O Diamantinense Henri Dumont
Vivia na França um ourives que tinha uma filha chamada Eufrásia Honoré, que se casou com François Dumont. O sogro-ourives induziu o genro François a vir para o Brasil à procura de pedras preciosas, que alimentariam sua indústria. Assim François e Eufrásia vieram morar no maior polo mundial produtor de diamantes da época, o Arraial do Tijuco (atual Diamantina-MG).
Em Diamantina o casal teve três filhos, sendo que o segundo chamava-se “Henri” (aportuguesado para “Henrique”) nascido em 20 de julho de 1832, no distrito do Guinda. François Dumont faleceu cedo e Henrique foi ajudado por seu padrinho, que lhe garantiu um curso na Escola de Artes e Ofícios de Paris, (equivalente a Faculdade de Engenharia, nos dias atuais), tendo se formado com apenas 21 anos de idade.
O Jovem Engenheiro Henrique Dumont
Voltando o Brasil passou a prestar serviços a Prefeitura de Ouro Preto, então a capital do Estado, região onde vivia o senhor Joaquim Santos, casado com Dona Emerenciana. O casal teve um filho que tornou-se o famoso comendador industrial Francisco de Paula Santos, que casou-se com Dona Rosalina. Entre os filhos tiveram um filha chamada Francisca. Em Ouro Preto Dr. Henrique Dumont conheceu a jovem Francisca de Paula Santos e se casaram, em 6 de setembro de 1856, na Freguesia de Nossa Senhora do Pilar.
1 - D. Francisca de Paula Santos Dumont (esposa de Henrique/mãe de Santos Dumont)
2 –D. Francisca com a filha Sofia, irmã de Santos Dumont
Henrique exerceu várias atividades em Minas. Foi proprietário, junto com o sogro, da famosa Fazenda Jaguara, às margens do Rio das Velhas. Essa fazenda possuía uma igreja com altares de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, que posteriormente foram transferidos para a Igreja Matriz de Nova Lima. Com espírito empreendedor, Henrique explorou os barcos a vapor no rio das Velhas e São Francisco.
Segundo o historiador do Rio São Francisco, Brasiliano Braz, foi durante a guerra do Paraguai (1864-1870) que o Barão de Guaicuí resolveu construir o primeiro “gaiola” que navegaria no rio São Francisco.
Em 25 de junho de 1867 o Governo de Minas, através do conselheiro Joaquim Saldanha Marinho, firmou contrato com o engenheiro Diamantinense Henrique Dumont para a construção de um vapor com 25 HP de força. Utilizando como base um velho vapor construído na América do Norte, que navegou por vários anos no rio Mississipi e depois no rio Amazonas, e que fora transportado em carretas puxadas por bois até os terminais ferroviários, chegou a Sabará, presumivelmente em 1852. Reinaugurado em 1871 pelo imperador Dom Pedro II, foi lançado nas águas do rio das Velhas em grande festa. No dia 3 de fevereiro de 1871, Álvares de Araújo inaugurou a navegação a vapor nas águas do rio da Integração Nacional ao chegar à vila de Guaicuí, onde o rio das Velhas deságua no Velho Chico. De lá, prosseguiu sua histórica “viagem de exploração” à Januária, Carinhanha, Barra do Rio Grande, Xique Xique, Pilão Arcado, Remanso, Juazeiro e Boa Vista. Em cada localidade, ele anotava aspectos da cultura ribeirinha que hoje oferecem subsídios para um melhor entendimento daquele período histórico. E assim, ficamos sabendo de sua disposição em desobstruir o São Francisco para que, unindo a navegação a vapor com as estradas de ferro, o centro do país finalmente se encontrasse com o litoral. Durante vários anos, o vapor construído por Henrique Dumont navegou de Pirapora a Juazeiro (1370km), tinha o apito rouco e estridente, que atraia os moradores ribeirinhos as margens do rio para vê-lo passar com suas duas rodas laterais. A capacidade de carga do Vapor Saldanha Marinho era de 6 toneladas e de 12 passageiros.
