Recentemente ouvi a história sobre a produção de bons vinhos em Diamantina. Ao pesquisar sobre o assunto na internet acabei encontrando um blog muito interessante sobre a historiografia de Minas Gerais. Trata-se do excelente "Minas de História", desenvolvido pelo professor Marcos Lobato Martins. Lá estão disponíveis ótimos textos sobre o passado mineiro. Entre as ricas informações encontrei algumas sobre a produção de vinhos no Espinhaço.
"No início do século XX, a viticultura alcançou expressão econômica no município de Diamantina. Existiram diversos parreirais na sede municipal e nos distritos de Gouveia e Conselheiro Mata. A produção local de vinhos, tintos e brancos, rivalizou com a da cidade de Andradas, a maior produtora mineira. O governo do estado chegou a instalar em Diamantina uma Estação Experimental de Enologia, cujas atividades, todavia, não tiveram longa duração. A Igreja Católica e proprietários privados fabricaram vinhos artesanalmente, anunciaram seus produtos nos jornais da região e abasteceram o vasto território do Norte mineiro, empregando as tropas de burros para distribuir o vinho diamantinense. A crise de 1929 e medidas dos órgãos federais de saúde – que estipularam determinadas características para o vinho comercializado no país, como quantidade de açúcar e acidez – destruíram a viticultura e a vinicultura diamantinenses. Os produtores locais, sem maior capital para aprimoramento de suas lavouras (seleção e adaptação de novas variedades de uvas e melhorias nos processos de fabricação do vinho), além do ônus representado pela falta de crédito e infra-estrutura econômica na região, abandonaram o setor. Restaram, em algumas chácaras e quintais de Diamantina, parreiras que deliciaram familiares e vizinhos mais chegados."
Autor: Marcos Lobato Martins
Fernando, já tomei muito vinho fabricado em Diamantina. A Mitra predominava esta indústria, pois tinha várias parreirais: no seminário, no palácio, na casa dos padres, na casa das missões e outras.
ResponderExcluirO melhor vinho era aquele que roubávamos no seminário.
Assis,
ResponderExcluirBoa história essa...
Estou curioso: o vinho era de qualidade?
Fernando
Fernando, era o vinho da mais pura uva, a gente chamava de vinho dos padres, estive no seminário 6 anos, foi lá que aprendi a beber.
ResponderExcluirolá, estou pesquisando o fim da produçao vinicola em Diamantina, o porquê e quais os fatores que influenciaram.Se vc tiver algum materia que possa me auxiliar por favor entre em contato. obrigada!
ResponderExcluirDesde 2005, existe uma iniciativa que tenta recuperar a produção de vinhos finos em Diamantina. Mais recentemente, induzidos pelo Polo de Inovação de Diamantina - SECTES, dois "Projetos Especiais" envolvendo a Vitivinicultura. Para mais informações acesse o Link:
ResponderExcluirhttp://diamantinainova.ning.com/.
Mateus Meira