quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Diamantina vai sediar a segunda edição do Festival de História - fHist

Evento ocorre entre 19 e 22 deste mês e terá a participação de convidados nacionais e internacionais, como o britânico Kenneth Maxwell

Fonte: Divirta-se UAI (clique aqui)

Na trilha da comissão da verdade, que vem promovendo um verdadeiro momento de desvelamento no país, o Festival de História (fHist) terá sua segunda edição entre os dias 19 e 22 deste mês, em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, prometendo dar mais luz e visibilidade a fatos que até então ganharam menos espaço na sociedade. Depois de “Os ofícios e as artes de contar história”, na estreia do festival bienal, em 2011, a nova etapa chega ao público com o tema “Histórias não contadas”.

Mesas-redondas, conferências, oficinas, rodas de conversa, arenas digitais, exposições, concertos e shows estão na agenda do fHist, que deve levar convidados nacionais e internacionais à cidade patrimônio cultural l da humanidade. O brasilianista britânico Kenneth Maxwell, a crítica cultural argentina Beatriz Sario e o jornalista norte-americano John Dinges, por exemplo, já confirmaram presença. Assim como o antropólogo congolês Kabengele Munanga, a psicanalista Maria Rita Kehl e os jornalistas e escritores Lira Neto, Mário Magalhães, Fernando Morais e Paulo Rezzutti.

Expectativas

O fHist 2013 vive a expectativa de superar os números da primeira edição – com cerca de 3 mil inscritos –, atraindo historiadores e estudantes do eixo Rio- São Paulo, além da Bahia e do Distrito Federal, principalmente. Único do gênero no país, o festival também incorpora à sua programação eventos tradicionais de Diamantina, como as vesperatas e serestas. Pela primeira vez o evento será viabilizado com recursos da Lei Rouanet.

Segundo a curadora Pilar Lacerda, a cantora baiana Maria Bethânia prepara para dia 20 uma versão especial de seu famoso sarau dedicado à poética de Fernando Pessoa, enquanto o rapper mineiro Flávio Renegado vai versar, no dia seguinte, sobre assuntos mais emergentes. Com quase meio século de atraso em relação aos Estados Unidos, temas como quilombos e movimento negro no Brasil vão ganhar destaque, assim como a mesa-redonda com a paleontóloga Valdirene do Carmo, responsável pela exumação recente dos corpos de dom Pedro I e das imperatrizes dona. Leopoldina e dona Amélia.

O fHist terá sete ambientes independentes: Tenda da história (o espaço principal na Praça Dr. Prado), Proseando no mercado (Mercado Velho), Arenas digitais (Mercado Velho), Livraria da história (Mercado Velho), Cinema no teatro (Teatro Santa Izabel), Oficinas (Teatro Santa Izabel) e Espetáculos e performances (praças e igrejas da cidade). As inscrições já estão abertas, mas com vagas limitadas. Como fazem questão de ressaltar os organizadores, a ideia é lançar novas luzes sobre fatos e personagens fundamentais da história, como índios, missões e jesuítas, África Brasil, Inconfidência Mineira, Império, ditadura militar e Operação Condor.

A Inconfidência Mineira, por exemplo, será reavaliada pelo brasilianista Kenneth Maxwell, que vê uma relação direta entre o movimento e as revoluções norte-americana e francesa e a revolta dos negros do Haiti, em 1796. O boom literário da história também estará em destaque no festival, com pelo menos 20 lançamentos do gênero. A organização da segunda edição do festival está a cargo do jornalista Américo Antunes (coordenador), Otto Sarkis e Pilar Lacerda (curadoria), além de César Piva (responsável pela programação das arenas digitais) e Michele Abreu Arroyo (superintendente do Iphan-MG, parceiro do evento).

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