segunda-feira, 29 de março de 2010

PAC 2 contempla BR367

Fonte: Blog do Banu e UAI

O presidente Luiz Inácio da Silva lança nesta segunda-feira, em solenidade no Palácio do Planalto, a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento. O PAC 2 deverá ser um dos carros-chefe da campanha à presidência da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), juntamente com obras previstas na primeira etapa do programa. A solenidade desta segunda-feira será uma das últimas que a petista participará antes de deixar o Ministério para disputar a eleição - ela deverá se desincompatibilizar quarta-feira (dia 30).

Uma gama de obras na área de infraestrutura deverá ser incluída no PAC 2. Em Minas Gerais, entre outros investimentos que venham beneficiar o estado, a expectativa é que sejam alocados recursos para a pavimentação de trechos da BR 367, que beneficia o Vale do Jequitinhonha, interligando a região com a Região Metropolitana de Belo Horizonte e o Sul da Bahia.

A conclusão da BR-367 foi anunciada pelo próprio presidente Lula e pela ministra Dilma Roussef, quando eles visitaram Jenipapo de Minas e Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, em 19 de janeiro último.

Coordenadora do PAC, Dilma Rousseff antecipou apenas uma das metas incluídas na segunda etapa do programa: a construção de cerca de 6 mil creches. Na sexta-feira, durante visita a Ilhéus, no Sul da Bahia, ela revelou que a expectativa do governo é fechar este ano com 1.780 creches funcionando. O objetivo é combater o déficit de vagas no ensino infantil, mostrado através de reportagem do Estado de Minas.


BR-367
O prefeito de Jenipapo de Minas, Marlio Costa (PDT),disse que não recebeu nenhum convite para o lançamento do PAC 2 ou para recepcionar o presidente e a ministra em Contagem. Mas, que está confiante de que a BR 367 será incluída na nova etapa do Programa de Aceleração do Crescimento. "Quando visitou a minha cidade, o presidente Lula fez um compromisso em público de que a estrada será terminada e todo Vale do Jequitinhonha confia no presidente", declarou Costa.

"A própria ministra Dilma, durante a visita ao Jequitinhonha, prometeu que a conclusão da BR 367 seria incluída no PAC 2", afirma Hélio Amorim Rocha, que lidera um movimento iniciado na região, chamado "Projeto Vale do Sonhos", em prol do término da rodovia. Segundo ele, faltam ser pavimentos 116 quilômetros em dois trechos da BR 367 - o primeiro entre Minas Novas, Berilo e Virgem da Lapa e o segundo entre Almemara e Salto da Divisa.
Ainda conforme Amorim, a conclusão das obras está orçada em cerca de R$ 300 milhões. O prefeito de Jenipapo de Minas, Marlio Costa (PDT), também afirma que está confiante de que a BR 367 será incluída na nova etapa do Programa de Aceleração do Crescimento. "Quando visitou a minha cidade, o presidente Lula, ao lado da ministra Dilma, fez um compromisso em público de que a estrada será terminada. Todo Vale do Jequitinhonha confia no presidente", declarou Costa.

domingo, 28 de março de 2010

O muro caiu

Autor: Wellington Gomes

Telefone_27março2010 021 O muro caiu. Desnudou-se assim uma velha máxima de nosso e da maioria dos municípios brasileiros: o descaso com o bem público. Sexta-feira (26 de março de 2010) mais uma vez estive diante de um daqueles absurdos que presenciamos no nosso dia a dia.

Incrivelmente, um dia depois, ontem, sábado, dia da primeira Vesperata do ano, aconteceu na cidade a 1ª Conferência Municipal do Esporte (informação que obtive neste blog, postagem de terça-feira).

Nós forasteiros ou diamantinenses vimos nos últimos anos muitas coisas mudarem, várias melhorarem em nossa cidade. Ela é a mesma na essência, mas já é outra na forma e funcionalidade. Quem bom!

Outras coisas não mudaram. Há um ano escrevi neste blog uma denúncia do descaso com nossas praças e nossas crianças. Relato de um acidente nos brinquedos do parquinho (postada em 09 de março de 2009). Retiraram os inadequados brinquedos do local. E só isso!

Voltemos aos novos fatos.

Anteontem vi a “Praça de Esporte” sob uma nova perspectiva visual, mas com uma velha e esperada perspectiva de uso do espaço público: descaso, negligência e desrespeito aos contribuintes.

Três piscinas “abandonadas”. Uma grande e vazia, uma média com água esverdeada e uma pequena totalmente suja. Todas estavam descobertas!

Telefone_27março2010 020 E a DENGUE?

Não acontece em Diamantina?

Não é risco para a população?

Até a piscina sem água me impressionou. Pra mim uma piscina sem água é “Buchecha sem Claudinho” ou “Romeu sem Julieta”. Aquela visão parecia-me uma alusão aos seres humanos que estamos nos tornando. A piscina grande lembrava um adulto vazio de ações, anencéfalo (uma piscina sem água é também como um homem sem cérebro!). As piscinas pequenas remeteram-me às crianças (uma adolescente e outra pequenina _ uns três anos e meio de idade), abandonadas, sem rumo. Elas estariam esperando uma ação dos adultos?

Não nos preocupemos: eles vão marcar uma reunião pra isso!

Só para ilustrar como as ações são ceifadas pelas bandas de cá:

Um amigo meu, professor da universidade, me disse que combinou com um secretário municipal uma visita em Belo Horizonte a um centro responsável pela implantação das academias populares na capital. Para lá o professor se deslocou, depois de tudo combinadinho... E o que aconteceu? A secretária do secretário ligou e disse que o doutor teve outro compromisso! O meu amigo pediu desculpas ao anfitrião de BH, retornou para Diamantina e desistiu do projeto das academias populares. Pelo menos com o envolvimento dos políticos, segundo ele!

Em resumo temos vários problemas com a queda do muro. Na verdade isso nós não temos mais: passei por lá e eles já arrumaram o muro caído! Uma gambiarra na verdade. Serviço público e gambiarra não combinam!

Então, em resumo, temos vários problemas embutidos no muro sem arrimo:

Água parada favorece a proliferação da epidemia de Dengue e nós não queremos entrar para a estatística dos vinte mais de MG;

As piscinas da Praça de Esportes devem ser um ambiente público, organizado e seguro para nossas crianças nadarem;

O município primeiramente tem que ser exemplo e ter uma legislação sanitária para piscinas privadas e públicas. Já temos vendas de grandes piscinas na entrada da cidade (já viram elas por lá?). Quem compra sabe das suas obrigações, os cuidados que deve ter com as mesmas? O município fiscaliza? Acho que nem poderia: “quem tem telhado de vidro"...

A infraestrutura do município para esportes é sucateada (tenha como exemplo a qualidade da quadra de futsal próxima ao cemitério) e a que se tem (como o espaço das piscinas públicas) é subutilizada.

O muro caiu, desnudou-se a incompetência administrativa, no mínimo uma negligência ativa, dos nossos gestores municipais. Sinceramente espero que fique por aí e não chegue aos níveis de “a casa caiu”!

Estudantes chegam antes da estrutura

Fonte: UAI

A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), uma das instituições mais novas do sistema federal, criada em setembro de 2005, vem permitindo que muitos jovens das regiões mais pobres de Minas possam realizar o sonho de cursar o ensino superior. Porém, muitos enfrentam dificuldades diante da falta de estrutura.

Sediada em Diamantina, a UFVJM encampou a antiga Faculdade de Odontologia (Fafeod) e conta também com um câmpus em Teófilo Otoni. Pouco mais de quatro anos depois de criada, a instituição já tem cerca de 30 cursos e aproximadamente 5 mil alunos. Além do atendimento às demandas regionais, o crescimento

da universidade se deve à sua inclusão no programa de expansão Reuni.

"Foram abertas muitas vagas sem uma estrutura adequada para a expansão", afirma o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFVJM, Heverton de Paula. Ele salienta que os cursos foram criados antes do término das obras para atendê-los, como a construção de laboratórios e outros prédios. "O curso de educação física, por exemplo, está próximo de formar a primeira turma sem a conclusão do complexo esportivo da universidade", observa Heverton.

O líder estudantil diz que, com o Reuni, a UFVJM passou a enfrentar excesso de alunos nas aulas. "Há salas com até 120 estudantes", disse, apontando a falta de titulação como outro problema. "Isso ocorre porque os professores fazem concurso para as universidades do interior. Mas, depois de concluir mestrado ou doutorado, preferem as instituições dos grandes centros", afirma o presidente do DCE.

O aluno Érico Ribeiro Hugo, do 8º período de ciências biológicas, lamenta a falta do laboratório de biologia molecular. "Mas sou bem compreensivo em relação a isso, pois a universidade é nova e os laboratórios ainda estão em construção", afirma.

O reitor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Pedro Ângelo Almeida Abreu, nega que o Reuni tenha provocado impactos o ponto de prejudicar a qualidade do ensino da instituição. "O programa trouxe maior quantidade de recursos para o crescimento

da universidade. O que ocorre, na verdade, é que há parte de uma elite que é contra essa expansão do ensino superior", dispara.