O Vapor Saldanha Marinho construído por Henrique Dumont
Em 1872 Henrique tornou-se engenheiro da Estrada de Ferro Central do Brasil, transferindo-se para Palmira (hoje a cidade de Santos Dumont-MG) onde assumiu a empreitada da construção da Ferrovia D. Pedro II, trecho da Estrada de Ferro na subida da Serra da Mantiqueira, ligação entre Minas Gerais e Rio de Janeiro. Para não ficar longe da família, o Dr. Henrique trouxe sua esposa e os cinco filhos, instalando-se em uma casa próxima às obras, na Fazenda Cabangu, entre os Distritos de João Ayres e João Gomes.
Engenheiro Henrique Dumont (ao centro), tendo à direita o seu genro Guilherme de Andrade Villares(casado com Virgínia), e a esquerda, a filha mais jovem, Francisca; sentadas, as outras irmãs de Santos-Dumont: Virgínia, Sofia e Gabriela.
Neste local nasceu, em 20 de julho de 1873, data em que o Dr. Henrique completava seus 41 anos, o sexto, dos oito filhos do casal, batizado como Alberto Santos Dumont.
Sítio Cabangu, local onde em 1873 nasceu Alberto Santos Dumont, filho do Diamantinense Henrique
Alberto tinha mais 7 irmãos: cinco mulheres e dois homens. As irmãs mais velhas, Maria Rosalina, Virgínia e Gabriela casaram-se por coincidência, com três irmãos, respectivamente chamados Eduardo Villares, Guilherme Villares e Carlos Villares, todos os irmãos eram mineiros, excetuando-se as duas irmãs mais moças: Sofia e Francisca, ambas nascidas em na cidade de Casal, perto da cidade de Valença-RJ.
Após seis anos, terminada a construção da estrada de ferro, a família se muda para a localidade de Casal, Valença (atualmente município de Rio das Flores-RJ) no Vale do Paraíba fluminense, onde vai administrar uma fazenda de café do sogro, o comendador Francisco de Paula Santos. Mas os cafezais pouco produzem. Foi ali na Paróquia de Santa Tereza que Alberto foi batizado em 20 de fevereiro de 1877.
No Rio de Janeiro, Henrique conhece outros dois fazendeiros do vale do Paraíba – Luiz Pereira Barreto e Martinico Prado. Eles haviam chegado de uma viagem à região da nascente Vila de São Sebastião do Ribeirão Preto. Os dois, entusiastas das terras do então “oeste paulista”, convencem Henrique, que já procurava por terras rochas mais próprias para plantação de café, de que o futuro da cafeicultura estava naquela região a ser desbravada.
O Diamantinense Henrique, pai de Santos Dumont viaja três dias a cavalo, desde o final dos trilhos da Mogiana (que então tinham por ponto final Casa Branca), e fica maravilhado com as terras do “oeste paulista”. Retorna ao Rio, desfaz a sociedade com o sogro e, em 1879, compra de José Bento Diniz Junqueira a fazenda Arindeúva, que já tinha 100.000 pés de cafés.
Nos anos seguintes, Henrique continuou comprando terras, até adquirir em 1887 a última gleba, de José Augusto Alves Junqueira – estava formada a Fazenda Dumont, com 6.108 alqueires e 5,7 milhões de pés de café, a maior do mundo.
Para fazer o café circular e ampliar o desenvolvimento da região foi construída uma estrada de ferro, a Companhia Mogiana, inaugurada em 1883. Por ela chegaram a Ribeirão Preto centenas de migrantes, principalmente italianos que substituíram a mão-de-obra escrava.
A Fazenda Arindeúva de Henrique Dumont progrediu muito, tornando-se a mais moderna da América do Sul, e para agilizar a colheita, Henrique Dumont compra da Mogiana uma estrada de ferro ligando a fazenda à estação – além dessa ligação principal, de 23 Km, fez mais 96 Km de trilhos dentro da fazenda, em quatro ramais. O transporte do café era feito por 40 vagões acoplados a sete locomotivas importadas da Inglaterra.
1 - Parte dos mais de 90 km de linhas férreas particulares que cruzarvam a Fazenda Dumont
2 – pátio de carregamento dos vagões de café
Estava criada a Dumont Coffee Company e o Diamantinense Henrique passou a ser conhecido como o "Rei do Café".
