segunda-feira, 25 de maio de 2015

Conheça a planta que cresce onde há diamantes

Fonte: UOL (clique aqui)

Até agora, todas as vezes que os cientistas encontraram a planta, encontraram também kimberlito, que pode abrigar diamantes

Ela é cheia de espinhos, parece uma palmeira e pode chegar a 10 metros de altura.

Mas a Pandanus candelabrum -- uma planta identificada recentemente na Libéria -- tem uma característica singular: aparentemente, só cresce em zonas onde há chaminés de kimberlito, formações rochosas de origem vulcânica que podem abrigar grandes quantidades de diamantes.

"Na Libéria -- pelo menos -- temos descoberto uma relação um para um: cada vez que encontramos a planta, encontramos kimberlito", disse à BBC Mundo Stephen Haggerty, geólogo da Universidade Internacional da Flórida, em Miami, nos Estados Unidos, e autor do estudo publicado na "Economic Geology".

Haggerty acredita que a planta se adaptou a esses terrenos porque contém níveis elevados de magnésio, potássio e fósforo que constituem um "fertilizante muito bom".

Mas encontrar essa planta significa descobrir um tesouro?

Segundo Haggerty, as amostras não são estatisticamente significativas para fazer uma afirmação tão contundente.

Além disso, acrescenta, há outros requisitos fundamentais que precisam estar presentes.

"Os diamantes estão restritos geologicamente. Só se encontram nas regiões mais antigas da crosta terrestre [em partes da África, Canadá, Sibéria, Brasil]", destaca o pesquisador.

E a família desta planta aparece em regiões tropicais e subtropicais.

"Então, só se esses dois elementos se combinam existe a possibilidade de se achar kimberlito e, se você encontra kimberlito, há chances de encontrar diamantes", acrescenta.

As chaminés de kimberlito são raras. Das mais de 6.000 que se conhece, cerca de 600 contêm diamantes. E, dessas, apenas 60 contêm diamantes em quantidade necessária para justificar o custo da extração, esclarece o cientista.

Benefícios

A descoberta tem o potencial de mudar radicalmente a forma como se faz prospecção para buscar diamantes.

Detectar um indicador de sua presença em superfície demanda menos trabalho e custo menor.

"Poderia ser [um método] particularmente útil em lugares como a Amazônia, onde a floresta é muito frondosa e onde é preciso escavar muitos metros antes de ver se há kimberlito", disse Haggerty.

E, para os países da África que passaram por guerras e foram assolados pela epidemia do ebola, destaca Steven Shirey, geólogo especializado em diamantes do Instituto Carnegie para a Ciência, nos EUA, a exploração mineral das chaminés de kimberlito pode oferecer benefícios econômicos sem gerar grandes danos ambientais, já que este tipo de minas-- estreitas e verticais -- têm um impacto muito menor que, por exemplo, as minas de cobre a céu aberto.

Mas Haggerty teme que muitos comecem a procurar diamantes desenfreadamente se encontrarem um exemplar de Pandanus candelabrum.

"Sou ambientalista e esta é uma planta exótica, por isso me preocupa que [a descoberta] possa ter um impacto negativo no sentido de que se comece a escavar sem ter em mente todos os elementos que devem estar presentes."

"Se você encontrar a planta, não vai encontrar necessariamente diamantes. Tem que estar em um país onde eles existam."

planta diamante

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Leia nesta semana na Voz de Diamantina

Capa (29)

Até poucos anos atrás, notícias sobre a produção de vinhos não passavam de saudosas reminiscências de um tempo cada vez mais esquecido e distanciado das reais possibilidades etílico-turísticas-gastronômicas deste velho e inebriante burgo. Só que ultimamente esse antigo e destreinado inebriar-se - verbo nobre com significado virtuosamente ligado à libação de vinhos - vem começando a ser conjugado em Diamantina com alguma desenvoltura. Nunca, é claro, desacompanhado de sutilezas gastronômicas que - desde que o mundo é mundo - sempre foram regadas por bons tintos, brancos ou espumantes, a depender do que se vai saborear. Muita gente, porém, anda totalmente desinformada ou incrédula de que em seu berço de nascença, tradicionalmente famoso pela apreciação de boas - assim chamadas branquinhas, coloridas ou temperadas com raízes - pingas, ganhariam espaço cartas de vinhos bem como didáticas sugestões sobre sua harmonização com queijos, acepipes, finos manjares e ainda (quem diria?) aspersão com finos azeites a serem extraídos de oliviculturas locais.

