terça-feira, 8 de maio de 2012

Amor

Autor: Antenor José Figueiró – antenor.figueiro@ig.com.br

Em sua fragilidade a vida escorre pelos dedos da gramática, que teima em conjugar o que não há para conjugar e sim nos permitir deleitar nas quimeras que esse dom maior nos oferta, pautada na paz do coração, leveza da alma e sabedoria do espírito.

Deus nos concedeu a vida como empréstimo e com uma única singela condição: que soubéssemos lapidá-la como uma pedra preciosa, que não nos apagássemos pelo seu formato e brilho, apenas fossemos humildes para perceber suas transformações e seu resultado final.

O ser humano desde a sua existência vem tentando, inventando e reinventando a conquista do equilíbrio entre o ser e o ter e deparando com pólos: homem-mulher, preto-branco, bonito-feio...

O tempo que deveria ser um aliado tornou-se o maior obstáculo. Depois de muito ter sido feito, descobre-se que pouco foi realizado.

A fraqueza no equilíbrio sócio-economico-cultural criado ou propiciado pela estrutura familiar, social, formação intelectual, gera mágoas, dor e frustrações.

Nesse mundo de meu Deus nos perdemos num labirinto de falsas promessas para um bem viver, quando uma palavrinha mágica – AMOR – manipulada de forma assexuada, que dispensa o ato, apenas se deixa levar pelas plumas do vento, do luar, das gotas de chuva, alheio ao trombar e tropeçar da profissão, da estabilidade, do dever cumprido. Tem por si só a forma, a fórmula e a regra da mágica existência humana, que aí sim se incorpora na grande aquarela chamada viver.

Erros, necessariamente, não precisam ser cometidos, às vezes são aceitos, mas acima de tudo eles devem ser admitidos.

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