Em relação à infraestrutura da instituição, ele defende a necessidade de criação de cursos antes que seja providenciado suporte para o funcionamento. "No nosso país, ninguém cria o espaço antes das necessidades. Então, foi criada a universidade, para depois ser montada a infraestrutura", afirma o reitor, que culpa a burocracia pela demora na conclusão das obras. "Infelizmente, enquanto se faz uma construção em seis meses na iniciativa privada, na área pública a mesma obra demora pelo menos 18 meses por causa do processo de licitação e de outras questões burocráticas. Por isso há um descompasso entre a implantação dos cursos e o fim das obras."

Segundo o reitor, há no país uma cultura de que as salas de aula devem ter poucos alunos, enquanto em países do hemisfério Norte o contingente de estudantes é maior, sem prejuízo para o ensino. Para ele, o número excessivo de alunos não vem atrapalhando as atividades da instituição.

Os atingidos de Irapé

Trailler denúncia do documentário em andamento sobre os atingidos pela construção da hidroelétrica de Irapé, localizada no Vale do Jequitinhonha, pelo qual foram desabrigadas mais de 7 mil pessoas.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Ruas da área central da cidade serão interditadas em dias da Semana Santa

Fonte: Prefeitura de Diamantina

Atendendo solicitação da Mitra Arquidiocesana de Diamantina e para melhor organização do transito durante as atividades religiosas da Semana Santa, a Prefeitura de Diamantina juntamente com a Policia Militar estará interditando algumas vias na área central da cidade dia 31 de Março e de 1 a 4 de Abril.

Na quarta-feira, dia 31 de março, a partir das 17 horas até às 23 horas, serão interditadas as seguintes vias: Praça e Travessa Conselheiro Mata, Praça Correa Rabelo, Praça Joubert Guerra, Rua Direita, Rua Vieira Couto, Rua do Contrato, Rua do Bonfim, Praça Dom Joaquim, Rua do Rosário, Praça Barão de Guaicuí.

Na quinta-feira, dia 01 de abril, a partir das 19 horas até domingo, dia 04 de abril até às 13 horas, estarão interditadas a Praça e Travessa Conselheiro Mata, Rua Direita, Praça Barão de Guaicuí, Beco do Amparo, Rua do Rosário, Praça Dom Joaquim, Rua do Carmo, Rua da Quitanda, Praça Joubert Guerra, Rua Vieira Couto, Praça Lobo de Mesquita, Rua do Contrato.

Os veículos que permanecerem estacionados nas vias urbanas mencionadas nos dias e horários estabelecidos poderão ser rebocados.

Solicitamos a compreensão dos moradores e proprietários de veículos para que se evitem transitar ou estacionar nestas vias e colaborem com as atividades religiosas da Semana Santa.

Mais informações na Secretaria Municipal de Administração ou pelo telefone: 3531- 4100

quinta-feira, 25 de março de 2010

Vesperata 2010 - Primeira apresentação do ano acontece neste sábado

Fonte: Prefeitura de Diamantina

Está de volta, a partir de março, uma das maiores atrações turísticas, culturais e musicais de Diamantina: a Vesperata. O primeiro evento da temporada de 2010 acontece neste sábado, dia 27 de março e continua até outubro. A Vesperata, criada por artistas da própria cidade, abriga os músicos nas sacadas coloniais da Rua da Quitanda, enquanto o público se acomoda na rua, apreciando a bela e original apresentação musical, ao lado dos maestros. Os maestros circundados pela platéia regem os músicos que ficam nas sacadas das janelas. São impulsionados pela energia que emana da assistência participativa do público. Sua beleza está na simplicidade e harmonia, que dispensam sofisticações, só restando espaço para a naturalidade e o acústico.

Acompanhe o calendário da temporada 2010.

27 de março

17 E 24 de abril

22 E 29 de maio

12 E 26 de junho

03 de juulho

07 E 28 de agosto

04 E 25 de setembro

16 E 23 de outurbol

Cantata de Páscoa

cantata

Dentro das atividades da Semana Santa, no próximo domingo, 28/03, será apresentada em Diamantina a "Cantata de Páscoa". A peça será executada em oito atos pela Orquestra Sinfônica Jovem de Diamantina, juntamente com o Coral Eny Assumpção Baracho do Conservatório Estadual de Música Lobo de Mesquita. Este ano o evento será apresentado na porta da Catedral Metropolitana, a partir de 20 hs.

Este gênero foi muito explorado no período Barroco, por vários compositores. A “Cantata de Páscoa” foi inspirada no programa “Deus o mundo amou” de Kirland e Tom Fettke sendo adaptada e transcrita pelo regente da orquestra Reginaldo Cruz.

Fonte: Prefeitura de Diamantina

quarta-feira, 24 de março de 2010

Rede Globo seleciona figurantes para gravar minissérie em Diamantina

Fonte: Prefeitura de Diamantina

A Rede Globo pretende lançar ainda este ano uma minissérie que será gravada em Diamantina, protagonizado pelo ator Selton Mello. O projeto leva o nome de “A Cura” e será escrito por João Emanuel Carneiro, de “A Favorita” (2008). A série se passará na cidade de Diamantina e mostrará a vida de um jovem médico que é acusado de matar um amigo. Com o tempo, ele descobrirá que tem o poder de curar pessoas através de cirurgias espirituais e que incorpora o espírito de um médico assassinado.

Profissionais da emissora estarão  realizando seleção de figurantes para participar das gravações na cidade. A seleção acontecerá nesta sexta-feira(26/03) no Mercado Velho, no horário de 09 ás 12 horas.

Celebrações temperadas por polêmica

Fonte: UAI

Fechadas à visitação durante a quaresma, as igrejas de Diamantina, a 292 quilômetros de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha, podem cerrar as portas para os turistas também durante a semana santa. Por motivos de segurança, os templos históricos se mantêm abertos apenas para as missas e cultos regulares, depois de várias tentativas de assalto. De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio, a prefeitura ofereceu a guarda municipal para cuidar da segurança dos templos no período em que a quantidade de turistas aumenta. Mas a igreja decide esta semana se abre ou não as portas aos visitantes (até o fechamento desta edição não havia definição sobre o assunto).

Os templos religiosos do século 18 concentram as celebrações e servem de pano de fundo para as encenações e apresentações artísticas a céu aberto que transformam a cidade em cenário bíblico durante o feriado. A guarda romana já é ícone de Diamantina, junto a figuras como o presidente Juscelino Kubitscheck e a ex-escrava Chica da Silva (para não citar o carnaval e a Bartucada). Ponto alto das celebrações da semana santa, o desfile de gente comum em trajes de época enche os olhos dos turistas – e os cartões de memória das câmeras digitais.

Para este ano, a cidade promete mais atenção a tradições seculares: “A montagem dos tapetes de serragem, por exemplo, será antecipada: em vez de começar às 5h da manhã do domingo, já vai começar à meia noite do sábado, para que os turistas possam participar e a confecção ser preparada com mais calma”, detalha Cristiano Ribeiro, coordenador de produção cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio.

Sucesso quando estreou no ano passado, a Cantata de Páscoa, que reúne Orquestra Sinfônica de jovens de Diamantina e o Coral do Conservatório, será, este ano, incorporada ao calendário religioso oficial – a apresentação é já no Domingo de Ramos (28/03), diante da Igreja Matriz, a Catedral de Santo Antônio. “É um espetáculo muito bonito, que conta a vida do Cristo, com canções. Quem já viu, não esquece”, recomenda o Padre Darlan Lima.

Interpol vai procurar obras sacras roubadas de Minas Gerais

Fonte: Estadão

DivulgaçãoUm lote de 46 peças sacras mineiras, subtraídas de igrejas históricas e museus do Estado, será divulgado no banco de dados de bens culturais procurados da Interpol, informou nesta quarta, 24, o Ministério Público Estadual (MPE). Em uma ação conjunta da Representação Regional da Interpol em Minas Gerais e da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico, a estimativa é que dentro de cerca de 30 dias, as imagens estejam disponíveis para consulta no site da polícia internacional, que orienta a atuação de autoridades dos 188 países membros.

O conjunto inicial de peças foi furtado de igrejas e museus nos municípios de Serranos e Campanha, no sul do Estado, Oliveira, no centro-oeste, e Serro, na região central. Entre as peças, estão esculturas em madeira policromada furtadas em 1992 da igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres, no distrito de Milho Verde (Serro), além de cálices, esculturas e outros objetos levados do Museu Regional do sul de Minas, em 1994. De acordo com o promotor Marcos Paulo de Souza Miranda, a ideia é disponibilizar à Interpol todos os bens que o MPE procura.

Ao todo, a Promotoria contabiliza oficialmente 689 peças mineiras desaparecidas, a maior parte subtraída de 20 cidades mineiras, incluindo os principais municípios históricos: Ouro Preto (53 peças), Mariana (44), Tiradentes (38), Congonhas (37), São João Del Rei (20), Diamantina (14) e Sabará (12).

