Fonte: Publicado no Jornal OTEMPO em 03/08/2011
Quando tinha 16 anos de idade e ainda morava em Diamantina, Evandro Passos teve seu primeiro contato com o universo do cinema. Era 1975 e, àquela época, uma grande equipe chegava à cidade mineira para a realização do longa-metragem "Xica da Silva", protagonizado por Zezé Motta. Fascinado por aquela produção, ele acabou dando ali mesmo o pontapé inicial da sua carreira de ator, o qual culmina, agora, em uma participação na próxima temporada do seriado global "Força Tarefa".
"Pouco tempo depois da figuração em ‘Xica da Silva’, vim para Belo Horizonte e comecei a estabelecer uma relação mais profissional com as artes", conta Passos, que, naqueles tempos, dedicava-se principalmente à dança.
"Tive uma trajetória no Grupo Folclórico Aruanda, na Academia Internacional de Dança e, por fim, entrei em contato com as danças afro-brasileiras por meio da Marlene Silva. Foi aí que alcancei um maior reconhecimento como coreógrafo e criador", relata.
A carreira de ator, conforme destaca, só teve início no fim da década de 1980, pela Fundação Clóvis Salgado.
"Após algum tempo, comecei a receber convites para participar de trabalhos como a minissérie ‘Palmeira Seca’, de Breno Milagres, e os longas-metragens ‘Uma Onda No Ar’, de Helvécio Ratton, e ‘Vida de Menina’, de Helena Solberg", exemplifica.
Foi justamente a partir desses trabalhos que surgiu a oportunidade para que o ator fizesse seu primeiro trabalho em cadeia nacional, com uma participação na novela "Desejo Proibido", exibida pela Rede Globo entre 2007 e 2008.
Força-tarefa. Convidado para o seriado "Força-Tarefa" após um teste para a temporada anterior, Passos mostra-se bastante entusiasmado com o trabalho que deve chegar às telas no fim de agosto.
"A ideia do seriado é retratar um pouco do cotidiano do Rio de Janeiro, e, nesse sentido, haverá referência à invasão dos morros. Meu personagem, o Onofre, é morador de uma favela e tem sua casa invadida por policiais", contextualiza, para em seguida reiterar o próprio envolvimento com a temática.
"É um personagem que tem a ver com a minha história, remetendo a uma realidade social muito próxima das minhas vivências. Gosto muito desse tipo de trabalho e, dessa vez, a coisa veio mesmo a calhar", confessa o ator.
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