Leio no site da Prefeitura de Diamantina que foi constituída uma comissão para analisar e discutir os rumos da Vesperata. Uma inciativa positiva e válida, pois trata-se de um evento muito interessante e que projeta a cidade para todo o Brasil. Existem muitos interesses econômicos em jogo na definição do futuro desse evento idealizado originalmente pelo maestro Piruruca. Portanto, seria interessante que o grupo de trabalho criasse um canal de comunicação com a sociedade para ouvir críticas e sugestões.
Não sou músico e nem especialista na área de eventos, mas gostaria de registrar duas sugestões. A primeira refere-se à retirada daquela fita plástica "zebrada" (amarela e preta) ao redor das mesas. Além de não ter nenhuma efeito de segurança ou controle do trânsito das pessoas, reforça-se a idéia de que o espeço público foi "loteado", isso para não usar a figura de linguagem comparando-a com um curral. Com aquela horrorosa fita plástica cria-se a lógica da divisão da cidade, dos espaços diferenciados, uma cidade partida entre os que têm dinheiro para pagar a mesa e os que não têm. Como morador da cidade sinto-me excluído do evento que deveria ser de todos.
Outra sugestão seria a padronização das cadeiras de madeira. As cadeiras de plástico são feias, não combinam com as caracterásiticas coloniais da cidade, são inseguras e desvalorizam o espaço. As cadeiras de madeira são mais seguras e esteticamente combinam mais com a cidade e com o evento.
Não é uma perseguição ao plástico, apesar de reconhecer que vivemos em um mundo cada vez mais plastificado e artificial. Na verdade são pequenos detalhes que precisam ser repensados para melhorar e otimzar esse evento tão original e importante para a cultura e a economia da cidade.
Fernando, estou de acordo com suas idéias. A última Vesperata que assisti tive vergonha dos chiqueirinhos formados por aquela fita e também das cadeiras de plástico.
ResponderExcluirO importante é que a Vesperata não acabe, pois é uma das maiores atrações em Diamantina, mas precisa ser democratizada e dentro do conjunto arquitetônica em que está inserida.
Assis,
ResponderExcluirTenho certeza que muitas idéias interessantes poderiam ser levantadas pelas pessoas. Como você disse, o importante é que essa tradição seja mantida, mas que seja mais democrática e incorpore novas idéias.
Fernando,
ResponderExcluirSeria muiiiiiiiito salutar, se fosse preparado um repertório beeeeeem diferente do atual. Talvez um pouco erudito, músicas do Lobo de Mesquita, algo mais local, sei lá!. Afinal, creio que o turista, quando sai de seus domínios busca novidade. Basta de amigos para sempre! Se você assiste a uma vesperata não precisa assistir mais nenhuma. É uma simples cópia. Algo tem que mudar senão, tender-sé-á a definhar gradativamente.
Abraço,
Vítório
Vitório,
ResponderExcluirObrigado pelo comentário. Concordo com você. Poderiam incluir um pouco mais de erudito, outros autores compositores brasileiros como Lobo de Mesquita, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Villa Lobos e muito mais..