O MPE acredita que muitas peças furtadas tenham como destino colecionadores no exterior. "Esse é o início de um trabalho que promete dar bons frutos", disse o promotor, salientando que para a inclusão das imagens sacras na chamada Lista de Difusão Branca da Interpol é necessário o preenchimento de requisitos técnicos rígidos.

"Em rede, conseguiremos que autoridades de todo o mundo conheçam os bens subtraídos de Minas Gerais, o que aumenta as chances de recuperação", ressaltou a delegada federal Fátima Bassalo, representante da Interpol em Minas Gerais.

Conforme o MPE, depois de traduzidos para o inglês e o espanhol, os dados das imagens serão enviados para a Secretaria Geral da polícia internacional, em Lyon, na França, responsável por analisar a admissibilidade e publicação da difusão.

terça-feira, 23 de março de 2010

Selton Mello interpretará médico de Diamantina

Fonte: NaTelinha, Portal UOL

Além da novela “Escrita nas Estrelas”, de Elizabeth Jhin, a TV Globo exibirá neste ano outra trama que abordará a doutrina espírita. A emissora lançará ainda este ano um seriado sobre o espiritismo, que será protagonizado por Selton Mello. O anúncio foi feito na última segunda (22), na coletiva para divulgação da nova grade da emissora.

O projeto leva o nome de “A Cura” e será escrito por João Emanuel Carneiro, de “A Favorita” (2008). A série se passará na cidade de Diamantina e mostrará a vida de um jovem médico que é acusado de matar um amigo. Com o tempo, ele descobrirá que tem o poder de curar pessoas através de cirurgias espirituais e que incorpora o espírito de um médico assassinado.
A previsão é que o seriado seja semanal e cada episódio apresente uma história própria. Além de Carneiro, estão no projeto os diretores Marcos Bernstein, de “O Outro Lado da Rua”, e Ricardo Waddington.
A série deverá ser exibida nas noites de terça-feira apenas no segundo semestre. Ela substituirá “Justiça para Todos”, de Antônio Calmon, que será protagonizada por Márcio Garcia. O programa de Calmon estreia na Globo após o término da segunda temporada de “Força Tarefa”.

Conferência Municipal do Esporte

Fonte: Prefeitura de Diamantina

Com o tema nacional “Plano Decenal de Esporte e Lazer – 10 pontos em 10 anos, para projetar o Brasil entre os 10 mais”, será realizada no dia 27 de março, sábado, de 08 às 18 horas, a 1º Conferência Municipal do Esporte, no Auditório do Centro Administrativo Municipal, situado a Rua da Gloria, 394, em Diamantina.

O objetivo é elaborar diretrizes para consolidação das políticas públicas nas áreas de esporte e lazer, sintonizados com as necessidades e identidades locais.

As discussões e propostas da Conferência Municipal de Esporte serão encaminhadas para a 3º Conferência Estadual de Esporte, juntamente com 06 (seis) delegados que serão eleitos durante o evento.

As inscrições para participar da Conferencia Municipal estão abertas e podem se feitas na sede da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, a Avenida Francisco Sá, 446- Centro ou no local do evento.

sábado, 20 de março de 2010

Espetáculo de dança em Diamantina

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ESPETÁCULO
Dia 27/03 – às 15h
Local: Palco São Vicente
Rua da Glória, 261 – Centro
Tel.: (38) 3531 1191 (Arte Miúda)
Ingresso: GRÁTIS

OFICINA
Dia 26/03 – das 15h às 18h
Dia 27/03 – das 09h às 12h
30 vagas
Inscrições GRATUITAS para a Oficina:
Arte Miúda
Rua da Glória, 252 Centro - Diamantina
Tel.: (38) 3531 1191

A Cia.Nósláemcasa é fruto do casamento artístico entre o músico Celso Nascimento e a bailarina Patrícia Werneck e tem como proposta a criação colaborativa entre as linguagens da dança, da música e das artes plásticas.

Fundada em 2004, teve como seu primeiro projeto o espetáculo UMA DANÇA, solo da bailarina Patrícia Werneck com apresentações em São Paulo, Belo Horizonte e Recife.

No ano de 2006 foi contemplada com os prêmios PAC- Programa de Ação Cultural- da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, para realização do projeto de circulação "Escuta que Dança", que percorreu as cidades de Araraquara, Botucatu, Ilhabela, Mogi das Cruzes e Votorantim, e do projeto de produção de espetáculos "Valsa Crua", que realizou temporada de dois meses na cidade de São Paulo, no Teatro de Dança, Galeria Olido e SESC - Avenida Paulista.

No ano seguinte foi novamente contemplada com o prêmio PAC- Programa de Ação Cultural- da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, para produção de espetáculo em dança com o projeto "CINCO", que realizou temporada no Teatro de Dança, na cidade de São Paulo e percorreu as cidades de Santo André, Ilhabela e Ourinhos.

Em 2008, estréia o espetáculo "Estudo para UMA DANÇA" em temporada dentro da Mostra (IN) Dependente de Dança?,realizada pela Cia. Borelli de Dança no Espaço Maquinaria/Teatro de Paisagem, em São Paulo seguido de apresentações em Ribeirão Pires, Belo Horizonte, São Paulo (Galeria Olido). Este espetáculo também foi contemplado pelo prêmio PAC/2008 Programa de Ação Cultural- da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, para Circulação e Difusão de Espetáculos de Dança. Programação realizada entre março e junho de 2009, nas cidades de Votorantim, Ilhabela, Araraquara, Santos, Santo André, Taquaritinga, Caraguatatuba, Diadema e São Sebastião.

Posteriormente também foi apresentado na Mostra de Dança Contemporânea do 27º Festival de Dança de Joinvile, no 14° Festival Internacional de Dança de Recife e contemplado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2009, que o levará para mais onze cidades brasileiras ao longo do ano de 2010.

Ainda em 2009 a CIA.NÓSLÁEMCASA teve seu projeto “inFLUXOS” contemplado com o prêmio PROAC/2009 Programa de Ação Cultural- da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo - Novas Produções de Espetáculo de Dança no Estado de São Paulo, para montagem de seu novo espetáculo e circulação por seis municípios do interior do estado de São Paulo em 2010.

Clique aqui e conheça acesse o blog da Cia. Nósláemcasa

Cinema de qualidade em prol da APAE

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Programação da Semana Santa em Diamantina 2010

semana santa

Sexta-feira (18/03) a Quinta-feira (25/03)

Tem início o Setenário das Dores, na sexta-feira que antecede o Domingo de Ramos, com celebrações diárias na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim.

Sexta-feira (26/03)

Celebração Eucarística na Catedral Metropolitana, às 19 horas, e Procissão de Nossa Senhora das Dores, que representa a figura de Maria na dimensão do sofrimento e da dor, acompanhando Cristo no caminho do Calvário.

Trajeto: Ruas do Bonfim e do Rosário; praças do Mercado e Conselheiro Mata; ruas Direita, Vieira Couto, Contrato e Bonfim.

Domingo de Ramos (28/03)

O Domingo de Ramos tem origem bíblica e está ligado à entrada de Jesus pela última vez em Jerusalém, quando o povo o aclamou, cobrindo o caminho que ele passaria com ramos e marcando assim sua chegada solene.

Bênção dos ramos às 9 horas, na Praça Dr. Prado, e Procissão em direção à Catedral.

Cantata de Páscoa as 20 horas, na Praça da Catedral

* Segunda, terça e quarta-feira (29, 30 e 31/03)

Celebração Eucarística, às 18 horas, e Oração Litúrgica do Ofício das Trevas, às 19 horas, na Catedral Metropolitana.

Terça-feira (30/03)

Procissão do Depósito, às 20 horas, que leva a imagem do Nosso Senhor dos Passos da Igreja São Francisco para a Catedral.

Trajeto: Saindo a Igreja São Francisco; Praça JK; Rua Direita, Praça da Catedral.

Quarta-feira (31/03)

A Quarta-feira Santa é o dia da Procissão do Encontro. Na porta da Catedral Metropolitana, às 20 horas, será celebrado o Sermão do Encontro, que narra quando Maria encontra seu Filho. Logo após, terá início a Procissão dos Passos, em que Nossa Senhora é levada para a Igreja Nossa Senhora do Carmo, e Nosso Senhor, para a Igreja São Francisco.

Trajeto: Praça da Catedral; ruas Direita, Vieira Couto, Contrato e do Rosário; praças do Mercado e JK.

 Quinta-feira (01/04)

Celebração da Ceia do Senhor, com a cerimônia de lava-pés, às 19 horas, na Catedral Metropolitana.

Sexta-feira (02/04)

Na Sexta-feira da Paixão, a Via Sacra será encenada ao vivo, a partir das 9 horas, mostrando o caminho que Jesus percorreu de Jerusalém até o calvário para ser morto. Na tradição, a Via Sacra é composta por 14 estações, mas de algum tempo para cá se incluiu uma 15ª para dizer que Jesus não ficou parado na morte, na sepultura, mas ele ressuscitou, seria a vida plena na ressurreição.

Trajeto: Saindo da Igreja do Bomfim.

