terça-feira, 20 de setembro de 2011

A prosopopéia que massageia meu ego

Autor: Antenor José Figueiró – antenor.figueiro@ig.com.br

Participei no último dia 19 de setembro de um Seminário sobre o Carnaval, mesmo sabendo que seria chover no molhado, até porque o convite já se intitula uma verdadeira prosopopéia (o Carnaval que queremos- poluição visual), mas não poderia perder esse momento ímpar de me deleitar e lambuzar na visão tacanha de nossos comerciantes, na vulgar forma de administrar e enxergar de nossos políticos e autoridades em relação ao potencial religioso, cultural, educacional dessa indústria chamada Turismo de minha cidade e na covardia de meus conterrâneos que permitem e se somam a esse lixo (Carnaval) que escorrem nessas ladeiras abaixo.

“O que mais me assusta não é o barulho dos loucos, mas sim o silêncio dos bons.”

Com que moral você cobra, se incomoda com as cervejadas, festas de repúblicas, uma vez que na sua formação adulta e familiar, seu lar deveria ser sagrado, mas não, a sua dívida financeira (compulsão material) é superior à sua visão, maior é a sua cegueira ética, moral, social e familiar. No seu relógio espiritual não há tempo para contemplar os jardins, o céu azul, as estrelas, as nuvens cinzentas, o molhar das gotas de chuva, a alegria, só lhe resta um pequeno espaço ocupado pela tristeza, tristeza essa que é o vazio, são teus olhos que não te enxergam, a insustentável falta de amor e respeito para contigo mesmo (o pior cego é aquele que não quer ver).

Desperta Diamantina! Faço minhas as palavras de Rubéns Alves:

“Hoje os porretes da ditadura foram substituídos por artifícios de sedução. A fala macia da serpente é mais eficaz. Na ditadura o estupro é óbvio. Toda ditadura gera o desejo da vingança. Na democracia o eleitor permite o estupro, é cúmplice do estupro, na esperança do gozo”.

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