domingo, 23 de agosto de 2015

Exchange Diamantina: evento gratuito sobre empreendedorismo e inovação traz a Diamantina a "menina do Vale do Silício

No dia 10/09 teremos o Exchange Diamantina, um evento gratuito que trata de empreendedorismo e inovação voltado para startups.

A programação do evento está excelente, tendo como ponto alto a palestrante Bel Pesce, conhecida com a “Menina do Vale do Silício”, cujo currículo de peso está descrito abaixo, na programação.

Abaixo também a programação do evento e o link para inscrições que já está ativo - https://www.sympla.com.br/exchange-diamantina__39441 .

Programação – Exchange Diamantina

10/09/2015

Auditório Campus I - UFVJM

14:00 às 15:00 hs – Palestra: "O que é inovação?" - Prof. Charles Bernado Buteri - IFNMG - Campus Salinas.

15:20 às 16:20 hs – Palestra: "Prototipagem: como avaliar se sua ideia resultará em um produto ou serviço com potencial de mercado?" - Prof. Carlos Suzart - UFVJM - Campus JK.

16:40 às 17:40 hs – Dinâmica de Grupo: "Brainstorming: tempestade de idéias" - Prof. Carlos Suzart - UFVJM - Campus JK.

D´Avila Hall

14:00 às 18:00 hs - Bootcamps sobre “Pitch” e “Modelagem de Negócios – Canvas” (vagas limitadas)

18:30 hs – Credenciamento

19:00 hs – Palestra “Startup - Que negócio é este?”, com Edson Mackeenzy – Empreendedor com 14 anos de experiência em inovação em negócios digitais, fundador do primeiro portal de vídeos do mundo ( Videolog.tv), membro da ONG UP Global responsável pelo movimento Startup Weekend, mentor/anjo em aceleradoras e startups e eleito em 2013 um dos empreendedores mais influentes do Brasil.

19:40 hs – Painel de Casos de Sucesso Sebraetec – Startups que aprimoraram ou alavancaram os seus negócios com o apoio do Sebrae

20:10 hs– Palestra “Uma Jornada Empreendedora”, com Bel Pesce – A brasileira que estudou no maior centro de inovação e tecnologia do mundo, o MIT, e que é hoje uma das 100 pessoas mais influentes no Brasil segundo a Revista Época, um dos jovens brasileiros com até 30 anos, eleitos pela Revista Forbes, que vão ajudar a reinventar o país e assumir as rédeas do futuro, e que escreveu o best seller “A Menina do Vale” contando sua experiência de empreendedorismo e inovação no Vale do Silício.

sábado, 22 de agosto de 2015

Rádio Universitária já pode ser ouvida pela internet

Fonte: UFVJM
Há quase um ano no ar, a Rádio Universitária 99,7 já pode ser ouvida pela internet. Por meio de parceria entre a Universidade, a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fundaepe) e JKnet, foi disponibilizado um link que dá acesso ao conteúdo da Rádio pelo computador, tablet e até smartphone.
Agora, as comunidades universitárias dos campi da UFVJM em Janaúba, Teófilo Otoni e Unaí também poderão acompanhar a programação, que passará a veicular notícias da Universidade nessas regiões.
Ouça a Rádio Universitária! É a UFVJM na frequência do saber!
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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Como assim? A criação de 13º não é aumento de salário?


