terça-feira, 31 de março de 2009
Moda mineira e massas italianas
Previsão do tempo no passadiço virtual
segunda-feira, 30 de março de 2009
Câmara de Diamantina na internet
sábado, 28 de março de 2009
A influência de Diamantina na arquitetura moderna de Lúcio Costa
Quando ele narra o susto daquele encontro, é impressionante: chegou lá e caiu em cheio num passado, num passado de verdade, que era novo em folha para ele. E ele comentava esse encontro com Diamantina, como se fosse ontem, e no final dizia uma frase definitiva, ‘…era aquela beleza sem esforço’, entende? Então para ele bateu uma coisa… ôpa, o que é isso, nós, neo-coloniais, fazemos um supremo esforço, você pega coisa de igreja e bota em casa, não é, e de repente chega aqui e é tudo normal, lindo e sereno e compatível com a tecnologia de construir; então isso instalou dentro dele uma perplexidade, digamos, um desconforto extremamente poderoso, porque perdurou… ele continuou sendo arquiteto neo-colonial até 29, mas aquilo começou a incomodar cada vez mais, ficou aquela referência de base, e eu tenho a sensação sempre de que esse encontro com Diamantina foi também o caminho de chegar à coisa moderna. Na cabeça de uma pessoa bem informada como ele, com lastro cultural bom, todas as épocas tinham uma cara correspondente a um modo de construir. Como a mudança radical nas técnicas construtivas, em meados do século XIX, que davam a possibilidade de “vestir” a estrutura com as mais diversas fantasias, ficava tudo lá dentro escondido e ninguém estava preocupado com isso.
De repente eu acredito que isso de Diamantina, da coisa verdadeira, da coisa autêntica, colocou nele também o embrião da pergunta: Qual seria o moderno do meu tempo? Qual seria a cara correspondente a essa tecnologia nova!? Porque foi uma mudança enorme, você não tinha mais parede aguentando – de repente porão vira pilotis – pilotis é um porão sem parede –, não precisa mais ter parede no térreo, porque o térreo nunca foi valorizado. Ou seja, você tinha sempre um porão, uma coisa qualquer, o primeiro andar sempre foi um pouco mais alto que o chão. Uma simplicidade bela – para ele coisa bonita… beleza sempre foi fundamental, como dizia o Vinicius. O encontro com Diamantina instaurou em Lucio uma indagação, afinal, como é possível fazer uma coisa bonita de maneira simples?"
sexta-feira, 27 de março de 2009
Garimpando em Diamantina: concerto da banda mirim na Igreja do Amparo
Garimpando em Diamantina: côco e ouro
terça-feira, 24 de março de 2009
Tesouros na janela
segunda-feira, 23 de março de 2009
As fronteiras coloridas do futebol
sexta-feira, 20 de março de 2009
Helena Morley e os nossos rios.
Dona Ambrosina e as Pastorinhas
O devasso Padre Rolim
Jazz e samba no Mercado Velho
terça-feira, 17 de março de 2009
Nas franjas do Espinhaço
Entre as cidades de Presidente Juscelino e Gouveia, entre o Rio Paraúna e o Ribeirão do Tigre, já nas franjas altas do Espinhaço, esbarramos com a “Central Eólica Experimental do Morro do Camelinho”. A central de energia eólica se encontra em um dos pontos mais belos da BR que leva a Gouveia, Datas, Serro e Diamantina. A usina, instalada no ano de 1994 pela Cemig, com apoio financeiro do governo alemão, é constituída por 4 turbinas de 250KW e tem capacidade nominal de 1MW. Cada rotor das turbinas mede 29 m de diâmetro com torre de 30 m de altura.
A usina eólica é importante fonte alternativa para geração de energia. Tanto as usinas de pequeno porte quanto as de grande porte têm potencial para atender diversos níveis de demanda contribuindo para o processo de universalização do atendimento. Além disso, podem ser apresentados aspectos positivos e negativos desse tipo de geração de energia.
Entre os aspectos positivos, é possível dizer que as usinas eólicas: participam do esforço concentrado pela redução da emissão de poluentes atmosférios; atendem às demandas por energia o que diminui a necessidade da construção de grandes reservatórios; reduzem o risco provocado pela ausência de chuvas e pela sazonalidade hidrológica.
Entre os aspectos negativos, é possível dizer que as usinas eólicas: provocam impactos socioambientais sonoros e visuais. Os impactos sonoros ocorrem devido aos ruídos dos rotores – maiores ou menores de acordo com as especificações dos equipamentos. Turbinas de pás múltiplas são mais barulhentas que aerogeradores de hélices de alta velocidade. Os impactos visuais decorrem do agrupamento de aerogeradores e torres, principalmente em centrais eólicas de grande porte – conhecidas como fazendas eólicas. A usina eólica altera a paisagem natural e pode até “machucar os olhos” de quem é apaixonado por montanhas puras e critalinas. Isso é visível no Morro do Camelinho.
