terça-feira, 20 de março de 2012

Nós e nossos desencontros

Autor: Antenor José Figueiró – antenor.figueiro@ig.com.br

Política é dom, sensibilidade em lidar com harmonia desejos, anseios, necessidades, sonhos, fantasias, frustrações e derrotas. A essência para se manter vivo é o manuseio da arte da política, pois qualquer cidadão a qualquer hora e momento está exercendo política, isso acontece em casa, na escola, no trabalho, no lazer.

A democracia é de longe a melhor e maior forma de governo, ultrapassa limites, nos coloca em vida bem próximos do Criador. Tudo que está e acontece na face da Terra foi criado por Ele e emprestado a todos nós, sua imagem e semelhança. Mas, pensando bem pequeno, acreditar que a palavra Demo – cracia casa ou conjuga com caráter, humildade, orgulho e lógica é ofuscar pela falta de senso crítico, sócio-econômico- cultural nosso segundo maior dom – a inteligência – o que nos diferencia dos animais irracionais, pois esses não acumulam vaidades, são movidos pelo instinto de viver intensamente e usufruir todas as possibilidades que a natureza lhes oferece com equilíbrio para a sua perfeita preservação.

É interessante como se comemora os resultados das urnas, quando na verdade deveria- se comemorar, quando se tem o que comemorar: o conjunto de conquistas no final do mandato ao invés de julgar que não é mais necessário se envolver e atuar no dia a dia da vida política pelos próximos quatro anos. Assumir uma posição covarde, omissa e de preservação de sua própria imagem.

Quantos de nossos políticos foram eleitos por serem amigos, vizinhos, necessitados, bonitos ou boa praça? Mas, quantos deles interpretam, falam ou fazem algo para atender e satisfazer as suas vontades e desejos de eleitor?

Minha cidade nunca esteve tão suja, fedida e sem brilho, em cada rosto que vejo no supermercado, açougue, padaria, na igreja, o semblante é o mesmo: de tristeza, de desilusão. Estamos chupados ou esgotados culturalmente e socialmente embalados pela mentira – Patrimônio Cultural da Humanidade.

Uma coisa cada um de nós cidadãos diamantinenses temos que admitir, essa atual administração está concluindo a maior obra de todos os tempos, o antes e o depois, nunca houve tamanha disparidade – a nossa instituição municipal, estadual e federal chamada Diamantina sofre efeito de uma contaminação generalizada, arrasta manca e agonizante rumo ao final de uma era, que tinha tudo para ser nova, mas por falta de amor, orgulho e espírito de diamantinidade se torna um divisor de águas, um buraco negro na nossa história. Temos seis pré-candidatos a prefeito e seis ausências de dotes para tecer com determinação uma imensa rede para o conjunto (cidade, distritos e povoados) Diamantina e mais aproximadamente 25 cidades que daqui se sustentam e avançam.

Desperta Diamantina! Temos de comemorar do zero, em 1º de janeiro de 2013 ainda não teremos esse homem dotado de magia espiritual para reger como um mestre esse belo espetáculo dos deuses chamado Diamantina. Respeito o seu silencio, a sua omissão, só não respeito a sua falta de percepção, pois o voto é secreto, você vai só à urna, ninguém enxerga em quem você votou, porque não silencioso e sozinho dar seu grito de basta, de mudança e renovação? Ninguém poderá te culpar se o candidato a vereador X ou Y perder, não tem como provar que a culpa foi sua. Mas, hoje, por exemplo, com as nossas expressões faciais dá para culpar cada um de nós pelos nossos votos em 2008, o resultado está aí e é inegável.

Um comentário:

  1. Vejamos pelo lado dos pobres. Eu não dependo do SUS, pois tenho plano de saúde, mas dentro da minha casa tenho exemplos de pessoas que precisam do SUS. Um parente meu é usuário do Sistema Único de Saúde e não tenho escutado queixas dessa pessoa a respeito da saúde em nosso município. Aliás, sou testemunha de que sempre que ela precisa do SUS é atendida. Às vezes somos vítimas de nossa própria omissão. O Sistema está aí, mas deixamos de correr atrás, pois sempre queremos tudo em nossas mãos, de bandeja, ao nosso alcance. Concordo que é cômodo cruzar os braços, ter um semblante de tristeza pela cidade estar sem brilho e fedida. Sem brilho? Fedida? Onde? Os Garis varrem nos confins, nos lugares mais recônditos da Palha e do Rio Grande e mesmo assim pode-se dizer que a cidade está fedida? Eu disse RECÔNDITOS e considerem o significado IGNORADOS. Sim, os intelectuais, os formadores de opinião ignoram os pobres e criam as panelinhas da elite, metem a língua na atual administração, mas duvido que algum desses 6 pré-candidatos, da elite, ricos, fará algo pelos pobres. Não faço parte da atual administração. Não estou defendendo o executivo. Minha defesa é pelos pobres. Se tirarmos o atual prefeito, estaremos limpando a cidade ou sujaremos colocando outra pessoa lá?

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