domingo, 7 de março de 2010

Música de primeira em Diamantina

Diamantina é realmente uma cidade que nos surpreende. Quem esteve na noite do último sábado no Mercado Velho para assistir ao show de Armandinho e banda pôde confirmar uma frase de Morais Moreira: "Quando Armandinho toca, percebe-se a diferença que há entre o talento e o gênio".  Acompanhado de músicos de primeira, o guitarrista e bandolinista bainano deu um show de altíssimo nível. Denominado pelo próprio artista de Pop Choro,  seu som é o resultado da mistura de chorinho com o rock e a música percurssiva baiana. O pequeno e animado público presente ouviu clássicos do choro como Noite Cariocas de Jacob do Bandolim, Brasileirinho de Waldir Silva, o rock de Santana e até o Boelro de Ravel.

Registramos nossos parabéns aos organizaores do evento pela inciativa e esperamos ansiosamente por novas edições do Projeto Choro Real. Infelizmente, por motivos burocráticos, o evento não foi divulgado com antecedência, mas quem foi voltará para a próxima e trará seus amigos. Ficou um gostinho de quero mais.

Outro show do fim de semana em Diamantina foi Vander Lee no Planetarium. Acompanho desde o início e gosto muito do trabalho do cantor e compositor mineiro. Já vi seus shows em outros locais, mas a apresentação de sexta-feira não chegou a emplogar o público presente. Vander Lee, que já teve músicas gravadas por grandes nomes da MPB como Gal Costa, Alcione, Elza Soares, Emilinha Borba e outros, sofreu com a  má qualidade da acústica do local. Quem não conhece as letras de suas músicas teve grande dificuldades para acompanhá-las. Os promotores do show, que estão fazendo um ótimo trabalho e já confirmaram a presença de Fagner e Jorge Aragão em Diamantina, precisam solucionar esse pequeno e fundamental detalhe para valorizar o artista e, consequentemente, tornar viáveis tais shows.

O  ponto negativo do show no Planetarium foi o comportamento de algumas pessoas que estavam na platéia. Sentadas em suas mesas, conversavam extremamente alto e demostravam um total desrespeito pelo artista e pelas pessoas que estavam ali para curtir um bom show.

3 comentários:

  1. Infelizmente, a pequena parcela da "elite nativa" que é despreparada e presunçosa sobressai àqueles de fino gosto e trato. Não é à-toa que Sergio Reis e Milton Nascimento declararam não voltar mais à cidade. É uma pena, mas o povo, dito culto da cidade, não está pronto para esses eventos. Veja como exemplo o Festival de Inverno. Só se vê presente nos eventos, pessoas do próprio festival ou comunidades como Rio Grande, Mendanha...

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  2. Concordo que algumas pessoas estão despreparadas para esse tipo de show mais intimista. Existe uma idéia equivocada que os shows devem ser sempre para cima, super animados. Nesse caso o evento tem também um caráter educativo.

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  3. Morais Moreira teve mesmo razão, o cara é um gênio!
    Fernando, a gente torce pra que esses eventos plenos de qualidade se multipliquem. Concordo com vc sobre o caráter educativo. É um processo.
    Aqui...queria Treliça nos marcadores aí do lado...rs

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