Às 19 horas, na porta da Catedral, haverá o Sermão do Descendimento da Cruz. Aparecem aí as figuras bíblicas José de Arimatéia e José de Nicodemos, que colocam o corpo de Jesus em um esquife, tendo ao lado a figura da Virgem.

É a hora, então, da Procissão do Sepultamento do Senhor, com a Cruz da Penitência à frente, seguida pelo estandarte que lembra a bandeira romana, em posição horizontal, em sinal de luto. Ao centro, mulheres vestidas de negro representam as Santas Mulheres que acompanharam a Paixão de Cristo, ladeadas pelas irmandades que conduzem velas acesas. À frente do esquife, conduzido sob o secular pálio roxo bordado a ouro, segue a tradicional Guarda Romana, composta por 200 homens trajados a caráter. Outras figuras bíblicas aparecem: os 12 Apóstolos, Salomé, Madalena, a Rainha de Sabá, além de um grupo de jovens vestidos de túnicas brancas conduzindo os martírios. Música fúnebre é executada pela Banda do 3º Batalhão da PMMG e a figura de Maria Beú canta, de quando em quando, a Paixão de Cristo, em latim.

Trajeto: Praça da Catedral; Ruas Direita, Vieira Couto, Contrato e do Rosário; praças do Mercado e Conselheiro Mata; Rua Direita; Praça da Catedral; ruas da Quitanda e do Carmo.

Sábado (03/04)

Dia de recolhimento e oração. Durante todo o Sábado Santo, a imagem do Senhor Morto permanecerá para visitação dos fiéis, na Igreja Nossa Senhora do Carmo. A Vigília Pascal será celebrada às 21 horas, na Catedral Metropolitana, e é a explosão da alegria, a explosão da Ressurreição.

Domingo (04/04)

No Domingo de Páscoa, as ruas de Diamantina são ornamentadas com tapetes de flores, areia e serragem. A solene Missa Pontifical será realizada às 9 horas. Nas janelas e sacadas, vasos floridos, colchas e toalhas coloridas completam a ornamentação festiva e alegre para a passagem da Procissão do Santíssimo, quando se celebra Jesus Ressuscitado.

Trajeto: Praça da Catedral; ruas Direita, Vieira Couto, Contrato, do Carmo e Quitanda e Praça da Catedral.

Às 12 horas, haverá repique de sinos em todas as igrejas da Paróquia e queima de fogos para a saída das bandeiras do Divino Espírito Santo, que visitarão as famílias em preparação à Festa de Pentecostes.

Celebração Eucarística e Coroação da Imagem de Nossa Senhora serão realizadas às 19 horas, na Catedral Metropolitana.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O diamantinense integralista

A origem  do diamantinense JK e a sua influência marcante nos rumos da política brasileira são fatos reconhecidos por todos. Porém, outro esquecido diamantinense teve um papel de protagonista em importatntes passagens da recente história do país. Entre outros momentos, Olímpio Mourão Filho foi personagem central que deu início ao Golpe Militar de 1964.

Fonte: Site Integralismo no Sul

Olímpio Mourão Filho nasceu em Diamantina (MG), em 1900.

Militar, concluiu seu curso na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, em 1921. Em julho de 1924, quando servia no 14º Batalhão de Caçadores, sediado em Florianópolis, participou da repressão ao levante deflagrado na capital paulista contra o governo de Artur Bernardes.

Em outubro de 1930, encontrando-se no Distrito Federal, envolveu-se na conspiração liderada por oficiais graduados das Forças Armadas que depôs Washington Luís, antecipando-se às forças revolucionárias que partiram do sul do país em direção à capital federal, sob a liderança de Getúlio Vargas. Foi, então, enviado a Belo Horizonte pelos líderes da junta militar que havia assumido o controle do governo federal para conferenciar com o presidente mineiro, Olegário Maciel, sobre a transferência do poder a Vargas.

Em julho de 1932, participou da repressão ao Movimento Constitucionalista, promovido em São Paulo contra o governo federal. No final desse ano, ingressou na recém-fundada Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada pelo escritor Plínio Salgado. Responsabilizou-se pela organização da milícia integralista. Em julho de 1937, tornou-se membro da Câmara dos Quatrocentos, órgão consultivo da chefia nacional da Ação Integralista.

Embora intimamente ligado à AIB, não participou do levante promovido por liberais e alguns integralistas, em maio de 1938, contra a ditadura de Vargas, que havia decretado o fechamento da AIB junto com as demais organizações partidárias do país.

Em fevereiro de 1945, integrou o 5º Escalão da Força Expedicionária Brasileira (FEB), enviado à Itália para integrar as forças Aliadas em luta contra as potências do Eixo, na Segunda Guerra Mundial.

Nos anos seguintes, deu sequência à sua carreira militar e, em 1956, chegou ao generalato. Durante o governo do presidente João Goulart (1961-64), desenvolveu intensa atividade conspirativa, mantendo contatos tanto nos meios militares como civis. Em março de 1964, quando exercia o comando da 4ª Região Militar e da 4ª Divisão de Infantaria do I Exército, sediados em Juiz de Fora (MG), deu início ao movimento de tropas que afastou Goulart da presidência. Em setembro daquele ano, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar (STM), cargo que ocuparia até 1969, quando se aposentou. Discordando dos rumos tomados pelo regime militar, não demorou-se para dele se afastar, dirigindo críticas ao presidente Castelo Branco.

Morreu no Rio de Janeiro, em 1972.

domingo, 14 de março de 2010

Velho Mercado Velho

Fotos: Jorge Vasconcelos, no Flickr

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Igrejas são fechadas para evitar assaltos em Minas

Fonte: UAI

Ameaças de roubo levam Diamantina a trancar cinco templos históricos e impedir visitação de turistas durante a quaresma

Ladrões tentaram render zelador da Matriz de Nossa Senhora do Carmo, que agora fica trancada  - (Marcos Michelin/EM/D.A Press - 7/2/08 
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A 14 dias da Semana Santa, a histórica Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, deixa de mostrar aos turistas alguns dos seus monumentos religiosos mais importantes. Devido à recente tentativa de assalto a duas igrejas do século 18, a diocese local, a paróquia de Santo Antônio e irmandades decidiram fechar cinco templos católicos à visitação pública, em área reconhecida como patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Por questões de segurança, estão de portas fechadas para o turismo as igrejas de Nossa Senhora do Carmo (1760/1765), também conhecida como ‘da Chica da Silva’, Nossa Senhora do Rosário (1728), Nossa Senhora das Mercês (1722-1820), Capela Imperial do Amparo (1773-1776) e Senhor do Bonfim dos Militares (1771).

“As tentativas de assalto ocorreram no início de fevereiro e nada foi levado, embora tenha sido feita ocorrência policial”, explica o titular da paróquia de Santo Antônio, padre Darlan Lima. Na primeira vez, durante o dia, o alvo foi a Igreja de Nossa Senhora do Carmo. “Quatro pessoas, passando-se por turistas, abordaram o zelador, mas fugiram assim que um grupo de visitantes entrou na igreja para conhecê-la”, disse o padre. Na segunda, na Igreja de São Francisco de Assis (1725-1775), pouco antes do almoço, alguém, com a intenção de retornar, deixou a porta principal destravada, assim que o zelador saiu para fazer a refeição. Por sorte o vento bateu forte, abriu as portas e o funcionário voltou para fechá-la.

Padre Darlan diz que as missas e outros cultos estão sendo realizados normalmente: “A função das igrejas é religiosa, o turismo vem em seguida. Não podemos tirar o dinheiro das contribuições dos fiéis para pagar um vigia”. Todas as igrejas da cidade, com exceção da Catedral Metropolitana de Santo Antônio e Nossa Senhora da Luz, são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O chefe da equipe de obras do órgão em Diamantina, Paulo Elias Lopes, já foi contratado e executado um projeto para instalação, ainda este ano, de alarmes em todos os locais sob tombamento federal.

Vigilância
Na tarde de sexta-feira, diversos setores da comunidade estiveram reunidos na prefeitura em busca de uma solução para o problema. De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo, as igrejas deverão estar abertas para os visitantes durante a Semana Santa, que começa dia 28. A proposta é fazer a vigilância com homens da Guarda Municipal. O fechamento das cinco igrejas atrapalha o serviço de quem ganha a vida mostrando, aos visitantes, as belezas da terra de Juscelino Kubitschek e Chica da Silva, a escrava alforriada que reinou no antigo Arraial do Tijuco e foi mulher do rico contratador de diamantes João Fernandes. “Estamos certos de que o problema será resolvido. Os visitantes têm procurado entender a situação da falta de segurança”, diz o presidente da Associação de Guias e Condutores de Turismo de Diamantina, Paulo Antônio de Almeida.