A má fama dos vereadores torna-se cada vez mais consensual no Brasil inteiro. A remuneração desse múnus cidadão (de outrora) é um dos ruinosos legados do golpe de 64. Até então, os vereadores davam algumas horas de um dos dias da semana por civismo, amor à cidade em que moravam, constituíam família e tocavam suas vidas. Na última legislatura, talvez enciumados com a elevação do subsídio dos secretários para R$ 6 mil, nossos edis aumentaram seu salário em 80%, dobraram o valor da discutível verba indenizatória e incharam de nove para 13 o número de cadeiras na câmara, sem nenhuma consulta popular. Se cada um dos membros dessa privilegiada casta de 56.810 vereadores ganhasse, em média, R$ 1.000,00, quase R$ 60 milhões de reais seriam necessários para liquidar mensalmente esta perdulária fatura. Em Diamantina, esta fabulosa cifra teria de ser multiplicada por cinco. A esta astronômica quantia, cujo montante anual chega a alguns bilhões de reais, os parlamentares ainda somam a verba indenizatória sem prestar contas, ou quando muito, valendo-se de suspeitíssimas notas fiscais de combustível e outros embustes.
Não pretendia voltar ao assunto nesta semana. Ao ler, porém, a Nota de Esclarecimento, assinada pelo presidente da câmara e transcrita na página seis desta edição, senti-me no dever de externar algumas considerações. A começar pela omissão de desculpas que, penso, deveriam constar do extenso documento e da dubiedade do presidente em nomear os autores da proposta da criação de mais um ônus para o município. Acuado pela intransigência da plateia, ele teve não apenas a coragem de dizer que não se lembrava de seus nomes e de que a ata da reunião já fora arquivada, como ainda - num infeliz arremate - ousou afirmar que a proposta partira da mesa diretora. Mais que um acinte, tal conivência desnudou um misto de pusilanimidade e de corporativismo. Os vereadores que votaram a favor da criação do 13º se encontravam lá. Nenhum deles, porém, teve a hombridade de levantar-se, declarar e defender sua posição. E nem foi preciso: seu presidente os livrara dessa obrigação moral.

Parte do editorial da Voz de Diamantina, edição 732, de 22/08/2015

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Acidente deixa mortos e feridos em Diamantina

Duas pessoas morreram e 26 ficaram feridas na manhã desta quinta-feira (20) em uma batida entre dois ônibus no km 491 da BR-367, na zona rural de Diamantina, na Região Central de Minas Gerais.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, os dois veículos se chocaram de frente e o acidente aconteceu próximo à entrada do distrito de Desembargador Otoni. Três vítimas tiveram amputação de membros.
Ainda segundo a corporação, havia pessoas presas às ferragens e ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros socorriam os feridos que eram levados para hospitais de Diamantina e Carbonita, na Região do Vale do Jequitinhonha.


Batida entre dois ônibus na BR-367, na zona rural de Diamantina  (Foto: Divulgação/ Polícia Militar)

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Paulinho Pedra Azul no Teatro Santa Izabel

Documentário mostra as belezas do Peruaçu

O documentário “Peruaçu” mostra um pouco das belezas do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, no norte de Minas Gerais, e conta sobre o projeto de monitoramento de mamíferos desenvolvido pelo Instituto Biotrópicos na região desde 2007. Através deste projeto de pesquisa temos como objetivo fornecer dados que permitam avaliar possíveis impactos da visitação turística sobre os mamíferos do Parque Nacional e, desta forma, conciliar o turismo de baixo impacto com a conservação da biodiversidade. Fazemos isto pois acreditamos que a atividade turística bem planejada trará benefícios para todos os envolvidos: comunidades locais, parque e a fauna do Peruaçu.
Esta iniciativa conta com apoio do Conservation Leadership Programme e do ICMBio desde o seu início e, ao longo dos anos, teve apoio também de outras organizações como: Idea Wild, International Foundation for Science, Panthera, Rede ComCerrado, CNPQ e WWF-Brasil.
Direção, imagens e edição: Michel Becheleni
Imagem adicional: Marcell Pinheiro
Músicas: Gustavo Guimarães
Coprodução entre Instituto Biotrópicos e Rupestre Imagens

Agradecimentos especiais ao nosso querido amigo violeiro Gustavo Guimarães. 


VIII Encontro de Educação Física da UFVJM


Logotipo do Evento

O Encontro de Educação Física da UFVJM, evento científico e cultural promovido pelo Curso de Educação Física da UFVJM, chega a sua oitava edição com o tema "As formas lúdicas da Educação Física", e será realizado de 26 a 29 de Agosto de 2015, em Diamantina-MG. O principal objetivo do encontro é divulgar e aprofundar o conhecimento da Educação Física, contribuindo para o intercâmbio acadêmico-científico e pedagógico sobre o qual a Educação Física se debruça em seus diferentes campos de atuação. Convidamos os profissionais, estudiosos e demais interessados nos conhecimentos do corpo a participar da oitava edição do encontro de Educação Física da UFVJM.