Pois bem... Muito mais do que simplesmente falar dessa refinada evolução, divagarei aqui hoje sobre o aparente atrevimento de já podermos encher a boca para exaltar o terroir diamantinense, palavra francesa que exprime território limitado e, mais especificamente, com excepcional aptidão para a produção vitícola. Para quem só ouvia referências de míticos terroirs franceses, italianos, portugueses, argentinos, chilenos, fica até parecendo desmedida presunção distinguir o antigo Arraial do Tijuco com galicismo tão restritivo. O que soaria ao tão alardeado complexo de vira-lata. Mas ora bolas, uma cidade que não só pelo nome, mas pela riqueza mineral com que foi dotada pela natureza, brilhou, por séculos, com o epíteto de Terra dos Diamantes, não poderia ter também a pretensão de aspirar a ser inscrita no seleto grupo terroir?

Parte do editorial da Voz de Diamantina, edição 719, de 23/05/2015

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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Caminho das flores: projetos de manejo de flora garantem o cultivo sustentável das sempre-vivas no Alto Jequitinhonha

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Nos confins dos Gerais, dezenas de comunidades extrativistas se espalham por pradarias repletas desempre-vivas (da família Eriocaulaceae), cuja maioria das espécies é endêmica da Serra do Espinhaço. Colhida durante o ano todo, a planta é um marco da economia de subsistência no Alto Jequitinhonha. De Serro a Diamantina, cerca de três mil famílias se ajustam a uma mesma cadeia produtiva. O biólogo do Instituto Pauline Reichstul, Renato Ramos, esclarece que pelo menos 20 municípios localizados entre as Serras Negra e do Cabral estão envolvidos direta ou indiretamente com a atividade. “O mercado de flores ornamentais gera renda para a população desde o início do século passado”, diz. “O pico da comercialização foi na Segunda Guerra Mundial, quando as flores eram utilizadas para a fabricação de arranjos fúnebres”, esclarece.

A coleta indiscriminada resultou, em 1997, na proibição do extrativismo, medida que gerou impacto imediato na rotina dos povos tradicionais. Do entrave, brotou o ímpeto capaz de transformar a realidade social dos moradores. Há 14 anos, diversos projetos de manejo controlado da flora são desenvolvidos em comunidades como a de Galheiros, na zona rural de Diamantina, e de Andrequicé e Raiz, distritos de Presidente Kubitschek.

Clique aqui para ler a reportagem completa.

Mais uma edição do Café Literário no Museu do Diamantne

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O projeto de extensão Café Literário da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades (FIH) da UFVJM em parceria com o Museu do Diamante/Ibram, apresentam a sua 29ª edição, com o GRANDE ENCONTRO DE POETAS MINEIROS/AS – Parte 2.

Presenças dos autores:
SIMONE TEODORO
MARIANA BOTELHO
ROMULO GARCIAS

Dia: 23/05/2015 (sábado)
Horário: 15h
Local: Museu do Diamante, rua Direita, 14 – centro – Diamantina/MG

Bate papo com os escritores.

O Café Literário é GRATUITO.

Haverá emissão de certificados, sorteio de livros e coffee break.

Mais informações sobre o projeto:

http://site.ufvjm.edu.br/cafeliterario/

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Divulgado o resultado da eleição para novo Reitor da UFVJM

Fonte: UFVJM

A Comissão Eleitoral de Consulta à Comunidade Universitária para escolha da Reitoria da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), mandato 2015-2019, divulga o resultado da votação realizada, em 11 de maio de 2015, nos campi de Diamantina, Teófilo Otoni, Janaúba e Unaí.

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Som dos Sinos em Diamantina

Hoje, dia 14/05, às 20h na fachada externa da Igreja Nossa Senhora do Rosário. Som dos Sinos com o Cinema Itinerante em Diamantina.

