terça-feira, 17 de março de 2009

Nas franjas do Espinhaço


Entre as cidades de Presidente Juscelino e Gouveia, entre o Rio Paraúna e o Ribeirão do Tigre, já nas franjas altas do Espinhaço, esbarramos com a “Central Eólica Experimental do Morro do Camelinho”. A central de energia eólica se encontra em um dos pontos mais belos da BR que leva a Gouveia, Datas, Serro e Diamantina. A usina, instalada no ano de 1994 pela Cemig, com apoio financeiro do governo alemão, é constituída por 4 turbinas de 250KW e tem capacidade nominal de 1MW. Cada rotor das turbinas mede 29 m de diâmetro com torre de 30 m de altura.

A usina eólica é importante fonte alternativa para geração de energia. Tanto as usinas de pequeno porte quanto as de grande porte têm potencial para atender diversos níveis de demanda contribuindo para o processo de universalização do atendimento. Além disso, podem ser apresentados aspectos positivos e negativos desse tipo de geração de energia.

Entre os aspectos positivos, é possível dizer que as usinas eólicas: participam do esforço concentrado pela redução da emissão de poluentes atmosférios; atendem às demandas por energia o que diminui a necessidade da construção de grandes reservatórios; reduzem o risco provocado pela ausência de chuvas e pela sazonalidade hidrológica.

Entre os aspectos negativos, é possível dizer que as usinas eólicas: provocam impactos socioambientais sonoros e visuais. Os impactos sonoros ocorrem devido aos ruídos dos rotores – maiores ou menores de acordo com as especificações dos equipamentos. Turbinas de pás múltiplas são mais barulhentas que aerogeradores de hélices de alta velocidade. Os impactos visuais decorrem do agrupamento de aerogeradores e torres, principalmente em centrais eólicas de grande porte – conhecidas como fazendas eólicas. A usina eólica altera a paisagem natural e pode até “machucar os olhos” de quem é apaixonado por montanhas puras e critalinas. Isso é visível no Morro do Camelinho.

Outros possíveis impactos negativos são: interferência eletromagnética causando perturbações nos sistemas de comunicação; interferência nas rotas de aves. Todos estes fatores devem ser considerados nos Estudos de Impacto Ambiental – EIA – e nos Relatórios de Impacto Ambiental – RIMA.

Apesar de tais efeitos, os defensores da geração de energia alternativa argumentam que esses mesmos impactos podem atrair mais turistas, gerando emprego e renda, aumentando arrecadações municipais e promovendo o desenvolvimento regional.

E você o que pensa dessa usina fincada há 15 anos nas franjas do espinhaço? Dê a sua opinião e contribua para o debate sobre as fontes alternativas de geração de energia renovável, limpa e disponível em todos os lugares.

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3 comentários:

  1. Acho muito interessante usar esse tipo de energial limpa. É um ganho para o meio ambiente, apesar de desagradar um pouco visualmente. MAs acho que vale a pena o investimento nesse tipo de geração de enrgial. Curioso que não imaginava que essas torres com seus cataventos estão em Diamantina desde 1994. Pensei que fossem mais recente. Os anos vão passando e nós nem percebemos.

    Um abraço.

    http://escondidin.blogspot.com/

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  2. caramba, nunca pensei nessa usina pra além do deslumbre visual de algumas viagens pra Diamantina. Via e só me deleitava com a paisagem. Mas nunca parei pra pensar no que a usina produzia, em termos de benefícios. Energia, pois sim. Mas quem se beneficia de fato? Você, Fernando, sabe me dizer que comunidades são atendidas pela energia gerada pela usina eólica?
    um abraço. letícia

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  3. Letícia,

    Esta aí uma boa pergunta. Mas acredito que ela só produza em caráter experimental.Vou pesquisar e publicar aqui.
    Obrigado

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