Reitor da UFVJM é empossado em Brasília


Gilciano Saraiva Nogueira


Tomou posse nesta segunda-feira, 10, em cerimônia realizada no Ministério da Educação, o novo reitor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Gilciano Saraiva Nogueira. Durante a solenidade, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, ressaltou a importância da universidade para a região.

Para Janine, a universidade desempenha um papel de fomento em uma região de Minas Gerais que tem um clima parecido com o do Nordeste brasileiro, inclusive passando por períodos de seca. “Pensei na incumbência do reitor, dos gestores, dos professores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri de reverter a situação e de fazer com que a região prospere”, disse Janine. “Há um alinhamento da preocupação social com o empenho de dar condições materiais e de infraestrutura para que ela se realize”, concluiu.

A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri foi instituída em 2005, e atualmente é composta de quatro campi. O campus sede JK, localizado no município de Diamantina; o campus Mucuri, no município de Teófilo Otoni; Janaúba, e Unaí. A universidade tem 52 cursos de graduação, 20 de pós-graduação e 11 polos de educação a distância.

Currículo – O professor Gilciano Saraiva Nogueira é graduado em engenharia florestal, pela Universidade Federal de Viçosa, mestre e doutor em ciência florestal pela Universidade Federal de Viçosa. Possui pós-doutorado (2010) pela University of British Columbia, Canadá. Atualmente é Professor Associado 2 da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

O novo reitor tem experiência na área de recursos florestais e engenharia florestal, com ênfase em mensuração e manejo florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: quantificação de produtos madeireiros; classificação da capacidade produtiva; regulação da produção florestal; modelagem de crescimento e produção florestal; espaçamento e desbaste florestal; avaliação florestal.

domingo, 16 de agosto de 2015

Leia nesta semana na Voz de Diamantina


              
A reunião extraordinária da Câmara Municipal de Diamantina do dia 6 de agosto não foi gravada nem filmada, como de costume. E não poderá, portanto, ser ouvida ou assistida pelos munícipes. Este é um dos aspectos temerários da conduta da nossa vereança. Naquela data, a maioria dos nossos diligentes edis votou pelo acréscimo do 13º salário aos seus já polpudos subsídios. Como, além dos R$ 5.700,00 de praxe, eles também embolsam indecorosa verba indenizatória, em torno de R$ 2 mil, por que não descolar mais uma mixaria dos cofres públicos? - Devem ter pensado nossos insaciáveis parlamentares, provavelmente extenuados pela sua dura lida das tardes de segunda-feira. Só que desta feita sua manobra bichou. Imoralmente legal, ela soou como mais uma afronta ao distinto público que paga por esta e pelas demais mordomias municipais.
              Dois jovens moradores da cidade enfeixaram a indignação popular numa Petição Pública que pode ser lida na página 05 desta edição, assim como outros três artigos transcritos nas páginas seguintes que bem descrevem como a força do povo, aliada a recursos legais, anula o poder aparentemente irrefreável dos que legislam a favor de si próprios. Basta que 5% do colégio eleitoral do município subscrevam a Petição Pública para que a câmara se curve aos mais comezinhos princípios éticos. No caso deste velho e desinformado burgo, 1800 assinaturas castigariam nossos vereadores na parte mais sensível de seu mercenário arcabouço de homens públicos: o bolso.
              A inusitada iniciativa se espelhou nas de outras cidades e provavelmente se espalhará por todo o país. A Petição Pública de Diamantina reduz o subsídio dos vereadores, do prefeito, do vice e dos secretários, veda qualquer tipo de remuneração extra e submete eventuais tentativas de aumentar seus valores a consultas por plebiscito.
A reação liderada por Helen Perrela e Êmerson Araújo, autores da petição, foi aparentemente fraca. Seu convite à adesão, postado em redes sociais, atraiu pouca gente à frente da câmara ás 3h da segunda-feira. Mas as pessoas iam chegando, se informando, assinando a petição, algumas pressurosas em buscar seus títulos de eleitor, uma das exigências do cartório eleitoral. Várias listas corriam de mão em mão, muitas delas levadas espontaneamente para casas e locais de trabalho para serem assinadas.

