Quem me falou sobre esse fascinante personagem do imaginário de Diamantina foi o incansável Quincas, editor do jornal Voz de Diamantina e profundo conhecerdor da história da cidade.
De acordo com o excelente site Descubraminas "Isidoro foi uma das vítimas do violento sistema repressivo que vigorou no Distrito Diamantino. Sabe-se que era um escravo fugido que acabou por dedicar-se à garimpagem. Nesse período, garimpeiros eram pessoas que mineravam clandestinamente, sofrendo grande perseguição da administração local.
O historiador Joaquim Felício dos Santos assim o descreve em Memórias do Distrito Diamantino: “Isidoro era um pardo alto, corpulento, valente, intrépido.” Desafiando o sistema, o mulato ganhou fama de audacioso. Era um hábil minerador e comercializava com todos que lhe procurassem.
Nessa época o Distrito Diamantino estava sob a responsabilidade do Intendente Câmara, que ordenou uma busca implacável a Isidoro. Inveja do negro ser um líder respeitado ou rigores da lei? Amarrado a um cavalo, torturado e ensangüentado, em junho de 1809, Isidoro entra preso no Arraial. Começa o terror. Foi espancado durante três dias, mas jamais denunciou alguém. De sua boca não foi ouvido nada. Ao fim do terceiro dia Isidoro estava morto.
As pedras foram colocadas no seio da terra por Deus, por isso pertenciam a todos. Esse era o pensamento de Isidoro que se tornou para a região um mártir, uma lenda, alguém em que os desprezados pelo sistema apelavam em orações na hora de suas necessidades.
Até hoje prevalece em Diamantina a lenda de que Isidoro, antes de ser preso, teria enterrado um tesouro em diamantes e ouro."
Parabéns.Sou escultora e fiz uma escultura alegórica para Isidoro
ResponderExcluirMártirpara a exposição que farei na Casa dos Contos de Preto em abril de 2010.Posso citar o seu texto.Está excelente. Abraços.Ofélia Torres
ofelia@ofeliatorres.com.br
www.ofeliatorres.com.br
Prezado amigo
ResponderExcluirEstudei em Diamantina. Escrevi, hoje, uma crônica, em que abordei o viés de crueldade, o que tem sido realçado por muitos quando andam comentando sobre a doença do Lula.
( veja in www.paraclito45.blog.uol.com.br).
Aí eu me lembre da lenda do ISIDORO MARTIR. No meu tempo cantávamos sua historia, num coral).
Foi aí que o achei. Obrigado por me relembrar coisas de minha adolescência nesta bela cidade.
José
paraclito45@uol.com.br
Prezado amigo
ResponderExcluirEstudei em Diamantina.
Tendo, hoje, escrito uma crônica, a parti do tema SOMOS CRUÉIS, eu me lembrei do ISIDORO MARTIR.
( veja no http://www.paraclito45.blog.uol.com.br )
Nas pesquisas descobri seu conto, que valeu a pena ler.
obrigado
José
eu sou um isidoro só qui no cartorio colocaram isidoro com Z (izidoro)
ResponderExcluirA final ele morreu ou não?
ResponderExcluirA final ele morreu ou não?
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