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo, alvo de uma das tentativas de assalto, tem história peculiar. Projeto inicial da Ordem Terceira do Carmo, o templo acabou sendo construído pelo contratador João Fernandes de Oliveira. Há duas versões para o fato de a torre ficar na parte de trás – a alteração permitiria que Chica da Silva frequentasse as missas, já que imperava uma lei que proibia os negros de ir "além das torres"; ou que teria sido um pedido da própria Chica, que não queria que o barulho dos sinos chegasse até sua casa. Destaca-se a talha esculpida por Francisco Antônio Lisboa, homônimo de Aleijadinho, e Manoel Pinto, além de um órgão de 514 tubos, um dos mais importantes instrumentos musicais dos tempos coloniais.

terça-feira, 9 de março de 2010

Garimpando na internet: um excelente vídeo sobre Diamantina

Disponível no Vimeo,  certamente é um dos melhores vídeos sobre Diamantina. Bela fotografia, novos ângulos, várias imagens aéreas  e um rico texto apresentam a história e a cultura da cidade. Destaque para os depoimentos do compositor  Fernando Brant.

Carnaval em Diamantina: trinta anos de rápidas transformações

Autor: Marcos Lobato Martins, blog Minas de História

O que se seguem são impressões de não-especialista, que sequer arroga para si a condição de arguto observador. Mas são observações motivadas por afável curiosidade, de quem tem Diamantina como sua terra eleita e reconhece no Carnaval da cidade montanhesa uma de suas expressões mais famosas. Não sou folião, porém não me furtei a acompanhar as reinações de Momo nas ladeiras, becos e cachoeiras de Diamantina, ainda que na situação de cicerone de parentes e amigos que visitavam a cidade justamente no Carnaval. Essas observações abarcam período considerável, que se estende da primeira metade dos anos 1980 até os dias de hoje. Cerca de trinta anos, intervalo no qual alterações significativas ocorreram, na cidade como no seu Carnaval.

Começo pelo óbvio. A fama do Carnaval de Diamantina só cresceu nesse período, traduzida na afluência de público que acorre para a cidade ano após ano. Todos os jornais e telejornais da capital cobrem o Carnaval de Diamantina com reportagens diárias, o que começou a se verificar a partir dos anos 1990. Por conseguinte, Diamantina virou “point” do Carnaval brasileiro, na medida em que recebe turistas do Rio de Janeiro, São Paulo, centenas de europeus e milhares de mineiros originários de praticamente todos os cantos de Minas Gerais. Cumpriu-se, nesse aspecto, a promessa que já existia nos tempos da passagem do Barão Tschudi pela cidade, na década de 1860. Então, os habitantes tentaram convencer o aristocrata naturalista alemão a aguardar o Carnaval no antigo Tijuco, prometendo-lhe festa tão animada quanto as que ocorriam na Corte.

O Rio de Janeiro ofereceu régua e compasso para os antigos carnavais de Diamantina. O modelo era o mesmo, havendo apenas uma diferença de escala. Na primeira metade do século XX, o corso e os bailes ditavam o ritmo da festa. No sábado, um “grito de carnaval” às duas horas da tarde disparava a folia no centro da cidade. Blocos carnavalescos desfilavam, rumo à Estação ferroviária. No início da noite, o Rei Momo e a Rainha do Carnaval chegavam de trem, vindos da estação de Barão de Guaicuí. Eram recepcionados por uma multidão entusiasmada, marcando o auge da “Noite do Zé Pereira”. No domingo, durante o dia, blocos de rapazes, moças e crianças, com suas respectivas bandas, corriam as ruas. O corso dominava a noite. Carros alegóricos, com ocupantes ricamente fantasiados – marinheiros, índios, colombinas, pierrots – travavam guerras de lança-perfumes, serpentinas, confetes e limões-de-cheiro na Rua Direita e no Largo da Igreja de São Francisco. Todo ano, um carro com moças fantasiadas de índias representava a lenda do Acayaca, imortalizada na obra de Joaquim Felício dos Santos. Terminado o corso, o baile do Club Acayaca começava. A mesma programação repetia-se na terça-feira. As composições de passageiros traziam diamantinenses que moravam fora, além de alguns forasteiros apaixonados pelo Carnaval do antigo Tijuco. O Carnaval ainda era caseiro, familiar, comunitário.

Entre os anos 1950 e 1960, o corso desapareceu e os forasteiros avolumaram-se. A folia, contudo, até os anos 1970, dependeu dos cordões de carnaval (a exemplo dos tradicionais “Rato Seco” e “Sapo Seco”) e dos bailes de fantasia. Havia ainda pequenas escolas de samba, como a “Pena Branca” (da Consolação), expressões comunitárias da alegria espontânea nos bairros – Diamantina não possuiu favelas nas encostas de morros, a despeito de ser uma cidade incrustada numa encosta rochosa. A música, em proporção razoável criada localmente pela multidão de músicos que a cidade ainda hoje orgulhosamente possui, emulava as marchinhas e sambas de raiz que se ouviam nos rádios capelinhas, nas casas de famílias e nos bares nos becos. Seu Tininho, contador, boêmio e compositor, autor da marchinha intitulada “Porão de Oscar”, simbolizava bem os mestres do carnaval diamantinense desse período. Sem o corso, a fina flor da sociedade brincava nos bailes do Club Acayaca, em certames noturnos cheios de gala, animados por orquestras formadas por músicos que serviam o 3o Batalhão da Polícia Militar. Na porta do Acayaca, no início da Rua da Quitanda, populares – e até “mulheres públicas” do Beco do Mota – espiavam a folia dos ricos diamantários, comerciantes e altos funcionários públicos residentes na cidade. Cem metros adiante, numa rua paralela, o povo mais simples pulava Carnaval no Assedi, o salão da Associação dos Servidores de Diamantina. Na madrugada, sorrateiramente, rapazes de um e outro clube convergiam para os movimentados cabarés do Beco do Mota. Afinal, o Carnaval é uma festa carnal! Antes dos bailes à fantasia, porém, havia os desfiles dos blocos carnavalescos e das escolas de samba, ao redor da Praça Corrêa Rabelo, abraçando a catedral da Sé de Santo Antônio. Eu mesmo vi os remanescentes dessas agremiações quando cheguei à cidade: “As Domésticas”, “As Gatinhas” e “Xai-xai”, para ficar em três exemplos. Sob o sol e o calor do verão no Espinhaço central, desfilavam o Rato Seco, pela manhã, e o Sapo Seco, à tarde, da Praça do Mercado até o Largo Dom João. Ainda hoje, é preciso fôlego para seguir esses cordões.

Assim, até os anos 1980, o Carnaval de Diamantina era de rua, e de movimento. Os bailes haviam perdido importância – desapareceram gradativamente. Ficou o movimento nas ruas, as aglomerações nos becos, que se desfaziam rapidamente, exceto no Beco do Mota, já transformado de área de meretrício em concentração de barzinhos. Nele, durante a noite, reuniam-se principalmente as pessoas de fora que vinham brincar na cidade. Aí começaram a ganhar fama conjuntos como Bartucada e Bat Caverna.

Na década seguinte, a filiação de Diamantina ao modelo carioca de Carnaval foi posta em xeque. A folia diamantinense aproximou-se bastante do Carnaval de Salvador, caindo sob a hegemonia da música baiana. De modo mais específico, o Carnaval de Diamantina ficou mais parecido com o Carnaval de cidades litorâneas como Porto Seguro, nas quais há um “centro fixo” para a folia. Nessas, a avenida beira-mar; em Diamantina, a Praça do Mercado. Além do axé, a cidade viu surgirem áreas vips e abadás. Os blocos e as escolas de samba, que animavam as noites, ficaram absolutamente secundarizados. Muitos desapareceram, enquanto o Beco do Mota, a Rua da Quitanda e o Mercado concentraram os foliões. Apenas o Sapo Seco continuou subindo e descendo morro, seguido por multidão crescentemente formada por turistas. Em cada esquina, diante das repúblicas de estudantes e das casas alugadas pelos forasteiros, a miscelânia de ritmos aumentou. Hoje, ouvem-se axé, funk, samba, MPB, pop rock, versões eletrônicas de marchinhas. Os policiais não tocam mais nas bandas, agora se limitam a reprimir excessos e prender trombadinhas. Nos anos 1990 e 2000, os habitantes de Diamantina aproveitaram o Carnaval para montar biroscas temporárias, vender cervejas, sanduíches, tira-gostos e “ices’ (mistura de vodca com soda) para os “baladeiros” – mudança sintomática no nome do outrora folião. E alugam suas casas para grupos de turistas. Negócios que rendem bons trocados, mas que transformam os moradores da cidade cada vez mais em meros espectadores do Carnaval de Diamantina.

Arrisco um palpite: o Carnaval de Diamantina está suspenso entre dois modelos. O carioca persiste na continuidade do Rato Seco e do Sapo Seco. O modelo baiano entrou em cena com as bandas Bartucada e Bat Caverna, que, à maneira de trios elétricos sem rodas, animam foliões até altas horas da madrugada em pontos fixos da cidade. Se Diamantina tivesse orla marítima e grandes avenidas, penso que já teria se rendido completamente aos enormes trios elétricos soteropolitanos. Oscilando entre os dois modelos, os moradores da cidade que apreciam Carnaval vivem uma espécie de mal-estar, uma “crise de identidade momesca”. Daí a aversão crescente às modas baianas e o saudosismo em relação aos carnavais “autênticos” dos anos 1940-1950. O desenlace para essa crise de identidade talvez ocorra em favor do modelo carioca renovado, na direção do carnaval de rua que está crescendo na antiga capital do país, com base nos cordões que se multiplicam em toda a cidade. Nesse aspecto, tenho a impressão de que Diamantina reatará seus laços, estreitos e seculares, com a antiga Corte. O flerte com o Norte – é meu palpite – terá sido apenas um escorregão, travessura de urbe que andava cansada de tantas tradições lusófonas e imperiais.