              Parte do editorial da Voz de Diamantina, edição 731, de 15/08/2015

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CLIQUE AQUI E SAIBA MAIS.

CLIQUE AQUI E LEIA ANOTA DE ESCLARECIMENTO  DA CÂMARA MUNICIPAL.

LEIA SOBRE O AUMENTO DOS VEREADORES EM 2012.

domingo, 9 de agosto de 2015

Governador anuncia reinício das obras da rodovia Diamantina-Milho Verde-Serro

Fernando Pimentel determinou também a reforma da sede da Escola de Música Arte Miúda, durante instalação do Fórum Regional de Governo em Diamantina

O governador Fernando Pimentel anunciou nesta sexta-feira, 7 de agosto, em Diamantina, durante a instalação Fórum Regional de Governo - Território Alto Jequitinhonha, a retomada das obras da estrada que liga aquela cidade a Milho Verde e ao Serro. Com 58,2 quilômetros de extensão, a rodovia teve os trabalhos de implantação iniciados em outubro de 2013 e paralisados um ano depois.
 
“Estamos retomando as obras. Eu queria dar essa notícia aqui. Nós vamos retomar e dar ordem de serviço na estrada Diamantina a Milho Verde e Serro. Vamos voltar aqui para visitar a obra com os prefeitos, com a obra andando, daqui a uns 15 dias ou um mês”, afirmou Pimentel.
 
Outra obra anunciada pelo governador foi a reforma da sede da Escola de Música Arte Miúda. Pimentel e o secretário de Transportes e Obras Públicas (Setop), Murilo Valadares, assinaram o despacho governamental na presença da diretora da Escola, Soraya Alcântara, e de representantes dos movimentos sociais da região. Além de jovens que podem arcar com estudos musicais, a Arte Miúda recebe crianças de famílias de baixa renda, concedendo bolsas. A diretora da escola, Soraya Alcântara, trabalha para resgatar e manter vivas as tradições culturais de Diamantina, de festas populares e composições de músicos da cidade.
 
Segundo Pimentel, o anúncio só foi possível graças ao pagamento de cerca de R$ 500 milhões de faturas atrasadas, deixadas pela gestão anterior apenas no setor de obras. “Estamos retomando as obras porque conseguimos pagar, com muito esforço, as dívidas das faturas que ficaram do ano passado. Cerca de 90% já foram pagos e, com isso, já podemos começar a chamar as empresas e retomar algumas obras. Mas, daqui para a frente, toda a definição que vai ser feito será decidido em conjunto com a população, o que é mais importante”, afirmou o governador.
 
Participaram também da cerimônia de instalação do Fórum Regional de Governo – Território Alto Jequitinhonha, os secretários de Estado Odair Cunha (Governo), Helvécio Magalhães (Planejamento e Gestão), Nilmário Miranda (Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania), Glenio Martins (Desenvolvimento Agrário), Tadeu Martins Leite (Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana), além de deputados federais, estaduais, 21 prefeitos, vereadores, líderes de movimentos sociais e representantes de autarquias e órgãos de governo.

Turismo e crise/mudança da identidade cultural: impactos psicossociais da atividade turística em Diamantina

Autores: Diego Rodrigues da Silva e Paulo Afranio Sant'anna

Diamantina é uma cidade histórica do circuito turístico interiorano mineiro que vivenciou de forma muito rápida o impulso e as alterações dos investimentos do setor turístico na economia local. Desta forma, tornou-se imprescindível detectar e analisar as intercorrências originadas do contato intercultural do turista com o morador local, tentando sinalizar os principais impactos psicossociais percebidos pela comunidade nessa relação. Enfocou-se o debate sobre o objeto identidade cultural e as alterações que sinalizam um panorama de crise ou mudança da identidade tradicional. Para tal, desenvolveu-se um grupo focal com diamantinenses representantes dos principais setores da atividade turística na cidade. Os resultados refletem importantes apontamentos para o planejamento e gestão sustentável do turismo em Diamantina. 

