segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Texto de Carlos Drumond de Andrade sobre Diamantina

Fonte: Jornal do Brasil, Caderno B - 18/10/1972

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Um comentário:

  1. Belo registro! E me traz à memória o poema do mesmo Drummond:

    Homem livre

    Atanásio nasceu com seis dedos em cada mão.
    Cortaram-lhe os excedentes.
    Cortassem mais dois, seria o mesmo
    admirável oficial de sapateiro, exímio seleiro.
    Lombilho que ele faz, quem mais faria?
    Tem prática de animais, grande ferreiro.

    Sendo tanta coisa, nasce escravo,
    o que não é bom para Atanásio nem para ninguém.
    Então foge do Rio Doce.
    Vai parar, homem livre, no Seminário de Diamantina,
    onde é cozinheiro, ótimo sempre, esse Atanásio.

    Meu parente Manuel Chassim não se conforma.
    Bota anúncio no Jequitinhonha, explicadinho:
    Duzentos mil-réis a quem prender crioulo Atanásio.
    Mas quem vai prender homem de tantas qualidades?

    Abraço.

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