Quais as razões do namoro com o Norte, com a música e o carnaval da Bahia? Além de fenômeno nacional no início dos anos 1990, ressalto que nessa aproximação há pelo menos um aspecto local relevante. A crise do garimpo nos anos 1980-1990 colocou Diamantina prostrada, sem rumo. O povo e a cidade ficaram desesperançados, dispostos a trocar suas tradições por algo que parecesse novo e tivesse ampla adesão. A baixa autoestima dos diamantinenses abriu a porta para os modismos baianos. A cidade queria romper definitivamente com seu passado, que parecia ter se esgotado junto com as lavras de diamante. Foi justamente quando a cidade obteve o título de “patrimônio cultural da humanidade” (1999) que teve início movimento gradativo de revalorização das manifestações culturais locais, cujo avanço tenderá a repensar a inserção do Alto Jequitinhonha na cultura mineira e brasileira.

Inadmissível, porém, é que continue a prática da Municipalidade de entregar para empresas de eventos a realização e a gestão do Carnaval na cidade, algo que ganhou corpo em fins dos anos 1990. Com isso, os prejuízos foram socializados e os lucros privatizados, sendo destinados a mãos forâneas sem qualquer vinculação com segmentos da sociedade local.

Mulheres do Vale: Luciana Teixeira

Fonte: Wikipedia e Blog do Banu

Há controvérsias quanto à origem da fundadora da cidade de Araçuaí. Mas a versão mais aceita, tanto das suas atividades quanto da sua trajetória é a seguinte: Luciana Teixeira era dona de uma casa de mulheres em um lugarejo chamado Itira , onde acontece o encontro dos rios Araçuaí e Jequitinhonha. Lá havia apenas uma igreja, a casa de mulheres e poucos moradores.

Uma vez por semana, canoeiros que comercializavam querosese e sal desciam da Bahia e sempre paravam neste lugarejo. Devido à quantidade de mulheres em sua casa, Luciana Teixeira acabou tornando-se a maior freguesa dos canoeiros que, por sua vez, aproveitavam a parada para desfrutar dos serviços encontrados na casa de lazer.

Com o passar do tempo, devido às suas atividades, Luciana Teixeira e suas mulheres acabaram expulsas de Itira pelo bispo que lá ordenava. Subindo o rio Araçuaí, Luciana chega à fazenda Alegre, onde se aloja e reestrutura sua casa de mulheres.

Ao descobrirem que a melhor freguesa e a melhor diversão havia mudado de lugarejo, os canoeiros passaram a não parar em Itira, iam direto para a Fazenda Alegre. Assim iniciou-se um comércio, em que Luciana Teixeira, canoeiros e fazendeiros vendiam e compravam entre si.

Assim, com o crescimento do comércio, cresceu uma vila nas margens do rio  Araçuaí. Em 1870, maior e mais populoso, o lugarejo é emancipado. Hoje, mais de um século depois, a cidade, que acabou se chamando Araçuaí, se localiza no norte do estado de Minas Gerais, é pólo cultural do Vale do Jequitonhonha e, segundo o IBGE de 2006, possui 153.657 habitantes divididos em oito municípios, um deles é Itira, que continua do mesmo jeito: uma igreja com algumas casinhas ao redor.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Governador Valadares terá campus da UFJF e não da UFVJM

Fonte: JusBrasil

A prefeita Elisa Costa anunciou, nesta quarta-feira (10/02), durante coletiva à imprensa, quais os possíveis primeiros cursos que terá o campus da Universidade Federal de Juiz de Fora em Governador Valadares: Medicina, Odontologia, Ciências Biológicas, Direito e Economia. A implantação do campus da UFJF em Valadares foi anunciada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ontem (9/02), durante visita à Valadares. De acordo com a prefeita, a vinda de um campus de universidade pública com ensino presencial é um grande passo para a conquista futura da universidade federal do Vale do Rio Doce. A indicação dos primeiros cursos foi feita pela própria UFJF.

De acordo com a prefeita Elisa Costa, Governador Valadares está vivendo um momento marcante em sua história, quando um projeto estruturante de desenvolvimento sustentável e duradouro está sendo implantando. "Neste ano, todos os alunos da rede municipal, na cidade e na área rural, irão ter Escola em Tempo Integral. Nossos jovens já estão tendo a oportunidade de ingressar em universidade pública de qualidade, com o campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMG) de Valadares, o Polo de Educação a Distancia, e, agora, com o campus da UFJF. Isto é valorização de pessoas, é promover desenvolvimento para nossa gente, nossa cidade".

Para que o campus da UFJF seja implantado em Valadares, o Município tem que doar uma área de no mínimo 50 hectares. "A Prefeitura já se comprometeu em doar o terreno, que não é fácil de se conseguir por causa do tamanho exigido pelo Ministério de Educação (MEC). No momento, estamos à procura desta área, que corresponderá a duas vezes à área destinada ao Parque Municipal", afirmou o Secretário Municipal de Planejamento, Jaider Batista. Enquanto o campus não for construído, a Prefeitura, conforme sugestão dada pelo presidente Lula, providenciará instalações provisórias para funcionamento da Universidade, garantindo a realização do vestibular ainda no fim deste ano.

domingo, 7 de março de 2010

Música de primeira em Diamantina

Diamantina é realmente uma cidade que nos surpreende. Quem esteve na noite do último sábado no Mercado Velho para assistir ao show de Armandinho e banda pôde confirmar uma frase de Morais Moreira: "Quando Armandinho toca, percebe-se a diferença que há entre o talento e o gênio".  Acompanhado de músicos de primeira, o guitarrista e bandolinista bainano deu um show de altíssimo nível. Denominado pelo próprio artista de Pop Choro,  seu som é o resultado da mistura de chorinho com o rock e a música percurssiva baiana. O pequeno e animado público presente ouviu clássicos do choro como Noite Cariocas de Jacob do Bandolim, Brasileirinho de Waldir Silva, o rock de Santana e até o Boelro de Ravel.

Registramos nossos parabéns aos organizaores do evento pela inciativa e esperamos ansiosamente por novas edições do Projeto Choro Real. Infelizmente, por motivos burocráticos, o evento não foi divulgado com antecedência, mas quem foi voltará para a próxima e trará seus amigos. Ficou um gostinho de quero mais.

Outro show do fim de semana em Diamantina foi Vander Lee no Planetarium. Acompanho desde o início e gosto muito do trabalho do cantor e compositor mineiro. Já vi seus shows em outros locais, mas a apresentação de sexta-feira não chegou a emplogar o público presente. Vander Lee, que já teve músicas gravadas por grandes nomes da MPB como Gal Costa, Alcione, Elza Soares, Emilinha Borba e outros, sofreu com a  má qualidade da acústica do local. Quem não conhece as letras de suas músicas teve grande dificuldades para acompanhá-las. Os promotores do show, que estão fazendo um ótimo trabalho e já confirmaram a presença de Fagner e Jorge Aragão em Diamantina, precisam solucionar esse pequeno e fundamental detalhe para valorizar o artista e, consequentemente, tornar viáveis tais shows.

O  ponto negativo do show no Planetarium foi o comportamento de algumas pessoas que estavam na platéia. Sentadas em suas mesas, conversavam extremamente alto e demostravam um total desrespeito pelo artista e pelas pessoas que estavam ali para curtir um bom show.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Grupos de choro se reúnem em Diamantina

Fonte: UAI

Grupos de choro de Minas, da Bahia e do Rio de Janeiro tomam conta das ladeiras de Diamantina, no Jequitinhonha, a 292 quilômetros de Belo Horizonte, desta sexta-feira a domingo, na primeira edição do Festival Choro Real. O evento, com apoio do Fundo Nacional de Cultura, terá apresentações gratuitas na tradicional Rua da Quitanda. Diamantina é conhecida como capital nacional da seresta.

A proposta do festival é resgatar um dos gêneros mais ricos da música brasileira, mostrando-o para as novas gerações e também para a população carente da região, que tem pouco acesso a este tipo de apresentação cultural.

Entre os músicos convidados estão o baiano Armandinho, o trio Madeira Brasil, do Rio de Janeiro, o instrumentista belo-horizontino Warley Henrique e os grupos Pedacinho do Céu e Choro de Minas. A tradição musical de Diamantina será representada pelos grupos Choro de Reis e Malandrinho.