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Após gasto de mais de R$ 4 milhões, UPA de Diamantina fica fechada


Após gasto de mais de R$ 4 milhões, UPA de... por jornaldaalterosa

Leia nesta semana na Voz de Diamantina

Ninguém vive impunemente em Diamantina... Eu sempre apreciei esta frase dita por não sei quem, algures, mas por muito tempo sem conseguir entender-lhe o significado. Na provecta idade a que Deus permitiu-me chegar, acho que finalmente começo a compreender sua cifrada mensagem. A ponto de poder intuir que esta anunciada e fatal punibilidade só atormenta os que sentem os dramas, sofrem com as mazelas e se condoem dos maus tratos que têm sido impostos à sua cidade. E, é claro, esta gama de percepções não nasce da noite para o dia, mas através de vivência, observação e admiração das riquezas arquitetônicas, culturais, musicais e artísticas de um Patrimônio Cultural da Humanidade.
              Tentarei explicar-me. Tão logo o prefeito Gustavo, numa das medidas de mais lúcido tirocínio de sua gestão, fechou o trânsito de veículos na Rua da Quitanda - palco ainda experimental da vesperata - mesas e cadeiras se espalharam por sobre o simpático ambiente. Num dos festivais de inverno da UFMG, impressionou-me o comentário de um casal de turistas acompanhado de sua filha pré-adolescente. Ao meu lado na fila para um show de violão na Igreja do Carmo, deles ouvi simplesmente: “ao chegar à cidade, vindos do festival de Ouro Preto, e ver aquela praça cheia de mesas e cadeiras, gente conversando, petiscando e degustando, sentimo-nos na boêmia e cosmopolita Paris. Que outra cidade brasileira ostenta com tanta naturalidade um charme desses?”
              Esse virtuoso espanto de viajados turistas se deu quando os pontos comerciais e as casas do Centro Histórico de Diamantina mais se valorizavam. Nessa época, era só abrir o preço - altíssimo que fosse - e um contrato de aluguel ou de compra era assinado. Hoje em dia, vários endereços nobres do centro estão fechados com placas de aluga-se, vende-se. Fadados a só serem arrendados pelas fortunas de antanho se aparecer algum banco ou órgão governamental que pague altos preços pela sua cada vez mais degradada localização.
              Parte do editorial da Voz de Diamantina, edição 730, de 08/08/2015

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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Moradores de Milho Verde querem restauração da igreja onde Chica da Silva foi batizada


Templo que abriga a fé de quem chega, testemunha a história secular e abençoa um povo apaixonado pela riqueza ambiental de Milho Verde, distrito do Serro, no Vale do Jequitinhonha. Assim – e muito mais, segundo os admiradores – é a Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres, do século 18, onde está a padroeira do distrito e constitui um dos expoentes do patrimônio mineiro. Preocupados com a degradação da igreja, moradores se mobilizam para salvar a construção de importância vital para a comunidade e onde foi batizada a célebre Chica da Silva (1732-1796), escrava alforriada que encantou o contratador de diamantes João Fernandes (1720-1779) e marcou o seu tempo.

domingo, 2 de agosto de 2015

Encerramento da Oficina de Calceteiros / Acerta Pedra.

Quinta feira à tarde, dia 30 de julho, no auditório da UNOPAR, espaço gentilmente cedido pelo Erildo do Nascimento (e usado pela primeira vez depois de reformado), ocorreu o encerramento da Oficina de Calceteiros / Acerta Pedra. Com duas brilhantes palestras: uma proferidas pelo Erildo que discorreu sobre aspectos e curiosidades históricas envolvendo o calçamento e a outra pelo José Marques, engenheiro civil que falou sobre técnicas modernas de pavimentação, suas vantagens e desvantagens, além da questão bastante atual que é a sustentabilidade  sob o aspecto ambiental, nestas intervenções. 