Título da Dumont Cofee Company comercializado na Bolsa de Londres
Ali Albertinho passou a sua infância, incentivado pelo seu pai Henrique, começa a desenvolver as aspirações de que o homem não poderia mais ficar preso ao solo. Em suas divagações observava as nuvens suspensas no espaço, as aves deslizarem no ar e fazia experiências com pequenos balões nas festas juninas. Construía pipas exóticas – numa delas, de 2,5 m de altura por 1,8 m de largura, fez um gato alçar vôo. Chegou a montar pequenas aeronaves movidas a elástico e hélice. As suas leituras prediletas eram os livros: Vinte Mil Léguas Submarinas, Cinco Semanas Num Balão e Da Terra à Lua de Júlio Verne. Santos Dumont passa horas e horas nos galpões, onde era montado o maquinário que o pai importava da Europa, e nas oficinas onde se fabricava tudo o que era preciso no trabalho agrícola. Aos sete anos dirigia os locomóveis da fazenda e aos doze seu pai autorizou-o a dirigir a locomotivas Baldwin. Na mecânica, consertava a máquina de costura de sua mãe e acabou fazendo manutenção dos separadores de café da fazenda. Seus estudos iniciaram com as primeiras letras ensinadas por sua irmã Virginia. O Diamantinense Henrique teve papel fundamental na trajetória do filho Alberto, pois percebendo nele o fascínio pelas máquinas – que existiam em grande quantidade na fazenda – direcionou os estudos do rapaz para a mecânica, a física, a química e a eletricidade, não fazendo questão que ele se formasse em engenharia, como foi o caso dos outros filhos.
1886 - Albertinho, então com 13 anos no colégio em Campinas
Em 1890, a Fazenda Dumont tem 5,7 milhões de pés de café produzindo e é uma pequena cidade – cerca de 5.000 colonos moram lá. Henrique Dumont e seu sócio Francisco Schimidt chegaram a ter 60 fazendas e 30 milhões de pés de café, produzindo 4 milhões de sacas por ano.
O jovem Santos Dumont
Em dezembro daquele mesmo ano Henrique inspeciona os cafezais em uma charrete quando esta, desgovernada, o lança ao chão. Henrique quebra um braço, bate a cabeça, fica parcialmente paralisado (hemiplégico).
a partir da esquerda, Maria Rosalina, Virgínia, Gabriela, Santos Dumont, Francisca, Amália(cunhada), e seu marido Henrique
Em busca de tratamento, em 1891, Henrique viaja com a família para tratamento médico em Paris. Lá, Alberto tem a oportunidade de acompanhar as últimas evoluções tecnológicas, como o gramofone, a linotipia, a turbina a gás, o cinema e o cinerama. O motor a gasolina, ou seja, de explosão, também conhecido como motor de combustão interna, era a sensação do momento, fazia o maior sucesso e, devido a isto, exposições da época mostravam-no em múltiplas versões e funcionando sob os mais variados princípios. Ao visitar uma dessas exposições, o então jovem Santos Dumont ficou fascinado, pois sempre se viu interessado em entender aquele mecanismo. Henrique compra para o filho um automóvel Peugeot (1° carro a entrar no país) e retornam ao Brasil.
Henrique e Alberto no primeiro automóvel do Brasil
Casarão dos Dumont em São Paulo e seus automóveis
De volta a São Paulo, Henrique emancipa Alberto, que completara 18 anos, e dá-lhe, antecipadamente, sua herança, composta de ações e títulos de renda que lhe permitiram viver folgadamente e financiar, sem ajuda de terceiros, todas as suas experiências, além de vender a Fazenda Dumont por 12 mil contos de réis.
Santos Dumont rodeado de colegas
Em 1892 o estado de saúde de Henrique Dumont se agrava, ele tenta voltar à França, mas não consegue – morre no Rio de Janeiro, em 30 de agosto de 1892, aos 60 anos de idade. Sua esposa Francisca Santos, morre alguns anos mais tarde, na cidade do Porto, em Portugal, aos 67 anos de idade.
Com a morte do pai o jovem Alberto sofre um duro golpe emocional, mas as palavras do velho Henrique não foram esquecidas. Segue então para Paris em 1892 e não se deixa levar pelos encantos perigosos da Cidade-Luz, dedica-se os estudos onde começa experiências com balões.
Sofisticado escritório de Santos Dumont em Paris
Elas vão levar, em 1906, ao mítico 14-Bis, a primeira aeronave da história.
