Autor: Joaquim Ribeiro Barbosa - “Quincas”
A menos de um mês para as convenções que indicarão os candidatos a prefeito, três notícias deveriam pôr o diamantinense mais atento ao futuro da sua cidade. A primeira delas, falsamente irrelevante, é de que 68% dos eleitores brasileiros não mostram nenhum interesse em filiar-se a qualquer partido. Este dado estatístico pode ser mais alarmante ainda em Diamantina, pois quem acredita que 32% dos eleitores do município (perto de 11 mil votantes) têm filiação? Ou seja: se o Brasil inteiro não confia nas siglas partidárias, este velho e festeiro burgo simplesmente as despreza mal se dando conta de que está se submetendo aos interesses de políticos que dominam um instrumento de cidadania meramente rebaixado à insignificância de seu deformado exercício.
A segunda notícia foi a lamentável tragédia de Santa Maria, que ceifou a vida de centenas de jovens universitários. Passado o momento de comoção, descobriu-se novamente o óbvio: aquela desgraça não se deu por acaso, mas em consequência de uma série de omissões com que várias autoridades, órgãos administrativos e de segurança vêm construindo este país do jeitinho, da vista grossa, da conivência. Mas o que tem esta notícia a ver com Diamantina? Tudo! E mais alguma coisa! Enquanto se exige de estabelecimentos comerciais o necessário aparato de segurança para a realização de shows, desde corrimãos, extintores de incêndio, pisos antiderrapantes, iluminação de emergência, portas de acesso de tamanho e número compatíveis com a lotação do ambiente, festas em repúblicas estudantis pululam por toda a cidade. Casas de morada recebem centenas de jovens, sem alvarás de funcionamento e outras essenciais medidas de proteção. Agora mesmo, na véspera do carnaval, repúblicas põem na WEB mil ofertas. De open bar 24 horas, shows, churrascos a tudo mais com que espaços fechados e não fiscalizados brindam sua crescente e incauta clientela. Para burlar a fiscalização, alguns desses pacotes são vendidos sem especificar endereços, que só serão revelados por telefone, internet ou pessoalmente, no início da folia.
Continua na Voz de Diamantina Edição 599 de 02 de fevereiro de 2013
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As belezas da Estrada Real, o maior roteiro turístico do país, ganharam ainda mais vida sob o olhar de fotógrafos, videomakers e poetas. Profissionais e amadores participaram do projeto Estrada Real – Imagens e Poesia, uma realização do Instituto Estrada Real e do Serviço Social da Indústria (SESI), com patrocínio da Souza Cruz, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura. 

Os carros no Centro de Tiradentes estão com os dias contados. Quem garante é o prefeito Ralph Justino, que aproveitou o movimento intenso levado pela Mostra de Cinema para pôr em prática algumas medidas restritivas relacionadas à preservação do Centro Histórico. Dois quarteirões da Rua Direita já estão bloqueados para o trânsito e o estacionamento de veículos. “É um processo gradativo. A ideia é este ano evitar parar carros aqui, criar mais áreas de estacionamento e a Guarda Municipal para organizar isso”, diz o prefeito. Segundo ele, pelo menos quatro grandes terrenos na entrada da cidade foram sondados para a retenção dos veículos. Além disso, o trânsito do Centro foi desviado para uma via alternativa próxima, que funcionará como uma “linha verde” na ligação dos dois extremos da área urbana.
(...) Viajando por Minas, em 1840, notou Gardner, todavia, o uso imoderado da cachaça na região de Diamantina, e não só entre os pretos que tinham motivos de sobra para ingerirem álcool com frequência, mas entre os brancos de ambos os sexos, em todas as camadas sociais, os quais lhe pareceram também largamente viciados. Viu contudo poucos casos de embriaguez.
Quando eram muito pequenos, os três filhos da pianista Maria Eunice Ribeiro começaram a ter os primeiros contatos com a música, brincando e aprendendo na escola que a mãe fundara em Diamantina. Há cerca de 15 anos, a família se mudou para Belo Horizonte e a música permaneceu como um ponto de contato entre todos eles.
Começou a contagem regressiva para a segunda edição do primeiro Festival de HistóriFoa do Brasil, o fHist, a realizar-se entre os dias 19 e 22 de setembro na bela paisagem cultural de Diamantina. Apresentada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a nova edição do festival tem o Itaú Unibanco como um dos seus mais importantes patrocinadores e aprimorará a receita de sucesso que marcou o fHist em 2011, propiciando a plena interação entre historiadores e jornalistas convidados com o grande. Além da apresentação pelo Ministério da Cultura, outra novidade é que a Fundação SM, referência em educação na Espanha e na América Latina, compõe agora as parcerias institucionais para a realização da segunda edição do festival em setembro de 2013, ao lado do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da Prefeitura Municipal de Diamantina, instituições parceiras desde 2011. Da mesma forma, a Fundação Biblioteca Nacional (BN) deverá integrar também as parcerias para a realização do segundo Festival de História este ano.

Um dos carnavais mais famosos e tradicionais de Minas Gerais e do Brasil, o de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, pode ser comprometido por dívidas estimadas em cerca de R$ 3,5 milhões e dificuldades deixadas pela gestão de Padre Gê (PMDB) à frente da prefeitura. O empresariado, o setor hoteleiro e o prefeito interino, Maurício Maia (PSDB), que assumiu o posto com a cassação do prefeito eleito, Paulo Célio (PSDB), se esforçam para garantir que a festa, que no ano passado custou R$ 900 mil aos cofres da cidade, aconteça mesmo assim. “A gente tem que ter pé no chão, porque fazer um carnaval de que ninguém vai gostar não vale a pena. Vamos trabalhar muito para que a cidade mantenha a sua festa tradicional, com seus blocos e vários shows”, afirma Maia, que na quinta feira assinou um decreto de estado de emergência que manterá a prefeitura fechada até o dia 18.