Compositor Brasileiro: Lobo De Mesquita (1746 - 1805)
Obra: Ego Enim
Conductor: Ricardo Bernardes
'' Ego enim accepi a Domino
Quod et tradidi vobis
Quoniam Dominus Jesus
In qua nocte tradebatur
Accepit panem
Et gratias agens fregit, et dixit:accipite,
Et manducate: hoc est corpus meum
Quod pro vobis tradetur: hoc facite in meam commemorationem
Similiter et calicem
Postquam cœnavit, dicens: Hic calix novum testamentum est in meo Sanguine: hoc facite quotiescumque bibetis, in meam commemorationem.
Quotiescumque enim manducabitis panem hunc, et calicem bibetis, mortem Domini annuntiabitis donec veniat ''
** José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, atual Serro, Sec. XVIII --- Rio de Janeiro, 1805), foi um organista, regente e compositor brasileiro. É patrono da cadeira número 4 da Academia Brasileira de Música.
Foi o compositor do período e contexto que mais assimilou o estilo pré-clássico e foi mais celebrado[2].
Estudou música com o padre Manuel da Costa Dantas[2], mestre-de-capela da matriz de Nossa Senhora da Conceição do Serro. Foi para Arraial do Tijuco (1776), hoje Diamantina, para provavelmente ser responsável pela instalação na Matriz de Santo Antônio de um órgão fabricado pelo Padre Manuel de Almeida e Silva, onde desenvolveu Missa para Quarta-Feira de Cinzas (1778)[2] e seguiu sua carreira como organista e compositor (Regina caeli laetare, 1779 até que entrou para a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo em 1789 e permaneceu em 1795[2].
Também foi filiado, entre 1783 e 1798, como organista à Irmandade do Santíssimo Sacramento, na igreja de Santo Antônio. Ainda no Tejuco, atuou na Igreja de Nossa Senhora das Mercês e em outras irmandades, como na Confraria de Nossa Senhora das Mercês dos Homens Crioulos (1788-1789), em cargo administrativo[2].
Alferes do Terço de Infantaria dos Pardos, foi o encarregado de um oratório para a Semana Santa (1792) e em outras cerimônias locais.
Em Vila Rica, para onde foi em 1798 por prováveis problemas financeiros[2], regeu a música para o tríduo do período (1798-1799), na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, e as Quarenta Horas, do período seguinte (1800-1801). Nesse período, ligado à Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo de Vila Rica, também conviveu com os compositores Marcos Coelho Neto (pai e filho), Francisco Gomes da Rocha, Florêncio José Ferreira Coutinho e Jerônimo de Souza Lobo.
A partir daí até sua morte, tocou nas missas da igreja da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro, cidade onde morreu. Um de seus ofícios de defuntos foi apresentado na vila de Caeté, MG, em 25 de janeiro de 1827, em memória da Imperatriz Leopoldina, o que mostra que o compositor era ainda reconhecido e lembrado mais de vinte anos depois do seu falecimento.
Existem apenas três manuscritos autógrafos do compositor, a Antífona de Nossa Senhora (1787) —que se encontra no Museu da Inconfidência— a Dominica in Palmis (1782) e o Tercio que se encontra no Museu da Música de Mariana (1783), mas há muitas cópias do restante de sua obra, como ladainhas missas, ofícios e novenas. Todas as outras obras conhecidas de sua vasta produção aparecem em cópias de fins do século XVIII e, em sua maioria, do século XIX.
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