Bernardo Bosisio entre outras feras.
Dia 04/11/2011
Hora: 20 horas
Local: Teatro Santa Izabel
Entrada franca
Para a entrada 1Kg de alimento não perecível. Trocas 2 (duas) horas antes da apresentação.
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