quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Diamantina Ilustrada

Fonte: Editora Casa 21 – Clique aqui

No sexto volume da coleção, a série “Cidades Ilustradas”, percorre o coração de Minas Gerais e busca nas ruas, igrejas e esquinas novas formas para desenhar algumas das mais famosas e preservadas cidades históricas do Brasil. Numa mistura de cores e traços divertidos, o ilustrador Marcelo Lelis, reúne um pouco das lendas, costumes e personagens locais no livro Cidades do Ouro.

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Além dos desenhos de pontos da cidade, o livro cita um personagem marcante: Janjão Sabá Gamu.

Me dá um pouco do seu uísque?.
De novo? Vais acabar ficando tonto, Sabá.
Não enche. Ou melhor, encha o copo, vai!
Por que você bebe tanto, Sabá?
Não sou eu, é o Zé Pilinta.
Quem?
É! Quem pede bebida é o Zé Pilinta.
E quem é esse tal de Zé Pilinta?
É um espírito errante. Ele me acompanha há anos.
Tá bom, conta outra.
Acredita não? Tem mais, sou negro forro e vim da Etiópia em 1956.
Etiópia, é?

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Sim, meu nome é Janjão Sabá Gamu e sou sobrinho da Chica da Silva.
Dá aqui essse copo, Sabá, você já não fala coisa com coisa…
L'art, c'est la pensée humaine
Qui va brisant toute chaîne !
L'art, c'est le doux conquérant !
A lui le Rhin et le Tibre !
Peuple esclave, il te fait libre ;
Peuple libre, il te fait grand !
E agora, quem baixou aí foi o Alan Kardec?
Meu nobre e ignorante interlocutor, por acaso já ouvistes falar em
Victor Hugo?
Quem?
Me dê por favor meu copo porque tenho uma longa noite pela frente.

3 comentários:

  1. Fernando, uma beleza, heim?! Impossível não lembrar: mãe do excelente Lelis, a Meire, de Brasília de Minas-MG (interessante história da cidade aqui:http://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia_de_Minas) , foi aluna interna do então Colégio Nossa Sra. das Dores, final dos anos 50 e início dos 60, época em que era muito comum estudantes das redondezas virem pra Dtina. Ótima desenhista, colega de uma de minhas irmãs, passava os finais de semana lá em casa, junto com outras internas - e era uma festa. O Lélis, me parece, nasceu em Montes Claros, lá por 1967. Grato por me trazeres tão gratas lembranças. Com o abraço de sempre.

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  2. Saul,
    Realmente um trabalho de muito bonito. E o Sabá? Você tem alguma informação. Não o conheci, mas ouço relatos interessantes. Inté+

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  3. Fernando, sobre o Sabá sei quase nada. Nos últimos muitos anos, minhas estadas em Dtina. foram sempre muito curtas. Vi o Sabá algumas poucas vezes, geralmente na porta da Boutique Cyrillo; ouvi alguns comentários sobre ele, aos quais, infelizmente, não dei muita atenção, talvez por estar um tanto acostumado com os muitos tipos populares que na minha meninice abundavam no Tijuco. Uma pena, a minha desatenção. Mas não há de faltar aí quem saiba muito sobre ele (fatos e lendas...) Ah, se vc não conhece, precisa conhecer o livro "Tipos Populares de Diamantina". Uma dica aqui: http://www.micuim.org/?p=6662 Abço.

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