O filho do Diamantinense Henrique se prepara para dar um dos maiores passos da humanidade
Alberto Santos Dumont, filho do ilustre Diamantinense Henrique, recebeu diversas homenagens por toda a Europa, nos EUA e América Latina, em especial no Brasil, onde foi recebido com festas e euforia. Seus projetos foram aperfeiçoados por outros aviadores e projetistas, já que ele não os patenteava e não desejava adquirir bens materiais com suas invenções, mas idealizava dotar a Humanidade com meios de facilitar as comunicações e encurtar as distâncias.
Pesquisa e artigo elaborados por:
Leo Pinheiro da Altitude Máxima
Cidadão Diamantinense
leopinheiro@altitudemaxima.com.br
Notas do autor:
1) Por que a história do Diamantinense Henrique Dumont, um verdadeiro exemplo de herói, não é contata nas escolas de Diamantina?
2) Por que a grande maioria dos Diamantinenses não sabe nada a respeito desta história?
3) Por que não há em Diamantina um monumento a este ilustre cidadão?
4) Por que não exploramos esta história, de forma turística e histórica, em Diamantina e no distrito do Guinda, local seu local de nascimento?
5) Em outubro deste ano, Diamantina sediará o fHIST - Festival de História concebido pela Revista de História da Biblioteca Nacional – Não seria este o momento de resgatarmos este ilustre personagem de nossa história, atribuindo-lhe o devido valor e reconhecimento???
Este final de semana eu e vários amigos fizemos o passeio do Cânion do Funil e da Lapa Pintada (que por sinal foi maravilhoso) e coincidentemente o guia (Dú_Minhas Gerais) nos contou que na altura da “altitude máxima” a estrada tinha o ponto Santos Dumont, justamente em homenagem ao Henri, pai de Santos Dumont.
ResponderExcluirBacana saber disto tudo.
A história de ontem depende da atitude de hoje. Atitude Diamantina!
Wellington Gomes
Nota 0 para os professores dos colégios e para os historiadores dessa cidade que sequer tocam nesse assunto em sala de aula e não exploram o mesmo junto aos turistas. E isso não vai mudar... cala-te boca!
ResponderExcluirReparem... Por que todos os "ilustres" dessa cidade (que nasceram ou viveram parte de suas vidas nela) nunca continuaram aqui. Dos Dumont, a Chica e JK, nenhum deles residiu aqui por amor a essa terra. Vieram exploraram e foram embora. Temos de deixar esse positivismo historicista de lado e deixar de enaltecer os grandes vultos da história. A única coisa que ocorre é que a história joga a favor deles, apenas isso. E onde está a história a contrapelo? Onde está a história dos vencidos, que aqui ficaram, lutaram contra a miséria do Vale e morreram sem deixar rastro algum à humanidade?
ResponderExcluirE porque as escolas têm de ensinar que o avô do neto do tio da sogra do papagaio de Santos Dumont nasceu no Guinda? Ora, isso foi acidente e oportunismo de metade do ocidente capitalista que apenas veio para o Arraial do Tijuco explorar suas riquezas até o caroço e depois ir embora sem nada deixar por aqui. A família dos Dumont fizeram isso: exploraram aqui tudo o que puderam e depois investiram suas riquezas em lavouras de café no Estado de SP!
Mesmo JK, que os citadinos tijucanos louvam com seu louros... Ele gostava tanto de Diamantina que fez de Brasília uma cidade ultra-moderna e num lugar extremamente plano! O contrário do que ele (sobre)viveu aqui durante boa parte de sua vida!
A história não é lugar de rememoração dos fatos, datas e nomes. Se fosse assim, teríamos que lembra, por exemplo, que em Diamantina nasceu Olympio Mourão Filho (um dos articuladores do golpe militar no Brasil em 1964). Que na mesma Diamantina foi selada pelo Bispo Sigaud a campanha da TFP (Tradição, Família e Propriedade) que perseguiu pessoas pelas décadas de 1960 e 1970 no Brasil pelo fato de pensarem diferente do regime militar e da Igreja Católica conservadora.
Ora, sem essa de enaltecer essa elite usurpadora e promíscua! Isso não é história, mas contos da carochinha.
Assinado: Leitor do Passadiço e habitante do Arraial do Tijuco, essa terra napoleônica.
Pois é né! O Chico disse tudo aí em cima. Concordo plenamente! Ou quase tudo, pois sempre haverá algo a dizer.