Nesta sexta-feira , às 21h, se apresenta o Grupo de Choro Malandrinho e, às 23h, Grupo Choro de Minas, de Belo Horizonte. Sábado, às 21h, Choro de Reis, de Diamantina, e, depois, show do instrumentista baiano Armandinho, filho de Osmar, o inventor do trio elétrico, se apresenta. Domingo, último dia do Festival Choro Real, as apresentações serão diurnas. Às 11h, o belo-horizontino Warley Henrique será o primeiro a subir ao palco. Fechando o festival, às 13h, o Trio Madeira Brasil.

terça-feira, 2 de março de 2010

Se essa rua fosse minha....

image A toponímia é a área de estudo dos topônimos, ou seja, nomes próprios dos lugares, da sua origem e evolução; uma área da lingüística com fortes ligações com a história, a arqueologia e a geografia. Entre os topônimos mais comuns no Brasil destacam-se os de influência católica, relacionados aos santos, tais como São Paulo e Santa  Catarina. Também são utilizados os termos referentes ao meio natural (Rio de Janeiro, Mato Grosso, Belo Horizonte, Recife) e aos pontos cardeais e de direção, tais como o Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.

Ao consultar o catálogo de endereço de Diamantina nos deparamos com nomes de ruas, praças e, principalmente, becos que nos chamam a atenção. Certamente, são fontes riquíssimas para compreender a formação e desenvolvimento da cidade. Alguns merecem destaque pela originalidade: Amola Machado, Amontólia, Cangica, Casaca Parda, Enologia, Esmeril, Farinha Seca, Fintadouro, Mola Machado, 1000 Oitavas, Pataca, Quatro Vinténs e muitos outros. Encontramos também logradouros que prestam homenagem a importantes personagens da história da cidade e do Brasil: o poeta Aureliano Lessa, o Barão de Guacuí, a famosa Chica da Silva, o padre conservador Dom Geraldo Sigaud, os Presidentes Getúlio Vargas e JK, o músico Lobo de Mesquita, o Professor Aires, o maestro Pururuca, o jornalista Teófilo Otoni e muito outros.

Além de satisfazer a primitiva necessidade humana de nomear tudo aquilo que está ao seu redor, os topônimos revelam a identidade cultural de um povo. O resgate e registro das origens desses nomes seria uma fonte riquíssima para entender o cotidiano daqueles que ajudaram a construir esse lugar. São elementos essenciais para o entendimento do processo formativo inicial do Arraial do Tijuco e, posteriormente, a consolidação da estrutura urbana de Diamantina.

Na crônica “Diamantes ao cair da tarde”, publicada no livro “A chave do enigma” (1999), o escritor Fernando Sabino comenta as motivações históricas para a origem de alguns becos de Diamantina. Segundo Sabino o Beco do “Pinta Ratos” seria uma homenagem a um pintor que, para vingar-se de uma Irmandade que lhe devia uma certa quantia de dinheiro, desenhou vários ratos na sacristia da igreja. O Beco da Paciência também é citado no livro. A sua origem é explicada pelo fato do local ser utilizado pela população para despejo de lixo e pelos tropeiros que ali satisfaziam suas necessidades fisiológicas; sendo, então, necessária muita paciência para atravessá-lo com segurança. Interessante notar que o Beco das Caveiras, também citado pelo autor, nos leva a uma dúvida, pois ao passarmos pelo local encontraremos uma placa indicando que o logradouro se chama Beco das Craveiras. Alguns moradores dizem que esse é o verdadeiro nome, pois ali existiam vários exemplares da planta herbácea Dianthus Caryophyllus, popularmente conhecida como craveira.

Algumas cidades já perceberam a importância da preservação da memória dos topônimos. Recentemente, a Prefeitura do Rio de Janeiro fez uma licitação para a colocação de placas em vários pontos da cidade. Além do nome dos logradouros, as placas trazem em sua parte inferior um pequeno texto sobre a origem do nome homenageado. São Paulo tem outro projeto interessante sobre o assunto. No site www.dicionarioderuas.com.br são disponibilizadas informações sobre a origem dos nomes das ruas da cidade e a sua evolução histórica. A Câmara de Municipal de Diamantina, que tanto aprecia os projetos para nomear logradouros, poderia se inspirar em iniciativas semelhantes para a cidade. Assim, poderíamos andar pela Rua do Burgalhau e saber que era a principal via de deslocamento para as lavras de diamantes e que também abrigou as primeiras casas do Arraial do Tijuco. Tal projeto talvez nos ajudasse a compreender os motivos pelos quais levaram Macau, atual região administrativa da República da China, a ser merecedora de dar nome a três importantes logradouros da cidade. Também poderíamos saber que operários viviam na Vila Operária? Quem foi o Mota? O que é Penaco, Purqueria e Bicame? Afinal, quem tocava o piano do Beco da Tecla?

Particularmente, o nome da Rua Jogo da Bola é o que mais gosto. Poético e lúdico, esse também é o nome de uma Rua no Morro da Conceição, no Rio de Janeiro, citada em vários contos de Machado de Assis. Também podemos andar pela Rua Jogo da Bola em Coimbra (Portugal) e em Tiradentes, Minas Gerais. Parodiando Caetano Veloso, digo que alguma coisa acontece em meu coração quando passo pela esquina da Rua Joga da Bola com a Avenida da Saudade. Lembro-me de minha infância, quando brincávamos livremente pelas ruas e podíamos usufruir de uma infinidade de jogos: queimada, rouba bandeira, pega-pega, pique-esconde, mãe-da-rua, rodar pião, tico-tico fuzilado, bola de gude e muito mais. Um tempo em que televisão e o computador permitiam não impediam que os adultos pudessem conversar calmamente, sentados nas portas e varandas de nossas casas. Um tempo em que as ruas não eram somente dos carros e motos velozes, mas um tempo em que a rua também era minha.

Texto: Fernando Gripp - Foto: Breno Matias

Programação comemorativa do aniversário de Diamantina - 172 anos

Fonte: Prefeitura de Diamantina

Na Semana de comemoração dos seus 172 anos, a Prefeitura Municipal em parceria com entidades e organismos sociais, preparou uma programação especial. Diamantina receberá diversas atrações, entre elas Demonstração da Esquadrilha da Fumaça com 07 aeronaves no Largo D. João, seguido da apresentação do Bloco Rato Seco e show com a dupla Sergio e Rodrigo no sábado, dia06/03 e no domingo 07/03 Show da Bartucada no Largo D. João. A programação comemorativa prossegue com exposições,shows musicais, projeção de filme, atividades educacionais e peças teatrais. Todos os eventos são gratuitos.

01/03 a 04/03

Projeto Capstur - Exposição de fotografias

Local: Centro Cultural Davi Ribeiro

Horário: 14 às 18h00

02/03 a 04/03

Projeção do Filme Longa metragem: “Minha Vida de Menina”

Local: Escolas das cinco regionais da cidade: Rio Grande, Palha, Centro,

Largo D. João, Bom Jesus

Horário: 20h00

01/03 a 04/03

Apresentação pela Biblioteca Itinerante de uma lenda Diamantinense em forma de teatro em quatro bairros de Diamantina.

Local: Bairros da Cidade

Horário: 09h00

05/03

Apresentação da Música “Peixe Vivo” pelas crianças do CMEI da Vila Operária

Local: Centro Cultural Davi Ribeiro

Horário: 08h30

05/03

Exposição de Redação dos alunos da 7ª e 8ª séries das escolas: E.M. Dr. João Antunes de Oliveira, E.M. Casa da Criança Mª Antônia e E.M. da Cidade Nova.

(Haverá sorteio de uma bicicleta entre os alunos participantes)

Local: Centro Cultural Davi Ribeiro

Horário: 08h30

05/03

Premiação do projeto Escola Viva com os olhos da VISA-ano 2009.

Local: Centro Administrativo da Prefeitura Municipal de Diamantina

Horário: 16h00

05/03 a 07/03

III Exposição Mineira de Orquídeas

Concurso, palestras, cursos, exposição de espécies

Local: Praça Barão de Guaicui e Centro Cultural David Ribeiro

05/03

Sexta Nossa - Show Musical com: Irmãos Reis

Esquetes teatrais sobre lendas diamantinenses

Grupo de Dança Aritana Miranda

Local: Centro Cultural Davi Ribeiro

Horário: 18 às 23h00

06/03

Feira no Mercado

Show musical com: Nino Aras

Recital de poemas

Local: Centro Cultural Davi Ribeiro

Horário: 08 às 14h00

Tenda de Ação Voluntária: divulgação e orientação sobre doação voluntária de sangue e medula óssea e outras ações do Hemominas.

Local: Praça Barão de Guaicui

Horário: 09 às 12h00

Tenda Jurídica: prestação de consultoria jurídica à população carente.

Local: Praça Barão de Guaicui

Horário: 09 às 12h00

Balcão Sebrae Móvel: Orientação de Negócios, Formalização de Autônomos e Apoio a Micro e Pequenas Empresas.

