Autora: Virgínia Baracho.
Sou filha do campo, dos montes, da serra.
Sou filha do rio Jequitinhonha,
de um lugarejo, pedacinho de terra,
Com o qual sempre a gente sonha.
Nasci numa casa, pequena e modesta,
porém grande em amor, fé e harmonia,
onde todo amanhecer era uma festa
dos pássaros, saudando nosso dia.
Recordo os passeios à margem do rio,
as corridas alegres, galgando serrados.
As estórias, contadas em noites de frio,
as fogueiras, o milho verde assado...
Guardo comigo saudosas lembranças
dos entes amados, com quem convivi.
Dos brinquedos saudáveis de minha infância,
Meu Váu querido!...Saudades de ti.
Amo teus vales, rochedos e montes.
Orgulho-me da terra onde nasci.
Fica pertinho de nós o horizonte,
o céu parece estar logo ali...
Em teu seio repousam, terra querida,
aqueles que partiram nos deixando a chorar.
Como eu, também eles se amaram em vida
e lá no céu estarão a te abençoar.
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