Fonte: http://www.grupoun.net/, publicado no Blog do Banu
Levantamento feito pelo Grupo UN, através de cruzamento de dados das Polícias Civil, Militar e reportagens em veículos de comunicação, revela que o tráfico de drogas cresceu mais de 120%, entre janeiro de 2010 e setembro de 2011 no Vale do Jequitinhonha. Ainda de acordo com as informações apuradas, os jovens são a maioria de usuários e vendedores de entorpecentes, em especial a maconha e o crack.
65% das pessoas presas pela polícia em decorrência do tráfico de drogas eram de adolescentes entre 15 e 25 anos e a maior parte deles reincidentes no crime. De acordo com vários delegados de cidades da região, a situação é delicada e o avanço da criminalidade gerada por essa atividade criminosa já é visível em cidades como Itamarandiba, Capelinha e Diamantina, no Alto Jequitnhonha, nordeste de Minas, onde as ocorrências ligadas ao tráfico passam de 60%.
A chegada do crack causou ainda mais problemas sociais no Jequitinhonha que já sofre com altos índices de pobreza e bolsões de miséria. Se nada for feito agora para equipar as polícias Civil e Militar dos municípios do Vale a situação só tende a piorar. Em Turmalina, outro município que sofre com o avanço do tráfico, os envolvidos na venda de drogas tem entre 20 e 80 anos e o comercio de armas de fogo também é comum na região.
O trabalho das autoridades policiais vem acontecendo de forma constante, mas a violência e a péssima infraestrutura das delegacias e quartéis prejudicam a qualidade dos serviços prestados pelo efetivo que já é menor que o necessário.
O problema, não apontou a pesquisa, é que o combate ao tráfico de drogas não deve se dá únicamente com a reatividade estatal através da atuação isolada dos órgãos de segurança pública. Sabe-se que quando um traficante é preso, um ou outros assumem a atividade, é dizer, pra falar com recente reportagem de um jornalista " então ficamos secando gelo?!".
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