Local: Praça Barão de Guaicui

Horário: 09 às 12h00

Local: Largo D. João

Horário: 15 às 17h00

Tenda de Saúde: aferição de pressão; glicose, triagem nutricional

Local: Praça Barão de Guaicui

Horário: 09 às 12h00

Local: Largo D. João

Horário: 14 às 17h00

Tenda TER: emissão de títulos de eleitor

Local: Largo D. João

Horário: 15 às 17h00

Apresentação do Bloco Infantil Rato Seco

Parabéns a Diamantina com a Banda Prefeito Antonio de Carvalho Cruz

Demonstração da Esquadrilha da Fumaça com apresentação de 07 aeronaves

Shows musicais com: Sérgio e Rodrigo e Baião Tropical

Local: Largo D. João

Horário: 15 às 21h00

07/03

Show musical: Bartucada

Local: Largo D. João

Horário: 19h00

Veja as imagens: o tamanho da destruição da Serra do Espinhaço

Fonte: Blog do Chico Maia

Prezado Chico;
Há dois anos atrás, iniciei um trabalho de gravações e pesquisa em Conceição, a convite de diversos setores da comunidade local do Espinhaço.
Fazendeiros, pequenos produtores, profissionais liberais, se dirigiram ao Camarela Studios com o convite e o firme propósito de me convencer a desenvolver esse trabalho desprezado por todos.
Olhando nos olhos daquelas pessoas resolvi aceitar.
De lá para cá, foram realizados tres vídeos no local, hoje com mais de trinta mil acessos no Youtube. Alguns estão citados em ações movidas pelo MP Federal e Estadual contra o empreendimento. Matérias a respeito do trabalho foram exibidas em redes nacionais de TV.
http://www.youtube.com/watch?v=pvDvNNGL2Uc

Deixo mais alguns links dese trabalho, no intuito de ajudar a elucidar dúvidas e questões relativas ao empreendimento Minas-Rio e seus impactos em nosso povo.

Conceição: Guarde nos Olhos…
http://www.youtube.com/watch?v=kLxQjBsvQdo

Conceição: Guarde nos Olhos II
http://www.youtube.com/watch?v=oysDR7sf5RU

Conceição: Guarde nos Olhos III:Mumbuca
http://www.youtube.com/watch?v=DRCoXLCeovc

Curioso ressaltar também, que bem debaixo da planta industrial do empreendimento, além de grutas e cavernas repletas de artefatos pré-históricos de nossos ancestrais, se encontravam diversas nascentes de água sulfurosa; a Água Santa” como diziam no Espinhaço.
Que tal seria por exemplo, a implantação de uma cooperativa, com largo alcance social, com geração e distribuição real de renda a longo prazo para toda a região, para a exploração comercial dessas águas???
Isso definitivamente não estava nos planos de Eike Batista e de todos que se beneficiaram fartamente desse empreendimento ilegal.
No mais um grande abraço e espero ter ajudado.

Rodrigo Valle

Novos olhares sobre Diamantina

Fotógrafo: Breno Matias

Informativo sobre o transporte público

Fonte: Assessoria do Vereador Cícero Teixeira

O transporte público no município de Diamantina sempre foi uma questão importante a ser resolvida devido a um histórico de problemas e insatisfações principalmente por parte dos usuários. A melhoria do transporte sempre foi uma bandeira de luta desde as gestões em que estivemos à frente do Diretório Central dos Estudantes da UFVJM, permanecendo até os dias de hoje.

Muitas negociações têm sido feitas para as melhorias necessárias e desde outubro de 2009 este processo foi intensificado para que, ao vencimento da licitação vigente até 31/01/2010, as condições almejadas pudessem ser contempladas. Foram realizadas várias reuniões com a participação do Prefeito Municipal, do Reitor da UFVJM, do vereador Cícero Teixeira, de representantes do DCE-UFVJM e das Secretarias de Obras e Administração da Prefeitura. Alguns pontos relevantes já foram discutidos e alguns avanços foram alcançados, entre eles:

- Formulação de um Edital de Licitação participativo, onde todos os setores interessados opinaram para que os itens contivessem todas as demandas necessárias. O edital será publicado no dia 01/03/2010 e estará disponível para consulta em 03/03/2010.

- O edital é composto de 105 páginas, e apresenta um projeto básico, contendo toda a estruturação do empreendimento, inclusive planilha de custos.

- Este edital exigiu obrigatoriamente qualidade e segurança do transporte e de acordo com o aumento da demanda, a empresa terá de garantir o aumento dos veículos.

- A licitação terá sua fase de habilitação até o dia 22/04/2010, e as empresas que apresentarem toda a documentação, deverão entregar sua proposta comercial em 05 dias.

- A visita técnica das empresas para que elas possam analisar o funcionamento do transporte ocorrerá entre os dias 22 a 26 de março, partir 14hs.

- Foi contratada uma empresa (Locavel) por um período de 90 dias para prestação do serviço até o término do período licitatório, para que nenhum usuário tenha problemas.

- Os horários dos ônibus serão mantidos, mas alguns pontos foram modificados na tentativa de melhorias. Os pontos são: Diamante Pálace Hotel, Marques Center, Largo Dom João, Bar Amendoim, Pedra Grande, rua do Tijuco (mudança da Praça Brasília), Pão de Santo Antônio e Campo do Tijuco.

- A empresa que vencer a licitação poderá revisar horários,  itinerários e tarifas, mas precisa que comprovar necessidade para Universidade, Prefeitura e Ministério Público.

- As placas de localização dos pontos estão sendo confeccionadas e serão afixadas dia 03/03/2010.

- O projeto das marquises nos pontos de ônibus  já está pronto e a Prefeitura Municipal já está em busca de recursos.

Entendemos perfeitamente que os problemas ainda não foram resolvidos, portanto acompanharemos sempre o andamento dos trabalhos para que ao final dos prazos alcancemos os resultados que tanto aguardamos.

Possíveis andanças pelo Brasil

Fonte: Estadão

O caderno Viagem foi fechado antes que chegassem informações atualizadas sobre a anunciada visita do homem mais viajado do mundo ao Brasil. Com inúmeros motivos, a redação conserva um certo ceticismo quanto à possibilidade de mr. Miles finalmente nos dar o prazer de sua visita. Mas há os que o aguardam com entusiasmo. Na próxima semana, mais notícias sobre o tema.

Querido mr. Miles: como sua fã de carteirinha, tenho certeza de que, a essa altura, já terei um autógrafo e uma foto sua, porque vou fazer plantão no Aeroporto de Guarulhos à espera de sua anunciada chegada a São Paulo. Aproveite e traga em sua bagagem um pouco do friozinho europeu porque o calor nessas bandas anda de rachar. Onde o senhor vai ficar hospedado? Alice Vanini, por e-mail.

"Well, my dear: muito gentil o seu apreço por minhas modestas colunas, que têm apenas o objetivo de compartilhar os intermináveis prazeres de uma vida de viajante. Se, eventualmente, tivermos mesmo nos encontrado no aeroporto - embora, enquanto escrevo essas linhas, ainda tenha indefinições em minha agenda -, terei prazer em ceder-lhe um autógrafo. Devo dizer, however, que, além de pouca serventia, ele mais se parece com uma garatuja, sem qualquer valor estético.

Quanto à foto, darling, você deve saber que, por motivos ligados a uma experiência sobrenatural que vivi na espanhola cidade de Granada - já relatada nesse espaço -, cultivo a excentricidade de não permiti-las sob qualquer pretexto. E, I"m sorry to say, nem tente fotografar-me com uma teleobjetiva, porque minha mascote Trashie, a pequena raposa das estepes siberianas, foi treinada (à custa de muito single malt) para afugentar abelhudos com lentes em um raio de centenas de metros.

Sobre a hospedagem, felizmente, tenho dois ou três amigos que insistem em receber-me em suas casas e, of course, vou escolher aquele em cuja moradia minha presença cause menos estorvo.
Se eu realmente tiver voltado ao Brasil no momento em que você lê essas linhas, tenho algumas ideias para prolongar minha viagem.

Uma de minhas opções é visitar Serro, em Minas Gerais, onde se produz o melhor queijo daquele Estado. Acho notável que poucos saibam, no Brasil, que esta pequena cidade no caminho de Diamantina (para onde também quero ir, se houver uma vesperata) foi a primeira, em todo o País, tombada pelo Patrimônio Histórico. It"s delightful!

Em Diamantina, onde Juscelino (N. da R.: Juscelino Kubitschek, ex-presidente do Brasil, nascido na cidade mineira) contou-me, certa vez, de seu sonho de criar uma cidade no meio do cerrado (juro que achei que ele havia exagerado na cachaça), a vesperata é um espetáculo musical que ocorre ao ar livre em um pequeno largo no centro colonial. As pessoas acompanham-no das próprias ruas e das sacadas ao redor. Se ocorresse em Salzburg - garanto-lhe -, custaria uma fortuna e teria fama mundial. No Brasil, unfortunately, é pouco divulgada.

Outra ideia que me ocorre é rever os cânions espetaculares de Aparados da Serra, onde estive, anos atrás, com o bom Mário (N. da R.: Mário Quintana, poeta gaúcho). Ainda não me decidi, dear Alice. Mas essa liberdade de mudar de rumo, como o vento, é outro incomparável prazer de ser um viajante independente. Don"t you agree?"

* Mr. Miles é o homem mais viajado do mundo. Esteve em 132 países e 7 territórios ultramarinos