sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Minha vida de menina: o filme e o livro

Duas dicas interessantes para quem quer conhecer um pouco sobre o cotidiano de Diamantina no final do século XIX. Tendo como pano de fundo um Brasil que acaba de abolir a escravatura e proclamar a República, Helena Morley começa a escrever o seu diário, que nos revela seu universo e um país que adolesce com a menina. É nesse diário que Helena debocha e desmascara as pretensas virtudes alheias. Adolescente de ascendência inglesa, Helena vive na remota cidade de Diamantina em Minas Gerais, símbolo da era de mineração agora em franca decadência. Em um momento crítico de sua vida, ela briga para estabelecer sua liberdade e individualidade. Procurando com sofreguidão não perder uma infantil alegria de viver, e reinventando o mundo à sua maneira, Helena Morley é o diamante mais raro de Diamantina.

Minha vida de menina é um diário escrito pela brasileira Helena Morley, publicado pela primeira vez em 1942. O livro traça uma margem entre a história provinciana de Diamantina dos finais do século XIX e as peripécias da infância e adolescência da autora, antecipando a moda dos contos e histórias do quotidiano das jovens nas regiões do interior do país.

Um comentário:

  1. Livro simplesmente iluminado. Lembra as "memórias inventadas" de Manoel de Barros. Pura poesia que brota da narrativa cotidiana e despretensiosa de uma adolescente cuja fala revela-se ao mesmo tempo singular e universal. Simples, curiosa, divertida e bonita como as montanhas de Minas.

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