Diamantina | Som dos Sinos from Marina Thomé on Vimeo.

Prefeito Paulo Célio apresenta relatório de dois anos de gestão

Fonte: Prefeiturade Diamantina (clique aqui)

O prefeito de Diamantina, Paulo Célio, apresentou, na última terça-feira (05/05), aos associados da Associação Comercial e Industrial de Diamantina (ACID), um relatório de gestão, que completou dois anos neste mês de maio. O evento aconteceu às 20h na sede da ACID.

Com transparência, Paulo Célio relatou as principais ações e atividades desenvolvidas no período 2013/2014 e as crises de maior repercussão encontradas no primeiro ano, em razão da situação precária em que se encontravam as finanças e estrutura administrativa municipal.

Ano difícil, em 2013, a Administração teve que superar diversos entraves herdados. Logo no primeiro mês de governo, teve que reverter o bloqueio dos canais de televisão feito pela Anatel; em junho as manifestações de rua; em julho bloqueio no SIAF, CAGEC e CRP, devido às várias prestações de contas vencidas; recebimento de notificação, em agosto, para a extinção da Guarda Mirim sem possibilidade de interposição de recurso judicial; crise administrativa da Banda Mirim na véspera do início da Semana da Pátria, cancelamento do desfile cívico militar em sete de setembro e crise financeira do hospital de Nossa Senhora da Saúde no mesmo mês; em outubro o cancelamento do projeto de 50 casas do Minha Casa Minha Vida e a recomendações do Ministério Público restringindo os processos de loteamento, ocupação do solo e a queda acentuada da receita financeira que prosseguiu no mês de novembro.

Conquistas

Ressaltando ser educação e saúde os dois grandes pilares de toda administração pública, Paulo Célio iniciou a apresentação com as conquistas obtidas nas duas áreas. Pela Educação destacou a retomada e conclusão da construção do CMEI Cazuza, construção em andamento da Quadra Coberta da Escola Belita Tameirão; os processos de construção do CMEI Sesi e Palha, a implantação do projeto educação inclusiva; a aquisição de mobiliários escolares e de veículos, a organização e oferta do Curso de Capacitação Professor de Apoio e Sala no valor de R$ 74 mil e a valorização dos profissionais do magistério com um aumento salarial de 44,9% para professor P1 e de 25% para professor P2.

Pela saúde distinguiu a Implantação da Coleta de Lixo Hospitalar; o VER MINAS que realizou 5.000 atendimentos e 1.000 Cirurgias de Cataratas gratuitamente, implantação da nova Casa de Apoio em BH com hospedaria e alimentação gratuita, que antes estava em condições alarmante e insalubre; conclusão da reforma do Laboratório de Análises Clínicas e da Farmácia; a reforma das Unidades Básicas de Saúde da Palha, Vila Operária e Jardim Imperial, esta última com término previsto para daqui 15 dias; aquisição de novas ambulâncias e veículos administrativos para os PSFs; aumento das cotas de exames laboratoriais, tomografia e ressonância magnética; recursos no valor de r$1.720.000,00 do Estado para a revitalização do Hospital Nossa Senhora da Saúde; acréscimo de mais seis parcelas de R$ 35 mil mensais para custeio da urgência e emergência da Santa Casa de Caridade.

Ainda tratando da saúde, Paulo Célio, relatou que a UPA, hoje, é o maior desafio a ser resolvido na área. Em 2013, teve que ser realizado na obra a recuperação de várias inconformidades internas, além da instalação de novo padrão de energia para o adequado funcionamento da Unidade, que ficou em R$ 47 mil. Superado esses obstáculos, a abertura da UPA, atualmente, exige um aporte mensal que gira em torno de R$ 1,3 milhão por mês, sendo que a União contribuiria com R$ 500 mil, o Estado com 250 mil e Diamantina teria que arcar com R$ 550 mil, valor que infelizmente a prefeitura não dispõe. “Dá pena, hoje, entrar na UPA, a estrutura é excelente, ótimos equipamentos, mas não temos condições financeiras para abri-la. Há prefeitos devolvendo UPAs a União por não suportarem os custos e cidades de muito maior porte que Diamantina. Tenho uma reunião marcada com Secretário de Saúde para definirmos o que fazer. Parece-me que temos duas opções: transformá-la em UPA tipo dois, já que o custeio cairia ou transformá-la em, por exemplo, numa policlínica.”

