O governador Antonio Augusto Anastasia afirmou nessa segunda-feira que o orçamento previsto para 2010, fechado em R$ 41 bilhões, será executado integralmente até dezembro – diferentemente do que ocorreu no ano passado. Em 2009, o plano de receitas e despesas previsto, de R$ 39 bilhões, sofreu corte de até 20%, dependendo da secretaria. A redução, segundo justificativa do governo estadual à época, foi que a crise internacional provocou um impacto negativo na arrecadação.
A declaração ocorreu depois da primeira reunião de Anastasia como governador com todo o secretariado do estado, no Centro Administrativo, para discussão de metas a serem cumpridas até dezembro. No domingo, o chefe do Poder Executivo de Minas Gerais disse que uma das prioridades no setor financeiro era o crescimento da receita do estado alcançada com arrecadação de impostos. Terminada a reunião de ontem, o secretário de Estado da Fazenda, Simão Cirineu, teve encontro reservado com Anastasia, mas saiu sem dar entrevistas.
Na reunião com o secretariado, que durou cerca de 40 minutos, o governador usou slides para listar o que considera ser prioridade em cada secretaria. Na saúde, por exemplo, Anastasia quer ver concluída até o fim do ano a construção de oito centros Vida Viva, para atendimento de mulheres e crianças, nos municípios de Manhuaçu, Viçosa, Itabira, Pirapora, Diamantina, Ribeirão das Neves, Teófilo Otoni e Jequitinhonha.
O governador afirmou não acreditar em demora na conclusão das obras previstas pelo governo para 2010. "Pode acontecer (atraso) em decorrência de algum problema de chuva no final do ano, mas o cronograma está sendo mantido", argumentou. Para Anastasia, o ano eleitoral não deverá atrapalhar a execução de obras e programas. "Já vivemos isto antes. Há jurisprudência, ou seja, conhecimento sobre o que pode e o que não pode ser feito."
Anastasia afirmou ainda que vai manter um "gerenciamento intensivo" nas secretarias para acompanhar o andamento de obras e programas. "Muitas vezes pode haver um problema que é de outra secretaria ou com uma prefeitura, e que o governo como um todo tem que ajudar a resolver", pontuou.
Corrida presidencial Ao comentar as últimas pesquisas eleitorais, o governador afirmou que os levantamentos são como montanha russa. "Sobe, desce, desce, sobe, uma hora fica de cabeça para baixo, outra hora de cabeça para cima. Acredito que quando a campanha começar, a partir de julho, com candidatos e propostas apresentadas, aí, sim, situações vão se definir", avaliou. No momento, para Anastasia, os eleitores não têm interesse na disputa presidencial. "As pessoas, de um modo geral, não estão aflitas com a eleição, até porque está muito distante. Temos Copa do Mundo antes disso, que tem muito mais repercussão neste momento", disse.
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