quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Debatendo o carnaval de Diamantina

Autor: Antenor José Figueiró – antenor.figueiro@ig.com.br

“Política é a cozinha – fogo, panelas, facas e garfos – na qual os famintos fazem a sua sopa” Karl Marx.

Sou quase um ateu, meu instinto e convicção são pautados na lógica, para existir um quê é necessário um por quê. Exatamente por isso sou avesso a superstições e crendices.

Demorei muitos anos para entender a “necessidade” de realizar esse modelo de Carnaval. Mas, hoje com esse tsunami político e administrativo percebo que esse modelo representa muito mais do que pão e circo. Ele era gradativamente a modelagem de nossa cultura e agora passou a ser nossa identidade. Esse é um momento muito positivo, pois caíram nossas máscaras; nossos sonhos, utopias e anseios se misturaram a urina e excrementos de milhares de foliões que tem muito mais valor e respeito do que nossas instituições privadas, públicas, municipais, estaduais e federais, nossas religiões, famílias e lares. Não somos vítimas, nem reféns.

Toda essência e dom da vida são nivelados por baixo, rasteja nesse lamaçal, restando o último suspiro para defender a qualquer custo o salvador da pátria – o dinheiro.

Essa não é a cidade que nasci e cresci, nem a que pretendia acabar meus dias, mas tenho que admitir que temos de conviver por um bom tempo com o clientelismo e assistencialismo barato, pois somos governados por programas de campanha.

Talvez só quando perder meus dentes teremos um projeto político, institucional, social, religioso, educacional e financeiro. Ainda somos com muita “euforia e prosopopeia” dentes de ouro na boca de cachorro.

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