ResponderExcluirLouvo o esforço e boa vontade da publicação original, mas é mais que hora de compreendermos que a História é Social; e isso quer dizer que é feita por pessoas, que movem o mundo com seu trabalho e idéias.
Só que no Brasil, como sabemos, essa "elite" (veja meu comentario no " post" das Mineradoras no Vale, nesse mesmo blog) "querem um país para poucos e uma democracia sem povo"(Raymundo Faoro).
Chega de heróis e salvadoeres da pátria. Queremos é Democracia de fato, em todas as suas dimensões possíveis e imagináveis! Econômica tb., mas, sobretudo Cultural... etc, etc, etc... e todos os Direito Sociais que ela comtempla(ria?) na "carta magna"; ou o que resta dela!
Vamulá, gente! Chega de dissimular!
Que legal! Chicó e João Grilo são comentaristas do blog.
ResponderExcluirÉ seu Rodrigo... "eu só sei que foi assim".
ResponderExcluirOlá amigos,
ResponderExcluirComo disse o Grilo aí em cima: "sempre haverá algo a dizer...
Muito boa a discussão gerada pelo texto do Leonardo e pelos comentários. Lembrei de alguns posts antigos do Passadiço que podem contribuir com o debate.
Fazedores do Nosso Chão:
http://passadicovirtual.blogspot.com/2011/01/dica-de-blog-interessante-fazedores-do.html
Perguntas de um operário letrado:
http://passadicovirtual.blogspot.com/2009/09/perguntas-de-um-operario-letrado.html
Obrigado a todos e inté+
Olá Leo Pinheiro!
ResponderExcluirDestacou, novamente, os seus porquês:
"1) Por que a história do Diamantinense Henrique Dumont, um verdadeiro exemplo de herói, não é contata nas escolas de Diamantina?
2) Por que a grande maioria dos Diamantinenses não sabe nada a respeito desta história?
3) Por que não há em Diamantina um monumento a este ilustre cidadão?
4) Por que não exploramos esta história, de forma turística e histórica, em Diamantina e no distrito do Guinda, local seu local de nascimento?
5) Em outubro deste ano, Diamantina sediará o fHIST - Festival de História concebido pela Revista de História da Biblioteca Nacional – Não seria este o momento de resgatarmos este ilustre personagem de nossa história, atribuindo-lhe o devido valor e reconhecimento???"
Leo, estas perguntas necessitam de alguma resposta, ou melhor, de atitude do povo brasileiro. A história de um povo não pode morrer. A família Dumont merece o devido valor e ser reconhecida.
Desde minha vida acadêmica no Sul de Minas Gerais, isto a uns bons tempos atrás, Santos Dumont já chamava muito minha atenção. Despertava em mim toda a admiração pelos seus trabalhos desenvolvidos, ou melhor, "pelas suas maluquices", que hoje, percebo o quanto foram importantes para todos nós.
Leo, ao ler seu artigo, o seu texto que se segue, chamou muito minha atenção: “Seus projetos foram aperfeiçoados por outros aviadores e projetistas, já que ele não os patenteava e não desejava adquirir bens materiais com suas invenções, mas idealizava dotar a Humanidade com meios de facilitar as comunicações e encurtar as distâncias.” Achei esta frase maravilhosa! Podemos observar que Santos Dumont, um gênio brasileiro, com toda sua humildade e desprendimento material, ele visava o bem da Humanidade. Isso é lindo, pois, até podemos pensar que ele tinha tudo para desejar o melhor a seu bel-prazer, se envaidecer de tanta genialidade; mas, não, não foi isto que aconteceu! Inclusive, Santos Dumont nem se quer se preocupava em patentear suas invenções. É, para mim, Santos Dumont é realmente um exemplo de boa pessoa. Ele estudou, pesquisou, experimentou e concretizou; tudo isso para a Humanidade. Ainda hoje aprendo com Santos Dumont e agradeço a você, Leo, por sua pesquisa e artigo. Que nossos sonhos possam voar alto como os aviões de Santos Dumont, pois nada acontece sem antes de ser sonhado! Leo, eu acredito que, depois de seu artigo publicado, pelo menos muitos diamantinenses estão sonhando agora.
Olá Leo Pinheiro!
ResponderExcluirDestacou, novamente, os seus porquês:
"1) Por que a história do Diamantinense Henrique Dumont, um verdadeiro exemplo de herói, não é contata nas escolas de Diamantina?
