domingo, 8 de fevereiro de 2015

Voz de Diamantina: uma cidade ainda à procura de seu eixo turístico

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Numa conversa de boteco - das mais produtivas e filosóficas que soem acontecer - lamentávamos o fim do Circuito de Corais. Que, por alguns anos, parecia uma grande promessa. Principalmente em suas primeiras edições. Quando corais famosos e importantes aceitavam o convite para se apresentar em Diamantina, aliando a arte musical à grandiosidade sacra das nossas igrejas barrocas. Era surpreendente a sedução que emanava dessa nova atração. Grupos de cantores dele participavam graciosamente. Pelo prazer de vir, estar e enriquecer a musicalidade de uma cidade recentemente elevada a Patrimônios Cultural da Humanidade.

Assisti à maior parte dos circuitos. Às vezes envergonhado com o pequeno público local. Não fossem os membros de corais de fora que nunca perdiam as apresentações subsequentes, esse tipo de vexame seria maior ainda. Infelizmente, porém, um evento que tinha tudo para transformar-se em referência nacional e internacional acabou sem mais nem menos. Tragado talvez pelo conceito do politicamente correto. De dar oportunidade a todos os corais da cidade e levar o circuito para as escolas e igrejas dos bairros. Esse doutrinado tipo de inclusão social excluiu Diamantina do fechado concerto de cidades que descobriram e souberam fazer girar, com desenvoltura e eficiência, seu eixo turístico.

Tais digressões afloram puxadas pelo mal desempenho de Diamantina diante de seu potencial turístico. Que só começou a emergir na última década do século passado. Coincidentemente, na mesma época do fim do garimpo e do iniciante esforço pela conquista do honroso e aparentemente inatingível título da Unesco. Uma cidade, cujo futuro, cantado em prosa e verso, era o turismo, só vislumbrou tão antiga profecia já com quase 300 anos de existência.

Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 704, de 07 de fevereiro de 2015

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