domingo, 2 de agosto de 2015

Leia nesta semana na Voz de Diamantina



              Quando padre Lúcio, então diretor-geral da Associação do Pão de Santo Antônio, convidou-me para presidir o mais velho asilo deste velho e filantrópico burgo, sugeriu-me algumas ações que coroariam a dinâmica e produtiva gestão de Tim Baracho e comemorariam dignamente o centenário da instituição: concluir a reconstrução do casario da entidade à esquerda da capela; recuperar seu amplo e acolhedor jardim; inaugurar o Museu da Memória do Pão de Santo Antônio e fazer com que o jornal Voz de Diamantina, inativo desde 1990, voltasse a circular. Para falar a verdade, a tarefa que mais me assustava era esta última. Não apenas por não ser jornalista, mas principalmente pelo preocupante compromisso de suceder Zezé Neves, seu diligente fundador. Falou mais alto, certamente, minha falta de juízo e de percepção da responsabilidade que seria editar um jornal toda semana, 52 vezes por ano, sem prazo nem remotamente estipulado para parar. Pois bem... Aos trancos e barrancos que minha incapacidade me impõe, chego, nesta semana, a 729 edições. Chego, não... Chegamos! Este enxerido editor, os dedicados articulistas e colaboradores, os anunciantes - e os principais operadores desta inacreditável façanha: as centenas de generosos e fiéis assinantes, os filantes (que não compram, mas sempre leem o jornal), e os desprendidos leitores avulsos que pagam R$ 4,00 por exemplar na Banca de Geraldinho, na Canastra Diamantina e no Espaço B, que fazem o favor de expô-los e vendê-los sem nenhum custo para o Pão.
              É claro que o dia 14 de julho de 2001 nunca me sairá das boas lembranças. É que todas as sugestões do meu diretor-geral foram cumpridas naquela data. As 13 elegantes casinhas entremeadas pela despojada capela amanheceram muito exibidas para a comemoração do centenário. “Alvas como cordeirinhos que se lavaram na fonte”, lá estavam elas novamente firmes, aprumadas, uniformizadas de azul e branco, gentilmente cortejadas pelo renovado e receptivo jardim. E o Menino Jornaleiro, meu Deus? Com que habilidade as mãos carinhosas de Elenita Flecha renovaram-lhe as humildes e toscas feições, pensaram-lhe as feridas das intempéries e repuseram-lhe sob um dos braços o maço de jornais. Quando a edição comemorativa dos 100 anos do velho asilo foi distribuída durante a inauguração do Museu da Memória do Pão de Santo Antônio, parecia até que aquele menino esculpido por Bolivar Siqueira ia descer do pedestal e sair gritando aos quatro ventos: Ó a Voz de Diamantina! Ei-la de volta, afinal! Ó o jornalzinho do Pão de Santo Antônio! Hoje, de graça!

              Parte do editorial da Voz de Diamantina, edição 729, de 1º/08/2015

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