2) Por que a grande maioria dos Diamantinenses não sabe nada a respeito desta história?
3) Por que não há em Diamantina um monumento a este ilustre cidadão?
4) Por que não exploramos esta história, de forma turística e histórica, em Diamantina e no distrito do Guinda, local seu local de nascimento?
5) Em outubro deste ano, Diamantina sediará o fHIST - Festival de História concebido pela Revista de História da Biblioteca Nacional – Não seria este o momento de resgatarmos este ilustre personagem de nossa história, atribuindo-lhe o devido valor e reconhecimento???"
Leo, estas perguntas necessitam de alguma resposta, ou melhor, de atitude do povo brasileiro. A história de um povo não pode morrer. A família Dumont merece o devido valor e ser reconhecida.
Desde minha vida acadêmica no Sul de Minas Gerais, isto a uns bons tempos atrás, Santos Dumont já chamava muito minha atenção. Despertava em mim toda a admiração pelos seus trabalhos desenvolvidos, ou melhor, "pelas suas maluquices", que hoje, percebo o quanto foram importantes para todos nós.
Leo, ao ler seu artigo, o seu texto que se segue, chamou muito minha atenção: “Seus projetos foram aperfeiçoados por outros aviadores e projetistas, já que ele não os patenteava e não desejava adquirir bens materiais com suas invenções, mas idealizava dotar a Humanidade com meios de facilitar as comunicações e encurtar as distâncias.” Achei esta frase maravilhosa! Podemos observar que Santos Dumont, um gênio brasileiro, com toda sua humildade e desprendimento material, ele visava o bem da Humanidade. Isso é lindo, pois, até podemos pensar que ele tinha tudo para desejar o melhor a seu bel-prazer, se envaidecer de tanta genialidade; mas, não, não foi isto que aconteceu! Inclusive, Santos Dumont nem se quer se preocupava em patentear suas invenções. É, para mim, Santos Dumont é realmente um exemplo de boa pessoa. Ele estudou, pesquisou, experimentou e concretizou; tudo isso para a Humanidade. Ainda hoje aprendo com Santos Dumont e agradeço a você, Leo, por sua pesquisa e artigo. Que nossos sonhos possam voar alto como os aviões de Santos Dumont, pois nada acontece sem antes de ser sonhado! Leo, eu acredito que, depois de seu artigo publicado, pelo menos muitos diamantinenses estão sonhando agora.
Respeitando a opinião de todos, acredito que não importa de onde vem (onde essa pessoa nasceu) ou para onde vai (onde a vida leva essa pessoa), o que fica é o legado, as realizações, a utilidade que uma vida proporcionou a muitos. São inegáveis os feitos de Henri Dumont e, mesmo não tendo ele retornado a Diamantina posteriormente, não significa nenhum demérito a cidade.
ResponderExcluirRealmente não concordo com a revolta do colega Chico, acho que mistura alho com bugalho, e talvez seja esta a razão de tanta ignorância sobre os ilustres Diamantinenses, a capacidade instalada de alguns moradores de menosprezar e subestimar os personagens de nossa história, e ainda são capazes de chamar essa terra de "Napoleônica"...
Bahh!!! "Ilustres", "personagens da hiistória", vultos são adjetivos que não cabem no trabalho de um historiador sério. O resto é memória, não história. Essa terrinha é e sempre será napoleônica porque aqui não se escreve história, mas se revivem memórias - de um passado morto, putrefato que vaga pelos becos estreitos do Arraial, atrás de almas ingênuas e puras que acreditam nas chica da silva, nos jk, nos joão gilberto diamantinenses, enfim, no messias que um dia salvará a todos da escuridão dos tempos coloniais que ainda paira sobre a mentalidade dessas paragens.
ResponderExcluirChico.
Essa cidade é tão napoleônica que até o dito festival de inverno parou no tempo.
ResponderExcluirA ignorância marxista muitas vezes cega as pessoas para as boas oportunidades. Se essas personalidades exploraram a cidade nada mais justo que explorar a imagens deles para que finalmente o retorno seja feito. Se eles continuassem por lá não seriam o que se tornaram. Aproveitem a fama deles em favor da cidade e deixem de baboseira simplistas e marxistas de que "só exploraram a cidade".
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