segunda-feira, 30 de abril de 2012

Cidades de papel: imprensa, progresso e tradição - Diamantina e Juiz de Fora, MG (1884-1914)

Autor: James William Goodwin Junior

Este trabalho propõe uma leitura do discurso divulgado pela imprensa para representar a cidade, em Diamantina e Juiz de Fora, Minas Gerais, no período de 1884 a 1914. Tal discurso foi produzido pelos homens de imprensa, grupo caracterizado por ter nos jornais sua tribuna para propagar um conceito de "progresso urbano". Tendo como referencial os parâmetros urbanísticos burgueses dos países capitalistas centrais, as elites letradas brasileiras elegeram alguns elementos como "sinais visíveis de civilização", cuja implementação deveria alterar e normatizar o espaço urbano. Nos textos analisados, podemos perceber quais foram alguns desses aspectos, quanto ao espaço físico urbano (edifícios públicos, água e esgotos, saúde pública, moradias, animais, aparelhamento tecnológico etc.) e aos habitantes citadinos (educação, trabalho, comportamento, valores, consumo etc.). A escolha das cidades privilegiou seu caráter de "capitais regionais" dentro de Minas Gerais, num período marcado por grandes transformações na vivência urbana brasileira. As diferenças econômicas e sócio-culturais entre elas permitem comparar e avaliar o impacto das transformações urbanas como representadas pela imprensa local, tanto no que possuía de comum, como os parâmetros do discurso "civilizatório", quanto pelas especificidades e os limites da vivência desse discurso em cada realidade urbana concreta.

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