Outros possíveis impactos negativos são: interferência eletromagnética causando perturbações nos sistemas de comunicação; interferência nas rotas de aves. Todos estes fatores devem ser considerados nos Estudos de Impacto Ambiental – EIA – e nos Relatórios de Impacto Ambiental – RIMA.
Apesar de tais efeitos, os defensores da geração de energia alternativa argumentam que esses mesmos impactos podem atrair mais turistas, gerando emprego e renda, aumentando arrecadações municipais e promovendo o desenvolvimento regional.
E você o que pensa dessa usina fincada há 15 anos nas franjas do espinhaço? Dê a sua opinião e contribua para o debate sobre as fontes alternativas de geração de energia renovável, limpa e disponível em todos os lugares.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Os cruzeiros de Diamantina
Garimpando em Diamantina: Restaurante da Pousada do Garimpo
Fontes: Brasil Sabor e Sabores de Minas
“É com vê e com ka. Van – de – ka”. O cozinheiro responsável pelo restaurante especializado em comida regional faz questão de soletrar seu nome. Nas inúmeras reportagens publicadas sobre Vandeka, seu nome aparece de tudo que é jeito: Wandeca, Vandeca e Wandeka. Por isso, Luiz do Rosário Vieira Lobo, o Vandeka com “vê” e com “ka” prefere ditar seu nome.
Vandeka nasceu no distrito diamantinense de São João da Chapada em meados da década de 50. Filho de garimpeiros, ele seguiu os passos de seus pais somente até os 14 anos de idade, até perceber que “o garimpo era só ilusão”. Depois de cozinhar para os próprios garimpeiros, Vandeka foi procurar trabalho em Diamantina.
Lá, ironicamente, conseguiu emprego de ajudante de cozinha numa pousada de nome Garimpo. Aos 21 anos, no final da década de 70, tornou-se o cozinheiro-chefe. Nos anos 80, Tancredo Neves era seu fã. Nos anos 90, cozinhou para Fernando Henrique Cardoso no Itamaraty. Hoje, o chef do restaurante da Pousada do Garimpo é uma personalidade local em Diamantina. Espalhafatoso por natureza, cabeça levemente inclinada para a direita em sinal de atenção aos clientes que tanto elogiam sua comida, Vandeka está satisfeito por trabalhar com aquilo que ama.
Seus clientes preferem os tradicionais pratos típicos mineiros, sua marca registrada. Pode-se escolher entre bambá (termo usado para expressar confusão) de couve ou broto de samambaia com costelinha de porco, frango ao molho pardo, lombo com tropeiro, filé com ora-pro-nobis, ou o “ximxim da Xica”. Este consiste num tradicional frango com quiabo, invenção que Vandeka garante ser do tempo de Chica da Silva.
No cardápio, há uma nota sobre o prato: “o Ximxim da Xica é a própria caracterização do fato folclórico. Anonimato, tradição, domínio público ou aceitação popular? Quem seria Xica? Seria Xica da Silva? Seria Xica do Sílvio? Seria a cozinheira que este prato nos concedeu? Ou quem sabe Xica seria a própria galinha que morreu? Este prato na região é conhecido também por outros dois nomes: Chico Angu e Xi Angu. Segundo a história, esta iguaria era a preferida do nosso saudoso presidente Juscelino Kubitschek”.
Mas não pense que a refeição terminou após a última garfada do prato principal. O melhor ainda está por vir: os doces em compota de Vandeka preparado na cozinha do restaurante. Têm doce de laranja cravina, meia lua de casca de limão recheado com doce-de-leite, doce de abóbora com rapadura e fatia de queijo.
