Em meio às preparações para a sétima edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa nesta terça-feira, a cidade recebeu a notícia de que não será incluída na lista de patrimônios mundiais da Unesco. Pelo menos por enquanto. A Unesco não rejeitou definitivamente a candidatura, mas decidiu que ela deve ser reformulada, e então avaliada novamente.
Os novos integrantes da relação foram divulgados no site da Unesco no domingo, mas, desde sexta-feira passada, quando a candidatura de Paraty foi discutida na reunião da Unesco em Sevilha, o governo brasileiro já sabia que a cidade ficaria fora.
A campanha de Paraty era centrada no valor histórico do Caminho do Ouro, que fazia da cidade porto de escoamento dos metais preciosos extraídos em Minas Gerais, mas a Unesco entendeu que a rota só poderia aspirar à condição de Patrimônio Mundial se fosse incluído o percurso completo, de Diamantina ao litoral.
Por sugestão de representantes da própria Unesco, vamos refazer nossa candidatura centrando no interesse natural e geológico da Serra do Mar para a compreensão da separação da África e da América - diz Amaury Barbosa, secretário adjunto de Cultura da cidade e presidente da comissão que organiza a candidatura. - A mata nativa e o Centro Histórico também são importantes. Lá em Sevilha, dizia-se que a Unesco não quer mais incluir cidades coloniais latino-americanas na lista de Patrimônio Mundial, porque já tem muitas. É preciso ter algo diferente.
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