sexta-feira, 23 de março de 2012

Leia nesta semana na Voz de Diamantina

Vereador tenta resgatar o brasão de Diamantina substituído pela logomarca do padre-prefeito

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Na noite da última terça-feira, cometi um ato cívico: assisti à sessão da câmara de vereadores. De cabo a rabo. Mas não in loco, o que seria até arriscado para um idoso crítico e descrente do comportamento humano. Mormente o já inerente aos homens públicos. Mas só realizei tal proeza graças à iniciativa de Maurício Maia, presidente da câmara, que passou a divulgar as reuniões do legislativo pela internet e em tempo real. E com uma vantagem: os vereadores têm limite para usar a palavra. Caso excedam os minutos monitorados por cronômetro, seu lero-lero é interrompido. Para o bem de todos e felicidade geral da sempre minguada plateia. Mesmo com esse formidável avanço, enquanto ouvia discursos e apartes, ia jogando paciência no computador, pois nenhuma norma ou equipamento refreará o mundo de bobagens, rapapés e ambiguidades com que grande parte da vereança se pavoneia até mesmo em reduzido espaço de tempo.

Meu interesse por aquela reunião se prendia aos rumores de que o reverendo-alcaide perpetraria mais uma vez a consumação de um dos atos mais insanos de sua gestão contra a cultura de Diamantina. E, para tanto, ele buscava apoio de seus lacaios da câmara. Comentava-se que viria à pauta naquela noite a venda do casarão dos Orlandi, adquirido pela prefeitura no mandato de seu antecessor. Acredito que o padre e seus acólitos têm coragem para um atentado desse porte muito mais por falta de lastro intelectual, de sensibilidade e de conhecimento do que para garantir os votos do Bairro Cazuza, fisgados pela promessa de construir um grupo escolar com o produto da venda do sobrado da Cavalhada. Vários dos nossos edis caem na manjada intriga de que a iludida gente do Cazuza porá a culpa neles por não terem permitido a venda do imóvel e, portando, a construção da escola no seu bairro. Por motivos certamente estratégicos a venda do tal prédio não entrou em pauta. Longe de significar que o padre desistiu de uma artimanha que lhe renderia tantos votos.

Continua na Voz de Diamantina Edição 554 de 23 de março de 2012

Autor: Joaquim Ribeiro Barbosa - “Quincas” - 24/03/2012

Confira também nesta edição:

  • O livro de Dona Sara
  • O adeus a Lulu Nascimento
  • Balaio dos Pitacos
  • Apresentação do Grupo Músicas do Espinhaço em Diamantina
  • Gestão do uso público da Gruta do Salitre
  • E muito mais

2 comentários:

  1. É interessante que as pessoas saibam a diferença entre brasão e logomarca e o uso de ambos nos documentos oficiais. O que falta ao executivo é a criação de uma IDENTIDADE VISUAL, uma cartilha ou decreto que regulamente o uso das marcas do municipio. Mas volto a dizer, para escrever a respeito de algo é necessário que saibamos o que estamos falando. Essa matéria da Voz de Diamantina é tendenciosa. Não estou defendendo a administração atual, o que quero é defender o direito que as pessoas tem de saber o que é verdade.

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  2. Deveria voltar ao brasão original, em Latim.

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