Entre as obras realizadas e conquistas foram destaques a cobertura da quadra da palha; construção da pista de skate; instalação da academia ao ar livre em Mendanha; aquisição de mobiliários escolares, de veículos, equipamentos e máquinas pesadas; recuperação, pavimentação e manilhamento de ruas; alargamento, recuperação e construção de pontes; construção de sete mata-burros; asfalto de acesso Guinda e Senador Mourão, instalação de telefonia móvel nos 10 distritos, de 420 cisternas de captação pluvial nos Distritos e povoados e de 290 módulos sanitários; iluminação e esgotamento sanitário do Jambreiro, calçamento de três ruas em Inhaí e de algumas ruas em Extração; extensão de rede elétrica 0,901 Km com implantação 201 Braços e 39 Postes.

Confira no link abaixo a íntegra do relatório com as principais ações e obras realizadas.

Relatório 2013 / 2014

Espetáculo teatral de palhaços no Teatro Santa Izabel

 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Ensaio de fotógrafo do Hoje em Dia revela as belezas de Diamantina

Fonte: Hoje en Dia (clique aqui)

Diamantina é reduto de moradores desconfiados – como bons mineiros – mas acolhedores e sempre festeiros. Fundada em 1713, sob a guarda da Serra do Espinhaço, a cidade ainda mostra beleza com suas ruelas de pedras, por onde passaram personagens históricos afamados em todo país.

A fama do arraial começou com a descoberta das pedras preciosas, e seguiu com a escrava Chica da Silva, que teve vida de rainha ao se casar com um português. Depois, continuou com o filho mais ilustre, o ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976).

Com a exploração do ouro e do diamante, atraiu aventureiros em busca de riqueza. A singularidade da cidade também é mostrada pela forte presença das tradições religiosas, pelos cenários naturais ainda preservados e por edificações com inspiração na arquitetura barroca.

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Histórias

O caminho que leva à casa da ex-escrava Chica da Silva nos faz pensar o quanto a personalidade foi importante na trajetória das mulheres negras no Brasil. Afinal, para viver o amor com o português João Fernandes foi preciso enfrentar toda a sociedade burguesa da época.

Parece que o impossível tem tradição para se fazer valer em Diamantina. Em 1902, nascia na pequena cidade, Juscelino. Anos depois, aquele menino de interior ganhou a Presidência da República. O homem que, com seu olhar futurista, vendia a máxima de que faria o Brasil avançar “50 anos em apenas 5 anos”. Será que realmente conseguiu?

Diamantina assistiu a tudo isso, mas de longe. Às vezes, se fazendo de cenário para as serenatas do “presidente bossa nova” quando voltava para a terra natal.

Hoje, cada vez mais festeira com o disputado Carnaval e com as vesperatas em praça pública, Diamantina ainda consegue mostrar o lado do sossego e, também, novas cores que são reveladas a cada clique de “estrangeiros” como eu.

Clique aqui para ver a galeria de fotos.

Morre em Diamantina a comediante Laila Dominique

Fonte: Aconteceu no Vale (clique aqui)

Morreu na noite de sábado, 9 de maio, o comediante Ricardo Alexandre dos Reis, conhecido como Laila Dominique, que ficou conhecido em todo o Brasil após um vídeo viral na internet onde dizia “cada faxina é um flash”. Segundo informações, Laila foi diagnosticada com uma toxoplasmose cerebral e estava internada na Santa Casa de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha.

Figura carismática, a fama na internet rendeu a Laila à participação de vários programas de TV, como: Programa Silvio Santos, Programa da Eliana, Programa da Sabrina, Manhã Maior, Casos de Família, Programa do Ratinho, entre vários outros.

Em nota divulgada, a assessoria da comediante lamenta a morte e informou que o sepultamento será nesta segunda-feira, 11 de maio, no Cemitério de Diamantina. “É com muita tristeza que a assessoria informa o falecimento da humorista Laila Dominique. Laila faleceu na Santa Casa de Diamantina, neste último Sábado, 09/05.