O Sr. Prefeito Municipal, Dr. Paulo Célio, entregou os certificados a todos os participantes da oficina, enfatizando a importância de se formar turmas em um ofício que agonizava. Na oportunidade, o Erildo aproveitou para lançar mais uma ideia, a de recalçar o Beco do Mota, na técnica pé-de-moleque, num local privilegiado para mostrar ao turista a delicadeza deste pavimento. Na época, o calçamento pé-de-moleque serviu, além de calçar as ruas, para desentulhar a área das lavras, numa medida bastante inteligente, resolvendo dois problemas de uma só vez.

No mesmo dia, pela manhã, houve uma reunião com os principais envolvidos e várias conclusões foram tiradas e dentre elas, vou citar algumas: 

O IPHAN vai tomar como norma a exigência de se utilizar a técnica recunhada em todos os serviços que forem feitos a partir de então, no centro histórico. Explicou entretanto que que a revitalização, assim também como a degradação, que ocorreu lentamente, é um processo lento e que deve ser feito gradualmente, de acordo com a necessidade; sem que se faça uma intervenção exclusivamente apenas para recompor os desníveis do calçamento. Esta recomposição deverá ser feita paulatinamente, à medida que houver necessidade de intervenções nas redes, seja de água, pluvial ou esgoto. Nestas intervenções, além das valas das próprias obras de manutenção das redes, poderão ser envolvidos trechos maiores vizinhos ao local, para ir se restaurando trechos de ruas.

O Junno completa que não se descarta a possibilidade de conseguir um grande projeto para restauração completa de uma determinada rua, como por exemplo, a Rua da Glória, na qual as empresas de água e luz fariam a renovação de suas redes e em seguida a restauração completa de toda a via.

Eu, ponderei que, inicialmente, para dar um melhor treinamento à turma que concluiu a oficina, poderia ser fazer a restauração de um trechos de ruas menores e que sejam anseios dos moradores, como o final da Rua Macau de Cima ou o início da Espírito Santo, que têm afundamentos e atrapalham o trânsito de veículos, para experimentarmos a sensação de interrupção do trânsito. Na oportunidade, colocar dois dos funcionários que fizeram a oficina com mais dois, para irem repassando a técnica.

Estou planejando escrever uma cartilha de calcetaria, registrando todos os detalhes da técnica, tanto práticos como teóricos, para repassar a futuros oficiais.

O Dr. Paulo Célio se mostrou entusiasmado em continuar, acha que está de encontro com o desejo da população e que pretende sim, continuar a consertar trechos de ruas. Informou também que o IPHAN já autorizou, e brevemente vai iniciar a retirada de pedras da Rua do Areião, no Rio Grande, para asfaltar o local e com as pedras, fazer o estoque de pedras, necessário à restauração de trechos no centro histórico. 

Minha avaliação foi que o serviço ocorreu bem, no prazo, mas não está completo ainda - deverá ser dada uma manutenção imediata no que já foi feito e isso é normal, é da técnica - depois que os carros passam, as pedras se assentam mais um pouco, algumas cunhas podem se deslocar um pouco, tem que se voltar ao local e dar uma vistoria atenta e minuciosa. Colocar alguma cunha que falte, entupir de areia lavada (esta não faz poeira) as gretinhas que ficaram ainda vazias, para estabilizar ainda mais o conjunto.

Como autor e coordenado da oficina, deixo meus agradecimentos à Prefeitura Municipal por abraçar o meu projeto e à COPASA, por tê-lo financiado, acreditando na minha iniciativa. 

Ricardo Lopes Rocha



Diamantina forma trabalhadores para restaurar piso de pedras tombado desde 1938

Fonte: Jornal Estado de Minas (clique aqui)

Pela primeira vez em sua história, Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, vê restaurado o piso de pedras do núcleo tombado desde 1938 pelo patrimônio nacional. A partir de uma oficina com 12 trabalhadores, que resultou num canteiro-escola, o serviço foi feito inicialmente numa área de 120 metros quadrados em frente à catedral, no Centro. A próxima etapa, segundo o secretário municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio, Walter Cardoso França Júnior, será recuperar trechos das ruas Espírito Santo e Macau de Cima. “Trata-se de um trabalho longo, ousado. Os lugares estão muito danificados, são necessários cuidado e técnica”, diz o secretário, explicando que também está no planejamento a Rua da Glória, onde se encontra um dos cartões-postais da cidade, o Passadiço da Casa da Glória, construção do fim do século 18.