Um dos garçons explica: “a cravina é uma laranja típica da região, um pouco enrugada e amarguinha, mas uma delícia com queijo. Já o limão fica uns três dias de molho na água para perder o excesso de amargor. O doce de limão é recheado com doce de leite, uma combinação perfeita: o amargo com o doce”. Na saída, pode-se encontrar os doces em conservas expostos para venda. Estampada no rótulo, a figura sorridente de Vandeka
Frango com Quiabo (Ximxim da Chica)
• 300g de quiabo
• 1 cebola roxa
• 1 molho de salsinha
• Cebolinha, alho e sal a gosto
• Colorau
Como fazer:
sábado, 14 de março de 2009
Zezinho, profissão: sineiro
Garimpando em Diamantina: Al Árabe
quinta-feira, 12 de março de 2009
A Identidade da UFVJM
quarta-feira, 11 de março de 2009
Filme romântico com Juscelino estréia sexta
Desde 2005 na fila dos sem-tela, "Bela Noite para Voar" chega aos cinemas na sexta-feira, com José de Abreu na pele do mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976), rompendo um tabu do cinema brasileiro de ficção: eleger uma figura política como um herói romântico. "O brasileiro tem vergonha de seus heróis, talvez por isso haja poucos filmes nacionais de ficção sobre figuras políticas, ao contrário de Hollywood", diz o diretor Zelito Viana, que dedicou "Bela Noite Para Voar" como um tributo ao produtor Nei Sroulevich, morto em 2004 durante a preparação do projeto. Longe das telas desde "Villa-Lobos - Uma vida de Paixão" (2000), Viana evoca no longa-metragem, orçado em cerca de R$ 5 milhões, velhas saudades do "Brasil bossa nova" ao refletir sobre um projeto que põe JK na mira do amor. "Até Juscelino, nós vivíamos aquilo que Nelson Rodrigues chamava de ‘complexo de vira-lata’, mas ele mexeu com a nossa autoestima. O Brasil teria sido um outro país, sem brilho, se não fosse por ele", explica o cineasta cearense, radicado no Rio desde a juventude. Responsável pela produção de filmes emblemáticos como "Terra em Transe" (1967), de Glauber Rocha, e "Cabra Marcado para Morrer" (1984), de Eduardo Coutinho, Viana se volta para o processo de construção de Brasília para narrar uma trama passada em 24 horas, levemente inspirada no romance homônimo de Pedro Rogério Moreira.
De um lado, há um clima de thriller: um grupo de militares esboça um golpe planejando derrubar o avião presidencial. Do outro, há uma love story: envolto com negociações com os norte-americanos e outros problemas da administração pública nacional, Juscelino embarca em um voo para Minas Gerais para rever Princesa (Mariana Ximenes), amante com quem manteve um relacionamento durante anos. "Juscelino tinha a capacidade de fazer as pessoas se apaixonarem por ele. Há uma frase de um opositor udenista que dizia: ‘Se brigar com Juscelino, fique a 30 metros de distância porque, se ele abrir aquele sorriso e aqueles olhinhos, você perdeu a briga’", diz o gaúcho José de Abreu, que já havia interpretado Juscelino antes, nos palcos, em uma peça dirigida por Luiz Arthur Nunes. "Em 1989, fui escolhido pela própria dona Sarah Kubitschek, que me viu na minissérie ‘Anos Dourados’ no papel de um militar juscelinista. Na pesquisa, juntei 12 horas de fitas gravadas com a dona Sarah, que me deu uma lista de pessoas para procurar."
Biografado na minissérie "JK", exibida pela Rede Globo em 2006, Juscelino já passou pelas telas com destaque no passado. Em 1980, o documentário "Anos JK - Uma Trajetória Política", de Silvio Tendler, arrastou 800 mil brasileiros aos cinemas dissecando o Plano de Metas do estadista que presidiu o Brasil de 1956 a 1961, com a lógica de crescimento do "50 anos em cinco". "Não há tantos políticos tão queridos pelo público brasileiro quanto ele. A imagem da política no Brasil ainda é muito associada à questão dos conchavos e dos escândalos. Nos EUA, é diferente. Para além do Obama, presidente é popstar. Basta ver quantos filmes existem sobre Kennedy ou Nixon", lembra Abreu. Ao revolver a imagem de JK, "Bela Noite Para Voar" inaugura um ciclo de novos longas ficcionais sobre figuras presidenciais. O próximo da fila é "Lula, o Filho do Brasil", de Fábio Barreto, que estreia em janeiro. Há ainda o projeto "Dr. Getúlio", de Daniel Filho. Zelito Viana já prepara um próximo projeto: a versão do livro infanto-juvenil "Bisa Bia, Bisa Bel", de Ana Maria Machado.
Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas
segunda-feira, 9 de março de 2009
Domingo no parque ou negligência do poder público?
Não só ele!
Esta lesão no pé da criança cai sobre as costas dos gestores municipais!"
sábado, 7 de março de 2009
As áreas de proteção ambiental na região de Diamantina
Devido a sua riqueza de fauna e flora, a região de Diamantina está cercada de alguns parques estaduais e federais. Basta olhar no mapa para compreendermos que estamos rodeados de várias áresa de proteção ambiental que merecem uma visita. Á primeira vista, a região pode nos parecer inóspita e sem vida, mas quando explorada nos encontramos água em abundância, belas formações rochosas e, principalmente as riqueza do Espinhaço.
