De acordo com a Wikipédia, Josefino Vieira Machado, primeiro e único Barão de Guaicuí foi um empresário brasielrio proprietário de diversas empresas, incluindo a Navegação do Rio das Velhas. Filho de Agostinho José Vieira Machado e Germana Leite Ferreira, foi coronel da guarda nacional e recebeu o título de barão em 19 de julho de 1879.
O vilarejo de Barão de Guacuí, situado a 33km de Diamantina (9 km de terra), pertence ao município de Gouveia e pode ser considerado uma interessante opção de passeio, cheio de boas surpresas.
A primeira delas é o prédio da antiga estação ferroviária. O site das estações ferroviárias do Brasil descreve algumas características desse trecho:
O ramal de Diamantina, que alcançava esta cidade saindo da estação de Corinto, na Linha do Centro da EFCB, foi aberto entre os anos de 1910 e 1913 pela E. F. Vitória a Minas, que, depois, em 1923 o repassou à Central do Brasil. Ele funcionou até o início dos anos 1970, quando teve os trens de passageiros desativados. Oficialmente o trecho somente foi suprimido pela Refesa em 1994, mas segundo consta os trilhos já teriam sido arrancados antes disso.
A estação de Barão de Guaicuí foi aberta em 1913, com o nome de Baraúna. O nome foi alterado pouco tempo mais tarde para homenagear o empreendedor da navegação no rio das Velhas, Josephino Vieira Machado, Barão de Guaicuhy, antigo político local. poucos meses depois da estação terminal deDiamantina. A estação mudou de nome para Gouvea, localidade próxima, e voltou a se chamar Baraúna, para depois recuperar o nome de Barão de Guaicuí. O prédio atual também não é o original. As fotos abaixo mostram uma das trocas de nome. Foi fechada na primeira metade dos anos 1970, com o ramal; os trilhos foram retirados não muito tempo depois. "Barão do Guaicui é um excelente lugar. Era uma vila ferroviária, que praticamente desapareceu após a saida do trem. Hoje ali vivem uma meia dúzia de famílias, vivendo do garimpo. Eles precisam caminhar cerca de seis quilômetros até o asfalto para poderem ir a Diamantina satisfazer suas necessidades de civilizados. Por estrada são doze quilômetros até o asfalto. Na época do trem viviam ali mais de cem famílias, conforme apurei. A estação está intacta, como pode ver. Até parece que o trem saiu de lá ontem. Ainda há dormentes sobre a ponte que se situa logo depois, e o horário do último trem ainda está gravado no quadro negro, acredite se quiser." (Pedro Paulo Resende, 10/2003)
Outro atrativo interessante é a Cachoeira do Barão, formada pelas águas do Capão, que percorrem trajetos entre pedras com uma queda d’água e duas laterais formando um poço.
Esse post nos permite iniciar uma longa e bela viagem pelos caminhos do "trem de ferro", marca indelével da Cultura Mineira. Destruidas as estradas de ferro pelos interesses econômicos hegemônicos, digamos, "alienígenas"(sem xenofobias!), resta-nos as marcas do que foi, certamente, o meio de tranporte mais utilizado por muitos brasileiros que a eles tiveram acesso. Fui um desses privilegiados; e as lembranças que guardo do percurso Caparaó-Carangola (Zona da Mata Mineira), no percurso pelas encostas das Serra do Caparaó (onde fica situado o Pico da Bandeira, com 2.890 m) e da Caianna.
ResponderExcluirSugiro a continuidade dos posts, seguindo o traçado do ramal que ligava Diamantina até Corinto, atravessando o Espinhaço, com sua paisagem singular.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirStone,
ResponderExcluirObrigado pelo texto.
Algumas inciativas interessantes estão em andamento. A cidade de São Sebastião do Rio Verde-MG está recuperando seu trecho e pretende transformá-lo em serviço aos turistas.
Acho que o trecho Diamantina-Barão tem um potencial turístico imenso e que seria uma viagem linda.
Grande abraço
Fernando