Para a primeira turma da Oficina de Calceteiros/Acerta Pedra foram convocados trabalhadores, agora capacitados e diplomados, cujo trabalho tem conexão direta com o serviço nas ruas, e, portanto, com a manutenção do calçamento: seis da prefeitura, que está à frente da empreitada, e outro tanto da Copasa, patrocinadora da iniciativa. Tudo em parceria com o Projeto Acerta Pedra, criado pelo morador Ricardo Lopes Rocha, com supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável pelo tombamento do Centro Histórico. “É trabalho nota 10, realmente pioneiro e da maior importância para a cidade”, afirma o chefe do escritório da instituição federal, arquiteto Junno Marins da Matta.


As atividades incluíram aulas práticas durante uma semana, com palestras de especialistas como o arquiteto Junno e orientações de calceiteiros experiêntes. E ainda a instalação do canteiro-escola, atividade a céu aberto que permitiu o acompanhamento do trabalho pelos moradores. De forma inédita, explica Walter, o projeto foi concebido como “vitrine viva”, sendo executadas a reposição do cascalho e de areia fina, compactação da rua, composição dos traços, alinhamento e nivelamento. Em nenhum momento foi usado cimento.


RESGASTE 
“Nosso objetivo é resgatar a técnica do calçamento para formar mão de obra jovem e possibilitar a recuperação do piso histórico de maneira gradual e contínua. Os 12 profissionais que participaram são pessoas que estão o tempo todo na rua. Com o curso de capacitação, terão outra visão do patrimônio”, acredita o secretário. Com 30 anos de prefeitura, o funcionário da Secretaria Municipal de Obras, o diamantinense Adilson Geraldo de Souza, de 48, conta que aprendeu muito.


“Mais do que isso, aprimorei meu conhecimento. Gosto muito da minha cidade e quero zelar por ela. As informações recebidas nas aulas, certamente, serão multiplicadas entre os colegas”, disse Adilson.


A expectativa da Prefeitura de Diamantina é disseminar cada vez mais a arte dos calceiteiros, nome do profissional encarregado de fazer o serviço, e formar novas turmas, destsa vez com moradores. “Os alunos terão oportunidade de abrir microempresas, e, para tanto, temos o apoio do Sebrae Minas”, prevê Walter.


Restaurar piso como o de Diamantina exige mão de obra qualificada e gente capacitada. Na área trabalhada em frente à catedral, a equipe encontrou emendas, pedaços de cimentos, cacos e outros material que desvituavam completamente o desenho original. E fez descobertas. “Recuperamos, por exemplo, o formato de cruz com o resplendor formado pelas pedras, que ninguém via com clareza”, disse o secretário. Ele destacou que, de maneira ampla, as pedras formam um tabuleiro de xadrez, com uma linha (longa) e os matacões, pedras menores que preenchem o espaço.


BANCO DE PEDRAS

A Oficina de Calceteiros/Acerta Pedra marca um novo tempo em Diamantina, cidade com 320 anos de história e expoente do Circuito Estrada Real. O arquiteto Junno ressalta que é fundamental a criação de um banco de pedras – no projeto, foi usado quartzito – para execução de serviço. “Não é muito fácil conseguir esse material de uma hora para outra, então todas as empresa e órgãos, incluindo a prefeitura, que fizerem algum serviço no calçamento devem ter uma reserva de pedra para reposição”, explica o chefe do escritório do Iphan. Da mesma forma, será necessário, em cada equipe, um funcionário que tenha feito o curso. “Foi muito bom a população ver o pessoal aprendendo e trabalhando. Assim, poderá exigir sempre um serviço benfeito”, concluiu Junno.


