Abre, abrideira, aca, aço, a-do-ó, água-benta, água-bruta, água-de-briga, água-de-cana, água-que-gato-não-bebe, água-que-passarinho-não-bebe, aguardente de cana, aguarrás, águas de setembro, aninha, a-que-matou-o-guarda, arrebenta-peito, azougue, azuladinha, azulzinha, bagaceira, baronesa, bicha, bico, birinaiti, birita, boa, boinha, borbulhante, boresca, branca, branquinha, brasa, brasileira, cachaça, caiana, calibrina, cambraia, cana, cândida, canguara, canha, caninha, canjebrina, canjica, capote-de-pobre, catuta, caxaramba, caxiri, caxirim, cinqüenta e um, cobertor, cobreira, corta-bainha, cotréia, cumbe, cumulaia, danada, delas-frias, dengosa, desmancha-samba, dicionário, dindinha, dona-branca, eau de vie, elixir, engasga-gato, espírito, esquenta-por-dentro, filha-de-senhor-de-engenho, friinha, fruta, gás, girgolina, gole, gororoba, gorobeira, gramática, guampa, guarda-chuva, homeopatia, imaculada, já-começa, januária, jeribita, jurubita, jinjibirra, jora, junça, jura, legume, limpa, lindinha, lisa, maçangana, malunga, malvada, mamãe-de-aruana, mamãe-de-luanda, mamãe-sacode, mandureba, marafo, marato, maria-branca, mata-bicho, mé, meu-consolo, minduba, miscorete, moça-branca, monjopina, montuava, morrão, morretiana, mundureba, óleo, orontanje, panete, parati, patrícia, perigosa, pevide, pilóia, pinga, piribita, porongo, prego, pura, purinha, quebra-goela, quebra-munheca, rama, remédio, restilo, retrós, roxo-forte, saideira, samba, schnaps, sete-virtudes, sinhaninha, sinhazinha, sipia, siúba, sugar cane brandy, sumo-de-cana, suor-de-alambique, supupara, táfia, teimosa, terebintina, tiquira, tiúba, tome-juízo, trago, três martelos, uca, uma, uminha, urina-de-santo, water-that-the-little-birds-won’t-drink, xinapre, zuninga . . .
Não bebo. Mas a história da cachaça é muito interessante. O site da revista cultural Jangada Brasil ao analisar a presença da cachaça na vida do mineiro faz várias citações ao seu consumo em Diamantina:
Viajando por Minas, em 1840, notou Gardner, todavia, o uso imoderado da cachaça na região de Diamantina, e não só entre os pretos, que tinham motivos de sobra para ingerirem ácool com freqüência, mas entre os brancos de ambos os sexos, em todas as camadas sociais, os quais lhe pareceram também largamente viciados. Viu contudo poucos casos de embriaguez."
Montes Claros dá toucinho
Bocaiúva dá feijão
Buenópolis dá dinheiro
Diamantina dá pifão
Os diamantinenses, ao menos os dotados de senso de humor, não o negam. Como aquele que cantava:
Na Diamantina nasci
É minha terra, pois não
Bebendo pinga cresci
E hei de morrer no pifão
Aires da Mata Machado Filho cita no seu livro Arraial do Tijuco, Cidade Diamantina os versinhos de um coretoque, no dizer dos antigos, era cantado pelos pretos de São João da Chapada:
Oia como bebe
Esse povo do Brasil
Inxuga um garrafom
Mai depressa qu’un funi
Muito legal o post sobre os nomes da "marvada", que nos mostra a riqueza poética e a criatividade do povo brasileiro. Precisamos valorizar nossa cultura. Aprendemos a tomar as bebidas "estrangeiras" que são muito boas, porém, muitas vezes, por preconceitos arraigados, nos negamos a conhcer as nossas criações! E isso não é só com relação a bebidas não!!!
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