Laila foi uma grande personalidade, sempre de bom humor e com grande carisma, se tornou a faxineira mais amada do Brasil. Fez com que nossos domingos tivessem mais brilho e alegria.

Solidarizamos aos familiares e amigos de Laila, na certeza de que o seu trabalho pela valorização do humor carismático brasileiro ficará eternizado na história. O sepultamento será amanhã 11/05 no cemitério local.”, diz a nota.

Clique aqui  e veja este e outros vídeos de Laila Domnique.

 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

O caminho do Sertão

scrições abertas para a 2a edição do "O CAMINHO DO SERTÃO: de Sagarana ao Grande Sertão Veredas"
Com o objetivo de realizar uma imersão no universo de Guimarães Rosa, o evento “O CAMINHO DO SERTÃO – De Sagarana ao Grande Sertão: Veredas - 2ª edição”, que em sua primeira edição reuniu cerca de 70 caminhantes de todo o país, acontecerá entre os dias 04 e 12 de julho de 2015, pelo noroeste e norte de Minas Gerais. Para participar da travessia, que este ano percorrerá 160 km, os interessados têm até o dia 28 de maio para fazer suas inscrições respeitando os itens do edital.
Para saber mais acesse o link
http://migre.me/pM13H

Som dos Sinos utiliza novas tecnologias para difusão do patrimônio cultural

Projeto promove a cultura da linguagem dos sinos por meio de plataformas multimídia e aplicativos de celular. O lançamento oficial acontece no dia 02 de maio.

Utilizar novas tecnologias para transformar o olhar das pessoas sobre o patrimônio imaterial de Minas Gerais. Esse é o objetivo do Som dos Sinos, projeto que busca mudar a forma com que moradores e visitantes se relacionam com o toque dos sinos e o ofício do sineiro, bens culturais registrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Na tradição destas cidades, o repertório dos sinos é uma forma de comunicação. Há mais de 40 tipos de toques de sinos e, de acordo com a quantidade e ritmo das badaladas, os moradores sabem o que acontece na cidade, dos horários de missa e trabalho a procissões e anúncios de mortes. Nos dias atuais, a linguagem dos sinos tem sido substituída pelos meios de comunicação contemporâneos, mas ainda se mantém em diversas cidades do interior mineiro, emocionando os moradores e encantando os turistas.

É para difundir essa cultura que as documentaristas Marcia Mansur e Marina Thomé idealizaram o projeto, há quase dois anos. “Acreditamos que a combinação entre memória e novas mídias, a partir de um projeto interativo, possibilita um rico diálogo entre as tradições culturais e as novas gerações”, conta Marina. Para alcançar o objetivo, elas usam diferentes plataformas digitais.

O lançamento oficial acontece no dia 02 de maio, quando o projeto percorre 9 cidades mineiras com projeções sobre a cultura do toque dos sinos. A partir dessa data, moradores, viajantes, internautas e curiosos de todos os tipos poderão experimentar esse e outros tantos produtos, dentro e fora do mundo virtual.

Som dos Sinos é um projeto multiplataforma, que utiliza diferentes tipos de mídias e interfaces. A proposta mais inovadora é o lançamento de um aplicativo para celular que funciona como um áudioguia a céu aberto no qual o usuário pode escutar diversos toques de sinos com GPS de localização para igrejas em 9 cidades de Minas Gerais. O aplicativo já está disponível para download gratuito na APP Store e, até meados de maio, também na Google Play.

Outro produto será o site com recursos de narrativa multimídia. Entre as sessões está “Sons”, uma onda sonora que reúne mais de 100 áudios com toques de sinos e depoimentos da comunidade para que o usuário possa conhecer um pouco mais sobre esse universo. Já a sessão “VideoCartas” funciona de maneira interativa: o usuário escolhe uma sequência de vídeos e uma trilha sonora. As opções serão processadas, junto a uma história que ele mesmo contará em forma de texto. Ao fim, o site gera um vídeo de 30 segundos que pode ser compartilhado pelo internauta. A sessão mais singular da plataforma é a “Micro Histórias”, e será inaugurada no final de maio. “Estamos montando um webdocumentário, uma espécie de documentário não linear. O internauta define a sequência da história a cada clique”, explica Marina.