INSPIRAÇÃO VEM DE ROMA

Um dos ícones de Diamantina, cantado em prosa e verso, o calçamento compõe o conjunto arquitetônico do Centro e marca a história. Nos primórdios, as ruas foram recobertas por pedras vindas do garimpo – roliças e parecendo um doce comum na região, o pé de moleque. Em meados do século passado, de 1940 a 1960, o calçamento foi substituído pelo atual, denominado romano ou recunhado.


O novo estilo, praticamente único no Brasil e inspirado nas calçadas da Roma antiga, se caracteriza por ter as pedras perfeitamente encaixadas, sem espaços entre elas, sendo que as próprias pedras dão a estabilidade ao conjunto. Elas são colocadas apertadas umas às outras, daí o nome “recunhado”, numa alusão às cunhas de pedra que as apertam.


Entre as pedras-laje, as “capistranas” se destacam por ser mais largas e estar enfileiradas no meio da rua. Conforme a memória oral, elas serviam para as damas passarem mais confortavelmente com seus saltos. As linhas ou traços são pedras-laje lapidadas para demarcar as vias de tráfego. O entrecruzamento das linhas forma os canteiros, espaços geralmente de dois por dois metros que são preenchidos por matacões – pedras-laje sem forma definida, que preenchem os “canteiros” para depois ser recunhadas com as lascas de pedra, provenientes do próprio processo de lapidação.

Leia nesta semana na Voz de Diamantina



              Quando padre Lúcio, então diretor-geral da Associação do Pão de Santo Antônio, convidou-me para presidir o mais velho asilo deste velho e filantrópico burgo, sugeriu-me algumas ações que coroariam a dinâmica e produtiva gestão de Tim Baracho e comemorariam dignamente o centenário da instituição: concluir a reconstrução do casario da entidade à esquerda da capela; recuperar seu amplo e acolhedor jardim; inaugurar o Museu da Memória do Pão de Santo Antônio e fazer com que o jornal Voz de Diamantina, inativo desde 1990, voltasse a circular. Para falar a verdade, a tarefa que mais me assustava era esta última. Não apenas por não ser jornalista, mas principalmente pelo preocupante compromisso de suceder Zezé Neves, seu diligente fundador. Falou mais alto, certamente, minha falta de juízo e de percepção da responsabilidade que seria editar um jornal toda semana, 52 vezes por ano, sem prazo nem remotamente estipulado para parar. Pois bem... Aos trancos e barrancos que minha incapacidade me impõe, chego, nesta semana, a 729 edições. Chego, não... Chegamos! Este enxerido editor, os dedicados articulistas e colaboradores, os anunciantes - e os principais operadores desta inacreditável façanha: as centenas de generosos e fiéis assinantes, os filantes (que não compram, mas sempre leem o jornal), e os desprendidos leitores avulsos que pagam R$ 4,00 por exemplar na Banca de Geraldinho, na Canastra Diamantina e no Espaço B, que fazem o favor de expô-los e vendê-los sem nenhum custo para o Pão.
              É claro que o dia 14 de julho de 2001 nunca me sairá das boas lembranças. É que todas as sugestões do meu diretor-geral foram cumpridas naquela data. As 13 elegantes casinhas entremeadas pela despojada capela amanheceram muito exibidas para a comemoração do centenário. “Alvas como cordeirinhos que se lavaram na fonte”, lá estavam elas novamente firmes, aprumadas, uniformizadas de azul e branco, gentilmente cortejadas pelo renovado e receptivo jardim. E o Menino Jornaleiro, meu Deus? Com que habilidade as mãos carinhosas de Elenita Flecha renovaram-lhe as humildes e toscas feições, pensaram-lhe as feridas das intempéries e repuseram-lhe sob um dos braços o maço de jornais. Quando a edição comemorativa dos 100 anos do velho asilo foi distribuída durante a inauguração do Museu da Memória do Pão de Santo Antônio, parecia até que aquele menino esculpido por Bolivar Siqueira ia descer do pedestal e sair gritando aos quatro ventos: Ó a Voz de Diamantina! Ei-la de volta, afinal! Ó o jornalzinho do Pão de Santo Antônio! Hoje, de graça!

              Parte do editorial da Voz de Diamantina, edição 729, de 1º/08/2015

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