domingo, 22 de janeiro de 2012

Os impactos da Vesperata

Estudo dos impactos causados pelo turismo de eventos culturais em localidades turísticas: o caso da Vesperata em Diamantina - MG

Autora: Elaine Porto Guimarães

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Turismo e Meio Ambiente do Centro Universitário UNA

O turismo é um campo de estudos recentes dentro das ciências humanas. Devido à grande revolução tecnológica e, em especial, a dos setores de transportes e telecomunicação e com o desenvolvimento da mídia tornou-se mais fácil ampliar os meios e estratégias de divulgação das destinações turísticas. O turismo possui um efeito bastante benéfico nas economias, denominado efeito multiplicador, pois os gastos efetuados pelos turistas não beneficiam apenas aqueles que receberam diretamente o dinheiro, mas circulam por vários setores produtivos. Apesar do otimismo com que se abordam os impactos positivos do desenvolvimento turístico em localidades receptoras, o custo das atividades turísticas não pode ser desconsiderado. Assim sendo, o turismo acarreta impactos positivos e negativos dependendo de como estas atividades são planejadas e gerenciadas. Dos segmentos do turismo, o de eventos é um dos mais dinâmicos e interativos, com reflexos em níveis econômicos, ambientais, sociais e culturais. Gera fluxos, amplia as taxas de permanência dos turistas, atua como atrativo turístico, permite a diminuição da sazonalidade, resgata e valoriza conteúdos culturais e naturais dentre outros desdobramentos.O objetivo deste estudo foi conhecer os impactos que os eventos podem causar em uma localidade turística receptora. O evento cultural escolhido foi a Vesperata, realizado periodicamente em Diamantina/MG e que tem se destacado no cenário mineiro como um atrativo de forte apelo turístico. O estudo permitiu conhecer os principais impactos positivos e negativos causados por este tipo de turismo em uma localidade turística receptora de médio porte e a conclusão deixa clara a necessidade da interferência dos poderes públicos no gerenciamento do turismo para que este seja realmente um fator positivo na distribuição de rendas e no desenvolvimento integral da comunidade, levando em consideração a sustentabilidade, que é a única forma de assegurar sua sobrevivência para as futuras gerações.

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3 comentários:

  1. Uma coisa me preocupa com relação a Vesperata. A exemplo do garimpos extintos pelo CODEMA, IEF , IBAMA, etc... Toda a base de sustentabilidade da vesperata concentra-se nas mãos de poucos. Sempre os mesmos donos de pousadas com os mesmos restaurantes e as mesmas mesas vendidas a preço de diamantes para vislumbrar o evento.

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  2. Fernando, esse seu comentário é um dos impactos negativos detectados pelo trabalho da pesquisadora. Obrigado pela contribuição.

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  3. É como eu sempre disse: Diamantina é ainda uma grande lavra de diamante/ouro. Quem tem mais capacidade (leia-se: poder) tem a propriedade e os ganhos que estas paragens tijucanas podem oferecer. Isso está longe de mudar. O que me preocupa é que a universidade que deveria ser o topos central da mudança, refunda os mesmos antigos vícios, as mesmas relações de poder existentes desde a colônia. O professorado (que tem caracterizado a elite local), apenas vive sua vida medíocre inflando o setor imobiliário da cidade. A pesquisa dessa moça não revela nada, apenas constata o que óbvio e demonstra ser o ethos social tijucano.

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