O projeto também sai do online e propõe outras formas de experimentar o conteúdo. Para isso foram produzidos 9 vídeos a serem exibidos em projeções itinerantes por 9 cidades de Minas Gerais que ainda mantém o toque dos sinos. Cada vídeo conta a história do local onde é exibido, com depoimentos de moradores e sineiros. “A ideia é valorizar não só a cultura da linguagem dos sinos, mas também a figura do sineiro, que muitas vezes não é reconhecido. A proposta é deslocar o universo da torre para a cidade, apresentando estas imagens às pessoas que apenas ouvem os sons e desconhecem os campanários", conta Marcia. As projeções serão realizadas a partir do dia 02 de maio nas paredes externas de igrejas. A última parte do projeto consiste na produção de um documentário de longa-metragem. A ideia é que este material percorra festivais do gênero e seja exibido em salas de cinema e na televisão.

Cenário

Apesar de ser nomeado como imaterial, esse patrimônio é palpável e está vivo na memória e nos relatos de diversas pessoas. A tecnologia foi a forma encontrada pelas documentaristas para tratar da materialidade desses bens. “O nosso interesse é pensar em produtos que possam gerar a valorização desse patrimônio e maior acesso a esses bens, tanto pelos moradores quanto pelos turistas”, explica Marcia.

Segundo a Diretora do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, Célia Maria Corsino, o projeto inova ao propor a inclusão de novas mídias que permitam ao visitante ter acesso aos diversos sons dos sinos, mesmo que eles não estejam tocando. “Ou seja permite a permanência do bem cultural para alem de seu tempo de execução”, completa. A expectativa é que o Som dos Sinos se torne uma referência para projetos na área cultural.

O projeto tem o patrocínio de Eletrobrás e Furnas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet/ Ministério da Cultura).

CALENDÁRIO – Projeções Som dos Sinos
02/05 - Tiradentes
04/05 -  São João Del Rei
05/05 - Congonhas
07/05 - Ouro Preto
08/05 - Mariana
09/05 - Catas Altas

12/05 - Serro

14/05 - Diamantina
16/05 – Sabará

SERVIÇO
Som dos Sinos
Tecnologia para difusão do patrimônio imaterial
Lançamento da plataforma online | 02 de maio |
www.somdossinos.com.br
Redes sociais: www.facebook.com/somdossinos
Assessoria: Assessoria: Sinal de Fumaça - A comunicação original.
Juliana Afonso
(31) 8734-7999

Festivale: FECAJE lança edital para receber propostas

Clique aqui para saber mais.

Leia nesta semana na Voz de Diamantina

Capa (28)

Becos estreitos, tortuosos, aladeirados. Esquinas ora convenientes ora inoportunas. Treliças, muxarabiês, chafarizes. Portas de rangidos conspiratórios. Rótulas que se fecham e abrem furtivamente. Cochichos reprimidos, olhares de soslaio. - A que lembranças me remetem esses recantos obscuros, esses pormenores de construção, esses viveres cautelosos? Que época me evoca esse clima tenso de conversas entrecortadas, de silêncios reveladores? Que gentes povoariam esses nascentes arruamentos? Escravos, mucamas, reinóis, degredados, galés, tropeiros, mascates, garimpeiros, padres, prostitutas, contrabandistas, intendentes, contratadores? Todos estes personagens que me parecem familiares. Assim como os ambientes que impunham a escolha de palavras, o sopesar de assuntos, a manha da dissimulação? Só vislumbro um cenário com tais peculiaridades: o Arraial do Tijuco.

O correr da pena indicará que essa aldeia de antanho se encaixa na história impressionante que passarei a contar. Assim como seus atores. Tudo começou com uma carta achada numa velha chaminé dentro de um pequeno baú cheio de patacas de ouro. Escrita por um homem atormentado por ter participado de um grande roubo e incriminado um inocente. Que preso, degredado, perdeu toda sua enorme fortuna e caiu em completa desonra. Mas tempos depois, arrependido e bafejado pela sorte numa riquíssima lavra de diamantes, confessou numa carta a maquinação que ele e três cúmplices armaram para furtar grande volume de diamantes e ouro da intendência. Detalhe instigante: esse formidável tesouro permaneceu intacto. E muito bem escondido. Padre Rolim, que escutara em confissão o autor da carta, influenciou-o a destinar o fruto da rapinagem a uma causa muito nobre: o embrionário movimento da Inconfidência Mineira.

Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 717, de 09 de maio de 2015

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domingo, 3 de maio de 2015

Dragão corrói bolsa família e acorda fantasma da fome no Jequitinhonha

Fonte: Estado de Minas (clique aqui)

om 13,97 milhões de cadastrados, o Bolsa Família – que envolve hoje a cifra de R$ 2,3 bilhões mensais e ajudou a retirar da linha de pobreza 36 milhões de brasileiros entre 2003 e 2013, como propaga o governo federal – começa a sofrer os efeitos negativos da política econômica do próprio Planalto. Os ataques do dragão da inflação já fazem estragos nos orçamentos de famílias que precisam da ajuda do governo para sobreviver, especialmente daquelas que vivem em áreas mais carentes, como o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, onde a falta de oportunidades para melhorar de vida amplia a dependência e reduz os índices de saída do programa, constatou a reportagem do Estado de Minas, que percorreu 10 cidades na região. Em boa parte das casas, o cartão do programa é guardado como o maior patrimônio familiar, mas, com o aumento do custo de vida – especialmente da conta de luz –, o sagrado dinheirinho recebido do governo já não dá mais para comprar comida para o mês inteiro.

Pelo Vale afora, beneficiários do programa repetem a mesma história: mesmo com o auxílio do governo, precisam agora recorrer à ajuda de parentes e conhecidos para não passar fome. É o caso de Teresa Fernandes Pessoa, de 59 anos, moradora de Itinga – um dos berços do programa de transferência de renda implantado ainda na primeira gestão do PT na Presidência da República. O município, que Luiz Inácio Lula da Silva visitou em 1993 – 10 anos antes de ser eleito – e onde conheceu Teresa, que dividia um cubículo com oito filhos – foi escolhido pelo ex-presidente como uma das plataformas de lançamento do Programa Fome Zero ao assumir seu primeiro mandato , em janeiro de 2003.

Clique aqui para ler a reportagem completa.

“Luz, Câmera 50 anos” exibe “A Cura”

Fonte: ODiário (clique aqui)

O festival “Luz, Câmera 50 anos” exibe  nesta próxima  semana a série “A Cura”. A atração, agora em formato de telefilme, tem como protagonista um jovem cirurgião com dons mediúnicos. Na nova edição do festival, as obras vão ao ar a cada semana, divididas em dois episódios.

A história de João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, com direção de núcleo de Ricardo Waddington, narra a trajetória de Dimas Bevilláqua (Selton Mello). O suspense e o drama permeiam toda a narrativa.

Acusado de ter provocado a morte de Cristiano, um amigo da escola, Dimas deixou Diamantina, interior de Minas Gerais, e foi para São Paulo ainda criança.

As acusações e o distanciamento familiar o transformaram em um paciente assíduo de instituições psiquiátricas. Apesar da instabilidade emocional, ele se forma em medicina e decide voltar para a cidade natal, 20 anos após sua partida, disposto a enfrentar o passado.

As tramas em Diamantina são conectadas pelas fofocas de Nonoca (Eunice Bráulio). Dona de uma loja de lembranças para turistas, ela é a maior bisbilhoteira da cidade. Como sempre observa o entra e sai dos habitantes, conhece detalhes íntimos da vida alheia.

A história de Dimas é intercalada por cenas de Silvério (Carmo Dalla Vecchia), explorador das minas de diamante da região no século XVIII e antepassado do médico. Silvério é considerado o fundador da cidade e tem uma estátua que o retrata como o herói do Tijuco (atual Diamantina).

A segunda edição do festival estreou no último dia 21. As obras vão ao ar em dois episódios: às terças, após “Tapas & Beijos”, e às quintas-feiras, depois de “Chapa Quente”, pela TV Diário.