Parque Nacional das Sempre-Vivas
O parque Nacional das Sempre-Vivas foi criado em dezembro de 2002, protegendo uma área de 124.555 hectares, inserida em 4 municípios: Diamantina, Buenópolis, Bocaiúva e Olhos D`água. As áreas apresentam fisionomias diferentes, contendo registros de mata densa de fundo de vale, campos rupestres de altitude e uma grande concentração de nascentes, entre elas a do Rio Jequetinhonha. Atualmente o parque ainda está em fase de implantação e permanece fechado à visitação pública, qualquer incursão nesta área dever ser autorizada pela chefia da unidade em Diamantina.
Parque Nacional da Serra do Cipó
O Parque Nacional da Serra do Cipó foi criado em 1984 para proteger a fauna e flora da Serra do Cipó, as espécies endêmicas da região e, além de tudo, os importantes elementos históricos e culturais presentes dentro de seus 33.800 hectares.
A Serra do Cipó faz parte da Cordilheira do Espinhaço e, juntamente com um braço da mesma, divide as águas das bacias dos rios São Francisco e Doce. A paisagem apresenta um conjunto de montanhas, rios, cachoeiras e campos e está dividida em duas grandes formações: a do Espinhaço, montanhosa e a da bacia do médio rio Cipó, semi-montanhosa, que corresponde à região dos vales. As chamadas rochas em dobramento, afiados obeliscos de granito, são marcantes na região.A flora apresenta três conjuntos de vegetação: mata de galeria, campo cerrado e campo rupestre. Foram catalogadas mais de 1.600 espécies diferentes de flores na região, algumas únicas do lugar.
Parque Estadual do Biribiri
Está inserido no complexo da Serra do Espinhaço. A Vila Biribiri, inserida na área do parque, tem importante registro da história da indústria têxtil mineira. Foi nessa área que funcionou a fábrica de tecidos, criada pelo Bispo Dom João Antônio dos Santos, em 1876, uma das primeiras comunidades fabris do estado.
As pessoas que passam por Biribiri se encantam não somente por seu casario, mas principalmente pelas paisagens de beleza cênica, com seus rios de leitos de pedras, formando cachoeiras e atravessando campos. A área abriga várias nascentes e cursos d'água: o Rio Biribiri, que moveu as turbinas da hidrelétrica geradora da força motriz da fábrica de tecidos; o Rio Pinheiros e diversos córregos, sendo os mais famosos o Sentinela e o Cristais. Os descendentes dos proprietários da fábrica contam histórias sobre os suntuosos degraus da Cachoeira dos Cristais, cujas rochas teriam sido cortadas com talhadeiras pelos proprietários da época, à procura de diamantes. Hoje, o local é um centro cultural e histórico.
Está localizado no município de São Gonçalo do Rio Preto, distante 56 Km de Diamantina. Foi o primeiro a receber o marco de referência da Estrada Real, que vai de Parati (RJ) até Diamantina.A história da unidade de conservação está ligada às lendas e mitos dessa antiga área de mineração. Na área, segundo relatos, se escondiam escravos fugidos que conheciam bem suas matas e rochas por haverem trabalhado na construção da Estrada Real. Muitos conseguiram se safar das perseguições dos capitães-do-mato e se juntar a quilombos no interior da Bahia.
O Parque Estadual do Rio Preto está inserido no complexo da Serra do Espinhaço. Possui um relevo acidentado repleto de rochas de quartzo que formam belíssimos painéis. Com uma área total de 10.755 hectares, a unidade de conservação abriga diversas nascentes, dentre as quais se destaca a do Rio Preto, um dos mais importantes afluentes do Araçuaí, por sua vez afluente do Rio Jequitinhonha. Os recursos hídricos privilegiados favorecem a formação de cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras, sumidouros, canion e praias fluviais com areias brancas.Entre os inúmeros atrativos turísticos, destacam-se as cachoeiras do Crioulo e da Sempre Viva, as pinturas rupestres e os mirantes naturais que permitem aos visitantes observar toda a área da Unidade e do entorno.
Possui riquezas naturais como cachoeiras, cursos d'água e vegetação únicas. Abrange em seus domínios, várias nascentes e cabeceiras de rios das bacias do Jequitinhonha e Doce. No Parque situa-se o Pico do Itambé, com seus 2.002 metros, um dos marcos referenciais do Estado. Campos rupestres de altitude e cerrado compõem a cobertura vegetal nativa do Parque. Nos fundos de vales ocorrem manchas de solos de aluvião, de maior fertilidade, sobre os quais se desenvolve exuberante mata pluvial altimontana, onde podem ser encontradas espécies como o pau-d'óleo, a sucupira, o ipê, o cedro, o jatobá, o ingá e a candeia, entre outras. Nos campos de altitude ocorrem espécies raras e endêmicas de orquídeas. Uma fauna bastante rica relaciona-se com a diversidade florística e com os recursos hídricos. Dentre os animais, constantes da lista oficial de animais ameaçados de extinção, destacam-se a onça-parda e o lobo-guará.